Saúde de gato

FIV felina: sintomas, causas, contágio, tratamento e muito mais sobre o vírus da imunodeficiência em gatos

Publicado - 04 Novembro 2022 - 16h25

Atualizado - 27 Junho 2024 - 15h25

A FIV felina é uma das doenças mais conhecidas entre tutores de gatinhos - e uma das mais temidas também. Conhecida como AIDS felina, essa condição viral afeta diretamente o sistema imunológico do gato, deixando todo seu organismo fragilizado. Não é à toa que FIV e FeLV são consideradas algumas das doenças de gato mais perigosas que existem . As consequências sofridas por um gato com FIV podem ser bem graves. Mas afinal, o que é FIV em gatos? Como ela é transmitida? Quais são os seus sintomas? Como tratar e prevenir a FIV em gatos? O Patas da Casa tira todas as dúvidas sobre a AIDS felina!

O que é FIV em gatos?

Muito se fala sobre a FIV ou AIDS felina. Mas você sabe realmente o que é FIV em gatos? A FIV é uma doença viral causada pelo vírus da imunodeficiência felina. Trata-se de uma condição extremamente grave que deixa todo o organismo do animal vulnerável. O vírus da imunodeficiência felina é um retrovírus. Esse tipo de vírus têm RNA como material genético e possui uma enzima chamada transcriptase reversa que faz com que o RNA do vírus se transforme em DNA. O DNA viral, porém, se associa ao DNA do próprio gato, se tornando parte do organismo. Por causa dessa mutação, o gato com FIV terá o vírus pelo resto da vida. É por isso que a FIV felina é tão perigosa. Outro exemplo de doença causada por retrovírus é a leucemia felina (FeLV).

FIV gatos: transmissão ocorre após contato com saliva ou sangue de gato contaminado

A transmissão da FIV em gatos ocorre por meio do contato de um bichano saudável com a secreção de outro gatinho contaminado. Isso pode acontecer, por exemplo, por meio da saliva. O tipo mais comum de transmissão de FIV em gatos é por meio do sangue, sendo muito comum durante brigas de gato que resultem em arranhões e feridas. Existe ainda a possibilidade de a FIV felina ser transmitida diretamente da mãe para o filhote ainda no útero ou durante a amamentação, nos casos em que a mãe tem o vírus da imunodeficiência felina em seu corpo. Porém, esse tipo de transmissão é mais raro.

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FIV felina também é chamada de AIDS felina

A FIV em gatos recebe o nome de AIDS felina por conta das semelhanças que essa doença tem com a AIDS humana. O vírus da imunodeficiência felina faz parte da mesma família do vírus HIV causador da AIDS humana. Porém, são diferentes. O principal motivo que faz a FIV em gatos ser chamada de AIDS felina são os sintomas: o vírus da imunodeficiência felina causa, principalmente nos estágios iniciais, sintomas que lembram muito ao da AIDS. Vale ressaltar que a FIV é um vírus que atua apenas em felinos. Isso significa que a FIV não passa para humanos, apenas para outros gatos.

gato com fiv felina deitado
Gato com FIV: sistema imunológico é diretamente afetado

 

Após a contaminação da FIV, gatos começam a ter seus glóbulos brancos (células de defesa do organismo) atacados. Com isso, as células têm dificuldade em cumprir sua missão de defesa e, consequentemente, o sistema imunológico fica enfraquecido. Com a imunidade do gato com FIV muito baixa, outras doenças começam a surgir com muito mais facilidade. Qualquer infecção, por menor que seja, pode acabar levando a um problema muito mais sério do que deveria, já que o corpo do animal não é capaz de combatê-la corretamente. 

 

 

FIV gatos: sintomas mais comuns

O vírus da AIDS felina é um lentivírus, o que significa que ele atua lentamente no organismo. Por conta disso, a doença pode demorar a se manifestar, muitas vezes levam até anos para começarem a aparecer. O gato com FIV pode apresentar sintomas muito variados e eles nem sempre aparecem ao mesmo tempo. Os sinais variam de acordo com o gato afetado, com a fase em que a doença se encontra e com diversos outros fatores. Os sintomas FIV gatos mais perceptíveis são:

  • Perda de apetite
  • Febre 
  • Anorexia
  • Apatia
  • Estomatites
  • Problemas respiratórios

Infecções, feridas na pele e até mesmo tumores ficam muito mais propensos a aparecer e se tornarem algo grave por causa da baixa imunidade. Além disso, outro sinal comum é o gatinho que fica doente e não consegue responder bem a nenhum tratamento, por mais simples que o problema seja. Portanto, ao perceber qualquer sintoma, por menor que seja, não deixe de levar o gatinho para uma consulta.

