A doença do carrapato é uma das enfermidades mais preocupantes que podem afetar os cães. Causada por diferentes microrganismos transmitidos pela picada do carrapato, ela provoca sérios danos à saúde do animal e, se não tratada a tempo, pode levar até à morte.
É uma condição relativamente comum em regiões quentes e úmidas, onde os diferentes tipos de carrapatos se proliferam com facilidade, e costuma gerar muitas dúvidas entre os tutores, especialmente quando o assunto é o risco de transmissão para os humanos. Pensando nisso, o Patas da Casa vai esclarecer melhor esse assunto a seguir!
O que é a doença do carrapato e como ela é transmitida?
Antes de mais nada, é importante saber que o termo “doença do carrapato” engloba, na verdade, duas infecções diferentes: a erliquiose e a babesiose. Ambas são transmitidas pela picada do carrapato-marrom (Rhipicephalus sanguineus), que é o parasita mais comum em cães.
Quando o bichinho contaminado se alimenta do sangue do animal, ele libera os agentes infecciosos na corrente sanguínea, iniciando o ciclo da doença. No organismo canino, esses microrganismos (que podem ser bactérias ou protozoários) atacam as células do sangue, prejudicando o funcionamento de órgãos vitais e comprometendo o sistema imunológico do cachorro.
Embora seja mais frequente em ambientes rurais e com vegetação prolífera, vale reforçar que mesmo cães que vivem em ambientes urbanos e domésticos estão sujeitos a essa infecção, já que basta um carrapato contaminado para transmitir a doença.
Principais sintomas e riscos da doença do carrapato para os cães
Os sintomas da doença do carrapato podem variar conforme o estágio e o tipo de infecção, mas costumam incluir febre persistente, apatia e fraqueza, perda de apetite, anemia (mucosas pálidas), sangramentos espontâneos (pelo nariz ou nas fezes, por exemplo), e manchas vermelhas na pele ou nas mucosas.
Em casos mais avançados, o cachorro ainda pode apresentar complicações neurológicas, comprometimento dos rins e do fígado, e até insuficiência respiratória. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para garantir a recuperação do animal.

Cachorro pode transmitir a doença do carrapato para humanos?
Devido à gravidade da infecção, muita gente pode ficar com receio de ter contato com cães doentes, achando que a doença do carrapato é contagiosa. Porém, ela não é transmitida diretamente do cachorro para o humano. Ou seja, uma pessoa não pega a doença ao interagir com um pet infectado.
Entretanto, é preciso ter em mente que os carrapatos (de diferentes espécies, inclusive) podem picar tanto animais quanto pessoas, transmitindo outras doenças que também são perigosas para os humanos, como a febre maculosa, que é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii.
Desta forma, o maior risco não é o cachorro em si, mas a presença de carrapatos no ambiente. Locais infestados aumentam as chances de picadas e, consequentemente, de transmissão de doenças para os humanos e outros animais.
O que fazer se meu cachorro estiver com a doença do carrapato?
Ao notar sintomas como febre, apatia, mucosas pálidas ou perda de apetite no seu pet, é essencial levá-lo ao veterinário o quanto antes. Diante de uma suspeita de doença do carrapato, o profissional poderá confirmar o diagnóstico por meio de exames de sangue, que identificam a presença dos agentes infecciosos.
O tratamento costuma incluir o uso de medicamentos específicos e, em casos mais graves, transfusões de sangue no cachorro. Além disso, o acompanhamento veterinário também é indispensável, já que a doença pode deixar sequelas se não for tratada corretamente.
Como prevenir a doença do carrapato
Apesar de ser um quadro potencialmente letal para os cães, a doença do carrapato tem cura, principalmente se for diagnosticada e tratada logo no início. Porém, mais fácil do que lidar com essa enfermidade é evitar que ela apareça. E a melhor forma de prevenção da doença do carrapato é fazendo o controle rigoroso do parasita. Algumas medidas simples que ajudam nisso são:
- Usar antiparasitários recomendados pelo veterinário
- Manter o ambiente que o cão frequenta sempre limpo, com higienização constante de quintais, caminhas, casinhas e cobertores
- Fazer a manutenção rotineira de áreas verdes, jardins e outros ambientes externos
- Evitar passeios em locais com mato alto ou entulhos
- Fazer inspeções frequentes no pelo do animal, especialmente após passeios
Essas ações são importantes aliadas na luta contra os carrapatos e protegem não apenas o cachorro, mas também toda a família.
 
   
   
   
   
   
   
   
  