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Quando se preocupar com as fezes do gato? 9 sinais para ficar de olho

Publicado - 13 Agosto 2025 - 15h15

Atualizado - 13 Agosto 2025 - 15h35

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Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

Observar a caixa de areia do gato pode não ser a tarefa mais agradável do mundo, mas é uma das formas mais eficientes de monitorar a saúde dele. Isso porque tanto o xixi quanto o cocô de gato funcionam como um “termômetro” do organismo felino, revelando pistas sobre sua digestão, hidratação, alimentação e também a existência de alguma doença.

Em geral, mudanças na consistência ou na cor das fezes do gato podem indicar desde alterações simples na dieta a problemas que exigem atenção veterinária imediata, como verminoses, infecções ou distúrbios intestinais crônicos. Mas e quando há a presença de muco e sangue nas fezes do gato? Será que é preciso correr para o veterinário?

Para te ajudar a entender quando se preocupar com o cocô do gato, o Patas da Casa listou os principais sinais nas fezes felinas que merecem atenção, indicando o que pode estar por trás de cada um deles. De quebra, você também vai saber de uma vez por todas como são as fezes de um gato saudável. Então, continue a leitura!

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Cocô de gato: quais sinais exigem atenção?

Antes de mais nada, é importante ter em mente que nem toda mudança no cocô do seu gato é motivo para pânico — alterações pontuais podem acontecer por conta de uma troca de ração, ingestão de algo diferente ou até após um dia mais estressante. Normalmente, as fezes de um gato saudável são marrom-escuras, firmes (mas não duras ou ressecadas), com pouco ou nenhum odor forte, e sem a presença de sangue, muco ou vermes.

No entanto, quando algum desses aspectos aparece alterado, principalmente se essa alteração é persistente ou se eles surgem acompanhadas de outros sintomas, como vômitos, apatia ou perda de apetite, pode ser indício de que algo está errado. Veja a seguir 9 aspectos das fezes do gato que exigem atenção e precisam ser comunicados a um veterinário para uma análise mais cuidadosa:

1) Presença de sangue

Sangue nas fezes do gato é um sintoma que nunca deve ser ignorado. Quando o sangue está em um tom vermelho vivo pode indicar irritação ou lesões na parte final do intestino. Já a presença de sangue escuro sugere sangramento mais alto no trato gastrointestinal. Isso pode ser causado por parasitas, inflamações (como colite em gato), lesões ou até tumores.

Embora a presença de sangue nas fezes do gato seja sempre algo preocupante, é importante observar se ela persistente por mais de 24 horas ou se surge acompanhada de outros sintomas (como diarreia intensa, vômitos, apatia, perda de apetite, febre ou sangramento retal visível). Nesses casos, é fundamental procurar atendimento veterinário imediatamente.

Também é recomendado procurar atendimento médico quando há sangue nas fezes do gato após o uso de vermífugo. Apesar de ser relativamente comum um gato com diarreia depois de tomar o vermífugo, a presença de sangue no cocô nesses casos não é tão normal assim e precisa ser investigada.

2) Muco nas fezes

O muco é um tipo de secreção produzida pelo intestino. Em pequenas quantidades, pode ser normal, mas a combinação de muco e sangue nas fezes do gato pode indicar inflamação intestinal ou infecção — muitas vezes associadas a uma intoxicação alimentar ou vermes.

3) Alterações na cor

Fezes muito escuras, esverdeadas, acinzentadas ou amareladas fogem do padrão saudável para os gatos. Cada cor pode estar relacionada a uma causa diferente, como problemas no fígado, dieta inadequada ou presença de sangue digerido. Por isso, esse sintoma precisa ser muito bem investigado.

4) Consistência muito mole ou muito dura

Um cocô muito mole ou líquido é sinal de diarreia no gato. Se for persistente, esse sintoma pode causar desidratação e perda de nutrientes. Por outro lado, quando as fezes do animal estão muito duras, ele pode estar sofrendo com constipação, que costuma gerar dor e esforço excessivo para evacuar. Ambos os casos precisam ser averiguados e tratados o quanto antes para garantir o bem-estar do animal.

