Gato

FIV em gatos : 5 coisas importantes que você precisa saber sobre a imunodeficiência felina

Publicado - 14 Fevereiro 2023 - 16h45

Atualizado - 28 Maio 2024 - 14h15

A FIV felina é, sem dúvidas, uma das doenças que mais causa medo em quem tem um gatinho como animal de estimação. Essa condição grave, que também é chamada de AIDS felina, não tem cura e deixa o sistema imunológico do gato muito fragilizado, facilitando o desenvolvimento de outras doenças. Apesar da FIV em gatos ser uma das doenças mais conhecidas no mundo animal, é comum surgirem dúvidas sobre essa condição. Para te ajudar, o Patas da Casa separou 5 pontos muito importantes sobre a imunodeficiência felina que todo pai ou mãe de pet deve saber. Confira!

1) A FIV em gatos é muito parecida com a AIDS humana

O vírus da imunodeficiência felina, causador da FIV em gatos, é da mesma família do HIV, causador da AIDS nos humanos. Além disso, ele atua de maneira bem parecida com o HIV. Os dois são considerados retrovírus, um tipo de vírus que possui o RNA como seu material genético. O retrovírus possui uma enzima (transcriptase reversa) capaz de fazer o seu RNA se transformar em DNA. O problema é que o DNA viral se mistura ao DNA do animal infectado.

Isso é um problema, pois o DNA passa a fazer parte do corpo do animal. Ou seja: o gato contaminado com o vírus da imunodeficiência felina portará esse vírus pelo resto da vida. Por serem da mesma família de vírus e causarem sintomas bem semelhantes, a FIV em gatos é chamada de AIDS felina. Porém, é importante ressaltar que a FIV em gatos não é uma zoonose, ou seja, não passa para humanos.

Imagem Quiz:Quais raças de cachorro mais combinam com você?

Quais raças de cachorro mais combinam com você?

Preencha todos os campos para participar.

É só preencher e começar!

Você tem pets?

2) O vírus da imunodeficiência felina é transmitido por meio de secreções

O gato contrai a imunodeficiência felina após o contato com a secreção de um outro bichano contaminado, principalmente por saliva ou sangue. É muito comum que após brigas de gato o bichano sofra com arranhões e mordidas. Caso um dos animais esteja contaminado com o vírus da imunodeficiência felina, ele pode acabar passando para o outro. Gatos não castrados que vivem na rua ou que costumam dar voltinhas são os mais expostos à doença, uma vez que a probabilidade de se envolverem em brigas é maior. Existe também a transmissão de FIV felina de mãe para filho. Uma gata contaminada com a AIDS felina pode passar a doença para o filhote quando ele ainda está na sua barriga ou durante a amamentação.

3) A FIV em gatos ataca o sistema imunológico e pode ser dividida em três fases

O vírus da imunodeficiência felina ataca diretamente o sistema imunológico do gato. Ele afeta os glóbulos brancos, que são os responsáveis pela defesa do organismo. Assim, todo o corpo fica desprotegido e exposto a problemas. É por isso que é muito difícil definir os sintomas da FIV em gatos, já que eles são bem diversos e variam dependendo da parte do corpo que é mais afetada. Os mais comuns são perda de apetite, apatia, problemas respiratórios, estomatites, anorexia e febre.

A FIV felina pode ser dividida em três fases dependendo da ação do vírus no corpo do bichano:

  1. Na primeira fase da FIV, gatos contaminados com a doença passam a apresentar os primeiros sintomas de forma bem sutil. Nesse momento, o vírus da imunodeficiência felina está se replicando, o que pode levar meses;
  2. A segunda fase é a assintomática ou latente, quando de certa forma o próprio corpo neutraliza a ação do vírus e o bichano não apresenta sintomas, o que pode durar meses e até mesmo anos.
  3. Por fim, vem a fase de disfunção imune progressiva, quando o sistema imunológico do gato é muito afetado, o bichano fica bem debilitado e os sintomas são bem mais intensos.

