Gato

Gato pega cinomose? Descubra a resposta!

Publicado - 24 Junho 2022 - 17h00

Atualizado - 20 Maio 2024 - 22h02

Você já ouviu falar de cinomose em gatos? Muito se sabe sobre a cinomose em cães, doença altamente contagiosa e que traz diversas complicações à saúde do cachorro. Essa condição é temida por muitos tutores de cães, mas também tutores de gatinhos. Existe uma doença conhecida por “cinomose em gatos”, que parece ser exatamente igual à que atinge os cães. Porém, existem muitas dúvidas se esse termo é realmente o mais adequado para se referir a essa condição. Afinal, a cinomose pega em gato ou a doença acontece unicamente com cães? O Patas da Casa te explica tudo sobre a “cinomose em gatos”!

Cinomose pega em gato?

O termo “cinomose em gatos” se popularizou por definir uma doença em felinos que seria semelhante à cinomose em cachorro. Porém, dizer que cinomose pega em gato está errado. A famosa “cinomose em gatos” e a cinomose canina são doenças que possuem sintomas parecidos e são de alta gravidade. Além disso, são causadas por vírus extremamente resistentes, que conseguem viver por bastante tempo no ambiente. Porém, não podemos afirmar que o gato pega cinomose por um simples motivo: os vírus causadores das duas doenças são diferentes.

A cinomose canina é causada por um vírus da família Paramyxovirus. Enquanto isso, a “cinomose em gatos” é causada por um vírus da família Parvoviridae, o Parvovírus felino. Como seus agentes causadores são diferentes, não é certo dizer que a cinomose dá em gatos, apesar de a doença lembrar bastante a de cachorro. O termo correto para definir a “cinomose em gatos” é panleucopenia felina.

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O que é panleucopenia felina? Conheça melhor a doença que leva o apelido de “cinomose em gatos”

Não podemos dizer que gato tem cinomose, mas sim que o gato tem panleucopenia felina. Mas afinal, o que é a panleucopenia felina? Trata-se de uma doença viral altamente contagiosa causada pelo Parvovírus felino. A contaminação ocorre pelo contato com fezes, urina e saliva de animais contaminados, normalmente após brigas ou compartilhamento de objetos. Como explicamos, o vírus permanece por muito tempo no ambiente e, por isso, o risco de contaminação é tão elevado. Normalmente, a “cinomose” pega em gato filhote não vacinado, mas a doença pode acometer bichanos de qualquer idade, principalmente se não tiverem a vacinação completa.

“Cinomose em gatos”: sintomas da panleucopenia lembram bastante os da cinomose canina

Muita gente acha que cinomose dá em gatos justamente porque os seus sintomas são praticamente os mesmos da cinomose canina. A panleucopenia felina age de maneira muito rápida e, por isso, diagnosticar a doença logo no início é a melhor forma de curá-la com sucesso. Quando falamos de panleucopenia - ou “cinomose em gatos” - sintomas mais comuns são febre, vômito, desidratação, anorexia, diarreia com ou sem sangue, icterícia, depressão, mucosas pálidas e sensibilidade na região do abdômen. Na “cinomose em gatos”, sintomas aparecem de forma súbita após uma semana do período de incubação do vírus. A velocidade com que a doença se manifesta faz com que o bichano fique rapidamente debilitado. Por isso, quando o gato pega “cinomose” é tão importante que o tratamento se inicie rapidamente.

 

Veterinário aplicando vacina em gato em consultório
A cinomose pega, principalmente, em gato filhote não vacinado e por isso a vacinação é tão importante

 

Quando o gato tem “cinomose”, tratamento é possível

Outro motivo que explica porque não podemos afirmar que gato tem cinomose é o fato de que a “cinomose em gatos” tem cura, enquanto a canina não tem. A cinomose em cachorro pode deixar sequelas graves e não existe um tratamento específico para ela, sendo feito apenas um controle de suporte dos sintomas. Já a panleucopenia felina pode ser tratada com antibióticos específicos. Além disso, quando a “cinomose” dá em gato também é realizada a fluidoterapia, já que a doença deixa o bichinho bem desidratado. Outro fator importante no tratamento da panleucopenia é a limpeza do ambiente. Como explicamos, o vírus causador da doença é super resistente. Se o gato tem “cinomose” quer dizer que foi exposto ao vírus e a probabilidade de ainda ter parvovírus no ambiente é bem grande, possibilitando novas contaminações. Por isso, desinfectar o local é essencial. 

A vacina é a melhor forma de prevenir a “cinomose em gatos” 

Quando falamos de prevenção, a da “cinomose em gatos” é igual à canina. Nos dois casos, a doença é prevenida com vacinação. A vacina quádrupla é a que protege a panleucopenia felina e deve ser tomada a partir dos dois meses de idade. São três doses administradas com cerca de 20 a 30 dias de diferença. Além disso, todo ano é necessário tomar um reforço para manter o pet sempre protegido. A vacinação do gato é essencial para evitar não só a panleucopenia felina (ou “cinomose em gatos”) mas também diversas outras doenças.

Redação: Maria Luísa Pimenta

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