Passear com o cachorro vai muito além de gastar a energia do pet. A atividade é essencial para a saúde física e mental dos animais, ajudando na socialização, no controle da ansiedade e na manutenção de um comportamento equilibrado. Durante o passeio, o cachorro entra em contato com novos cheiros, sons, pessoas e outros animais, o que torna a experiência rica e estimulante.
Ao mesmo tempo, esse ambiente externo exige atenção redobrada dos tutores, já que o cão se comunica principalmente por meio da linguagem corporal. Por isso, observar os sinais que o cachorro manifesta durante o passeio é fundamental para identificar desconforto, medo, estresse ou até situações de risco, garantindo caminhadas mais seguras e positivas. Veja a seguir 9 expressões caninas que não devem ser ignoradas na rua:
1) Corpo rígido e movimentos travados
Quando o cachorro apresenta o corpo endurecido, com postura tensa e movimentos limitados, isso costuma indicar estado de alerta elevado. Esse sinal pode surgir ao cruzar com outros cães, pessoas desconhecidas ou estímulos que causam insegurança. Durante o passeio na rua, a rigidez corporal mostra que o pet não está relaxado e pode reagir de forma imprevisível se o estímulo persistir.
2) Cauda entre as pernas ou muito baixa
A posição do rabo de cachorro é um dos sinais corporais mais claros nos cachorros. Durante o passeio, uma cauda entre as pernas ou baixa demais indica medo, insegurança ou desconforto com o ambiente. Esse comportamento pode surgir em ruas muito movimentadas, com barulhos intensos ou em locais desconhecidos, sendo um alerta importante para reduzir estímulos naquele momento.
3) Orelhas muito para trás ou coladas à cabeça
Orelha de cachorro voltada para trás ou pressionada contra a cabeça são sinais clássicos de estresse ou submissão. No contexto do passeio, esse comportamento corporal pode indicar que o cachorro está se sentindo ameaçado ou desconfortável com algo ao redor, como outros animais, bicicletas, carros ou multidões.

4) Bocejos frequentes e fora de contexto
Embora o bocejo esteja associado ao sono, durante o passeio, ele pode ter outro significado. Normalmente, um cachorro bocejando repetidamente, sem relação com cansaço, indica estresse. Esse comportamento costuma aparecer quando o pet tenta se autorregular emocionalmente diante de estímulos intensos ou situações desconfortáveis na rua.
5) Tentativa constante de parar ou mudar de direção
Quando o cachorro trava, se recusa a andar ou tenta puxar a coleira para o sentido oposto durante o passeio, o corpo está sinalizando desconforto. Esse comportamento pode estar ligado a medo, excesso de estímulos, dor ou cansaço. Ignorar esse sinal corporal pode transformar um passeio positivo em uma experiência negativa para o pet.
6) Ofegar excessivo sem calor ou esforço intenso
A respiração acelerada, com a boca aberta e língua muito exposta, nem sempre está relacionada apenas ao calor ou esforço físico. Durante o passeio, a ofegação excessiva pode indicar ansiedade, estresse ou até medo. Esse sinal corporal merece atenção, especialmente quando acompanhado de outros comportamentos de tensão.
7) Tremores ou encolhimento do corpo
Cachorro tremendo, com o corpo encolhido ou com postura muito baixa são sinais claros de medo. Em passeios na rua, esse tipo de linguagem corporal pode surgir diante de barulhos altos, fogos, sirenes ou ambientes desconhecidos. Identificar esse sinal ajuda a evitar a exposição prolongada a situações que geram sofrimento emocional no cachorro.
8) Olhar fixo e pupilas dilatadas
O olhar travado em um estímulo específico, sem desviar, associado a pupilas dilatadas, indica um estado de alerta elevado. No ambiente da rua, esse sinal pode surgir ao avistar outros cães, pessoas ou objetos que o cachorro percebe como ameaça ou desafio.
9) Lambidas rápidas no focinho
Lamber o focinho repetidamente, sem relação com alguma comida, é mais um sinal comum de cachorro estressado e tentativa de apaziguamento. Durante o passeio, esse comportamento corporal mostra que o cão está desconfortável, tentando lidar com a situação de forma passiva.
A observação atenta de todos esses sinais de linguagem corporal canina permite ajustar o ritmo, o trajeto e o tempo do passeio, respeitando os limites emocionais e físicos do pet. No fim, passeios mais conscientes fortalecem o vínculo e tornam a experiência mais tranquila para todos os envolvidos.