 

Gato abatido no colo de tutora
A FIV em gatos não tem cura, mas pode ser evitada com alguns cuidados básicos

 

4) Não é recomendado que um gato com FIV felina conviva com outros gatos saudáveis

 

Uma dúvida muito comum sobre a AIDS felina é se o gato com FIV pode conviver com outros gatos. Por ser uma doença altamente transmissível, isso não é recomendado. O risco do gato contaminado passar a doença para um gato saudável é bem grande. Além disso, não existe uma vacina contra a FIV, então não tem como imunizar os outros gatos contra a doença.

Existem algumas maneiras de reduzir o risco de contaminação. O tutor deve limpar muito bem todos os potes de água e comida, os gatos não podem ter acesso à rua e é fundamental que os bichanos não compartilhem objetos. Dentro de casa deve ter pelo menos três caixas de areia para evitar brigas e competições. O tutor precisa se comprometer ao máximo em ter esses cuidados se quiser ter um bichano com a doença convivendo com um negativado. Porém, é sempre bom lembrar que o recomendado é que o gato com FIV não conviva com outros bichanos.

5) Não existe cura para FIV felina, mas a doença pode ser prevenida

A FIV em gatos não tem cura. O animal portador do vírus precisará de tratamento de suporte pelo resto da vida para reduzir os sintomas e os problemas que podem surgir com a doença. Por isso, é muito importante evitar que o seu animal contraia a FIV. Como não existe vacina para FIV felina, o tutor deve tomar outros cuidados. O ideal é apostar na criação indoor. Quando se restringe o acesso do gato à rua você evita que ele se envolva em brigas, sofra machucados e contraia muitas doenças, dentre elas a FIV. Gatos que dão muitas fugidinhas têm o risco muito maior de serem infectados com o vírus da imunodeficiência felina. Por isso, aposte em telas de proteção para gatos nas janelas, portões e em qualquer lugar onde o pet possa ter acesso à rua.

Por fim, a castração de gato é sempre uma boa solução. O comportamento do gato castrado é diferente. Ele passa a ter menos interesse em fugir de casa e fica mais tranquilo, reduzindo bastante as chances de se envolver em brigas. Por isso, castrar o gato é uma boa maneira de prevenir a FIV felina e muitas outras doenças.

Redação: Maria Luísa Pimenta

Edição: Luana Lopes

Cuidados

Gato fazendo xixi no lugar errado é pra marcar território? Veja como resolver o problema

Encontrar o xixi de gato espalhado pela casa é uma situação, no mínimo, curiosa. Afinal, os bichanos são animais extremamente higiên...

Comportamento

As curiosidades sobre gatos mais bizarras: a falta de clavícula não vai te assustar mais depois de descobrir as outras

Nos últimos anos, as pessoas estão cada vez mais conhecendo as incríveis habilidades dos gatos (talvez os milhares de vídeos nas red...

Cuidados

Como separar um gatinho da ninhada? Dicas para não traumatizar a mãe e nem os filhotes

O nascimento de um filhote de gato é um momento de muitas alegrias e mudanças na rotina. Junto com essa novidade na vida dos tutores...

Gato

Alta expectativa de vida! Segundo a Ciência, essas são as raças de gato que vivem mais tempo

Não é nenhuma novidade que um gatinho bem cuidado, bem nutrido e com as vacinas em dia, tende a viver mais que gatos que não recebem...

Cuidados

Gato fazendo xixi no lugar errado é pra marcar território? Veja como resolver o problema

Encontrar o xixi de gato espalhado pela casa é uma situação, no mínimo, curiosa. Afinal, os bichanos são animais extremamente higiên...

Cachorro

Se você fizer isso com seu cachorro todos os dias, as chances dele viver por mais tempo aumentam

A gente sabe que a expectativa de vida do cachorro não é muito longa, mas enquanto estão vivos, muitos tutores fazem de tudo para qu...

Cachorro

Vai viajar com cachorro no fim do ano? 7 dicas de segurança indispensáveis para trajetos de carro ou avião

Viajar com cachorro e colecionar novas memórias ao lado do seu amigo de quatro patas é uma experiência incrível. Mas será que você s...

Comportamento

As curiosidades sobre gatos mais bizarras: a falta de clavícula não vai te assustar mais depois de descobrir as outras

Nos últimos anos, as pessoas estão cada vez mais conhecendo as incríveis habilidades dos gatos (talvez os milhares de vídeos nas red...

Ver todas