Gato rajado dentro da caixa de areia
Mudanças na cor, cheiro e consistência do cocô do gato nem sempre são preocupantes, mas merecem atenção

5) Presença de vermes

Alguns parasitas intestinais podem ser vistos a olho nu, como pequenos pontos brancos (semelhantes a grãos de arroz) ou vermes alongados. Eles estão entre as causas mais comuns de sangue nas fezes do gato filhote.

O Ancylostoma spp, que causa a ancilostomose, é um dos principais vermes que provocam sangramento intestinal em gatos, mas outros parasitas, como Toxocara e Trichuris, também podem estar relacionados com o sintoma. Deste modo, para evitar a presença desses bichinhos indesejados, é essencial manter a vermifugação do seu pet em dia.

6) Alterações no odor

O cocô de gato sempre terá um cheiro característico, mas quando o odor se torna excessivamente forte, ácido ou diferente do habitual, vale prestar atenção. Esse tipo de mudança pode indicar má digestão, desequilíbrio na flora intestinal, infecção bacteriana, presença de parasitas ou até problemas no fígado e pâncreas.

Além disso, fezes com odor muito desagradável e persistente, especialmente quando acompanhadas de diarreia, muco e sangue, merecem avaliação veterinária para identificar a causa e definir o tratamento adequado.

7) Mudança repentina na frequência

Todo gato tem um ritmo próprio para usar a caixa de areia e, com o tempo, o tutor acaba reconhecendo esse padrão. Quando o bichano começa a evacuar com mais frequência que o habitual, isso pode indicar diarreia, colite em gato, intolerância alimentar ou presença de parasitas. Agora, se seu gato não faz cocô há alguns dias, pode ser sinal de constipação, obstrução intestinal ou até problemas metabólicos.

Tanto o aumento quanto a redução na frequência da evacuação, quando ocorrem de forma repentina e persistente, merecem atenção veterinária — especialmente se surgirem com outros sintomas, como presença de muco e sangue nas fezes do gato, esforço excessivo para fazer cocô ou gato com sangramento retal.

8) Fezes muito volumosas ou muito pequenas

O tamanho das fezes também pode dizer muito sobre a saúde do seu gato. Fezes muito volumosas e fofas podem indicar má absorção de nutrientes, problemas digestivos ou doenças como insuficiência pancreática. Fezes muito pequenas e ressecadas, por sua vez, podem ser sinal de prisão de ventre em gato, baixa ingestão de água, dieta pobre em fibras ou até obstrução intestinal parcial.

9) Presença de corpos estranhos

Encontrar pedaços de plástico, fios, tecidos ou muitos pelos nas fezes do gato exige bastante atenção dos tutores. Afinal, a ingestão de objetos estranhos pode provocar lesões internas ou bloqueios intestinais que, em casos graves, necessitam de cirurgia.

No caso dos pelos, a presença ocasional no cocô do gato pode ser normal, mas quando aparecem em excesso pode indicar que o animal está ingerindo mais pelos do que consegue eliminar pelo vômito, aumentando o risco de obstrução intestinal. É mais uma situação que precisa ser informada ao veterinário para que o pet receba a intervenção necessária.

O que fazer quando sai sangue nas fezes do gato?

De todos os aspectos mencionados, o sangue nas fezes do gato é o que costuma deixar os tutores mais preocupados e apreensivos. Ao notar esse sintoma, o ideal é observar se trata-se de um episódio isolado ou recorrente. Uma única ocorrência pode estar associada ao esforço para evacuar ou a uma irritação momentânea, mas se o problema persistir, o veterinário deve ser consultado.

Jamais administre remédio para gatos com sangue nas fezes por conta própria, pois o tratamento depende da causa. Muitas vezes, o controle desse sintoma pode envolver o uso de vermífugos, antibióticos e anti-inflamatórios, além de ajustes na dieta e terapias para doenças crônicas. Tudo orientado e indicado por um médico veterinário, que irá avaliar o histórico do pet e investigar adequadamente as possíveis causas do problema.

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