Conheça as fases da AIDS felina

A AIDS felina é dividida em até três fases:

  1. A primeira é a fase aguda, que acontece após a contaminação com o vírus da imunodeficiência felina. Nesse momento, o vírus da FIV está se replicando no corpo do gato e o bichano vai apresentando sinais mais sutis, como febre e anorexia. A fase aguda pode durar alguns meses e acabar passando despercebida;
  2. A fase latente ou assintomática vem em seguida. Recebe esse nome pois o corpo consegue deixar a ação do vírus da FIV felina neutralizada. O animal pode ficar por meses e até mesmo por anos nessa fase, sem nenhum tipo de sintoma aparente.
  3. Por fim, vem a última fase da AIDS felina, que é a fase de disfunção imune progressiva. Nesse momento, o sistema imunológico do gato está bem debilitado e o corpo todo enfraquecido. Os sintomas aparecem com mais intensidade, os problemas de saúde aumentam e o risco de morte é maior.

Diagnóstico da AIDS felina é feito com exames laboratoriais

É muito importante que a FIV felina seja diagnosticada desde cedo. O diagnóstico é alcançado por meio de exames laboratoriais. Existem diferentes tipos de exames, sendo o mais comum o teste ELISA. Porém, é importante mencionar que casos de doença muito recente tem chance de dar falso negativo, enquanto filhotes com mães contaminadas podem ter um falso positivo. Por isso, o ideal para ter certeza de que você tem um gato com FIV é combinar o ELISA com outros testes sorológicos e refazer o exame após algumas semanas. 

gato com aids felina deitada no tapete
<picture style="box-sizing:border-box;margin:0px;padding:0px;"><img class="article-media__image lazy-error" style="box-sizing:border-box;height:auto;margin:0px;max-width:100%;padding:0px;" src="https://storage.googleapis.com/patasdacasa/files/2022/11/27518-a-fiv-em-gatos-nao-tem-cura-articles_media_desktop-2.jpg" data-src="https://storage.googleapis.com/patasdacasa/files/2022/11/27518-a-fiv-em-gatos-nao-tem-cura-articles_media_desktop-2.jpg" alt="A FIV em gatos não tem cura" rel="preload" data-was-processed="true"></picture><strong>A FIV em gatos não tem cura</strong>

Tratamento da FIV em gatos tem foco no controle de sintomas e consequências da doença 

A AIDS felina não tem cura. O gato com FIV terá o vírus para sempre no seu corpo e até hoje não existe nenhum tipo de remédio ou tratamento que consiga eliminá-lo. Porém, o tratamento de suporte, que cuida dos sintomas e das consequências da FIV, é essencial. Todo gato com FIV precisa de um acompanhamento veterinário frequente e realizar exames com regularidade. Gatos com FIV ficam com a imunidade comprometida e a melhor maneira de melhorá-la é com uma boa alimentação com ração para gatos de qualidade. O gato estressado é um grande problema, pois a irritação acaba contribuindo para o aparecimento de doenças. Por isso, evite o estresse em gatos com brinquedos interativos e gatificação do ambiente .  

Como prevenir a FIV em gatos?

Não existe nenhuma vacina para FIV felina, mas isso não significa que é impossível prevenir a doença. A criação indoor, por exemplo, ajuda a evitar que a FIV em gatos apareça. O gatinho que vive em casa tem menos risco de contrair essa doença pois não terá contato com gatos infectados. A castração de gato também é importante, pois diminuirá as chances de fugas. Colocar tela de proteção para gatos em janelas, portas e quintais é uma forma de evitar que eles saiam para a rua. Por fim, o acompanhamento veterinário frequente com exames de rotina ajudam a monitorar a saúde do animal, sendo indispensável para uma boa qualidade de vida. 

Redação: Maria Luísa Pimenta

Edição: Luana Lopes

 

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