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Babesiose canina: o que é e sintomas mais comuns. Saiba tudo sobre esse tipo da doença do carrapato!

Publicado - 17 Janeiro 2020 - 19h00

Atualizado - 23 Abril 2024 - 12h59

Os carrapatos são o pesadelo de qualquer dono de cachorro! Além de provocar coceiras, alergias e outros incômodos, o parasita também é responsável por transmitir doenças muito graves aos cães. Mesmo que seja algo relativamente comum entre os animais, o problema não deve ser subestimado pelos tutores. A doença do carrapato, como é popularmente conhecida, pode se manifestar de quatro maneiras diferentes, dependendo da espécie do parasita infectado. A Babesiose canina é uma das principais formas de manifestação da enfermidade. Por isso, preparamos um guia completo sobre tudo o que você precisa saber!

Doença do carrapato: Babesiose canina está entre os principais tipos

Além da Babesiose canina, os carrapatos podem transmitir outras três variações da doença:

  • Erliquiose canina: gerada pela Ehrlichia canis, bactéria que age como parasita nos glóbulos brancos do sangue;
  • Doença de Lyme (Borreliose): provocada pela bactéria Borrelia e transmitida pelo carrapato Ixodes, a doença é uma zoonose (ou seja, também pode ser transmitida do animal para o homem);
  • Febre Maculosa: outra zoonose, a febre maculosa é transmitida pelo carrapato Amblyoma cajennense, também conhecido como carrapato estrela.

O Patas da Casa conversou com a veterinária Cristina Elillo, que atende em São Paulo, para entender melhor a Babesiose canina. A doença é provocada por um protozoário do gênero Babesia, da espécie B canis, e age diretamente nos glóbulos vermelhos (hemácias) do animal. “Os vetores da Babesiose canina são os carrapatos pertencentes à família Ixodidae, sendo o principal responsável pela transmissão o carrapato Rhipicephalus sanguineus, também conhecido como ‘carrapato marrom’ ou ‘carrapato vermelho’”, explica a profissional. Existem outras subespécies deste protozoário.

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Babesiose canina é transmitida por carrapato infectado: entenda como acontece!

Segundo Cristina, a doença pode provocar a infecção dos glóbulos vermelhos do cachorro e levá-lo a um quadro de anemia grave. A Babesiose acontece assim que o carrapato se aloja na pelagem do pet e passa a se alimentar de seu sangue. Neste momento, protozoários são liberados na corrente sanguínea do hospedeiro e a contaminação ocorre.

“A transmissão ocorre a partir da saliva dos carrapatos infectados no momento em que realizam repasto sanguíneo nos cães. Com a destruição dos glóbulos vermelhos, a doença é caracterizada por uma anemia hemolítica regenerativa”, esclarece a profissional.

Doença do carrapato: sintomas da Babesiose canina incluem palidez e depressão

Identificar os sintomas da Babesiose canina é relativamente fácil. A doença não demora a apresentar os seus primeiros sinais, tanto físicos quanto comportamentais. Entre os principais sintomas, estão: perda de apetite, palidez, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura, mucosas de cor amarelada, cansaço severo e depressão. “Também podemos observar letargia, anorexia e esplenomegalia. Problemas de coagulação, apatia e perda do apetite são frequentes”, acrescenta a veterinária.

É provável que os primeiros indícios da doença sejam observados pelo próprio tutor. O diagnóstico é feito pelo médico veterinário com exames clínicos e testes laboratoriais, como o esfregaço sanguíneo (uma análise que detecta a presença do parasita). Ainda segundo a Cristina, “os sintomas clínicos podem variar de acordo com o tipo de infecção: hiperaguda, aguda e crônica”.

 

Cachorro se coçando

 

Quais são os estágios da Babesiose canina?

 

Os estágios da infecção (hiperaguda, aguda e crônica) têm forte influência nos sintomas e na escolha do tratamento da doença. As fases da Babesiose canina são divididas de acordo com a sua gravidade. Entenda cada uma delas:

  • Forma hiperaguda: os principais atingidos são os recém-nascidos e filhotes, devido à formação incompleta de seu sistema de defesa. Animais com graves infestações de carrapatos também estão suscetíveis a apresentar esse quadro. No estado hiperagudo da doença, o animal pode apresentar choque com hipotermia, hipóxia tissular (quando os tecidos não recebem o oxigênio necessário) e outras lesões;
  • Forma aguda: esta é a fase mais comum da doença, caracterizada por uma anemia hemolítica (destruição dos glóbulos vermelhos). Mucosas pálidas e febre estão entre os principais sinais;
  • Forma crônica: embora incomum, esta fase costuma acontecer em animais parasitados há muito tempo. Os sintomas são depressão, fraqueza, perda de peso e febre intermitente;
  • Forma subclínica: esta a fase mais difícil de detectar! Os sintomas não são aparentes, portanto, é preciso que haja muita atenção e observação por parte dos tutores.

Babesiose canina: tratamento da doença do carrapato deve ser indicado pelo veterinário

Antes de qualquer coisa, foque no combate ao carrapato! É importantíssimo cortar o mal pela raiz e evitar possíveis proliferações e reincidência da doença. “O tratamento é baseado no controle do parasita, na moderação da resposta imune e na cura dos sintomas”, sinaliza a profissional. “Vários medicamentos denominadas babesicidas são efetivos. Também pode ser feito o tratamento profilático em animais que vão viajar para áreas endêmicas ou que vivem nelas”, acrescenta.

O uso de antibióticos no tratamento da doença do carrapato é comum, porém, seu uso pode não ser suficiente. Em casos mais graves, como quando o pet apresenta uma fase severa de anemia, é possível que o animal precise passar por uma transfusão de sangue. “Não há tratamentos caseiros para combater essa doença. Devido a sua gravidade, é sempre recomendado que o tratamento seja feito da forma mais eficaz e rápida possível, evitando assim o comprometimento da vida do animal”, adiciona a profissional.

Como evitar a Babesiose canina?

Como já era de se esperar, o método mais eficiente para evitar que o seu cachorrinho seja infectado pela Babesiose canina é combater o carrapato, responsável por transmitir a doença. Existem algumas formas de garantir que o seu pet está livre do parasita! Entre as mais comuns e eficientes, podemos citar: o uso de carrapaticidas no próprio animal e no ambiente, banhos antiparasitários e coleiras para espantar os parasitas.

Redação: Dóris Marinho

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