Cachorro

Como saber se seu cachorro está deprimido? Veterinária lista 6 sinais para ficar atento

Publicado - 13 Agosto 2025 - 09h42

Atualizado - 13 Agosto 2025 - 09h56

Foto da Caroline Acquesta Canal - Médica Veterinária/Representante de informações veterinária

Caroline Acquesta Canal / Médica Veterinária/Representante de informações veterinária

CRMV-SP: 32547

Médica veterinária graduada pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e MBA em Marketing pela Universidade Pública de Piracicaba (USP-Esalq). Trabalho na área comercial há 12 anos atuando como promotora técnica e executiva de vendas de produtos veterinários. Ingressei na Nestlé Purina como Executiva de vendas, na qual fiquei exatamente um ano e fui promovida para o cargo de Representante de informações veterinária atualmente.

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

De um tempo para cá, você notou seu cão mais desanimado do que o normal? Dormindo demais, sem vontade de brincar e até comendo menos? Esses comportamentos podem parecer preguiça ou uma indisposição passageira, mas também podem indicar algo mais sério, como a depressão em cachorro.

Embora muitas pessoas associem a tristeza canina a "manha" ou "frescura", especialistas garantem que mudanças comportamentais significativas nos cães merecem atenção. Afinal, os pets também podem sofrer com desequilíbrios emocionais que afetam diretamente sua qualidade de vida.

O problema é que identificar um cachorro deprimido nem sempre é simples — até porque eles não conseguem dizer como estão se sentindo. Para te ajudar a reconhecer esses casos, conversamos com a médica veterinária Caroline Acquesta Canal que listou os sintomas mais comuns da depressão canina e explicou o que fazer para ajudar seu melhor amigo.

O que causa depressão em cachorro?

A depressão canina é um transtorno emocional que afeta o bem-estar mental e físico do animal. De acordo com Caroline Acquesta Canal, ela pode ser causada por diversos fatores, como a perda de seu responsável, perda de outro animal do mesmo convívio, falta de estímulos (como passeios e brincadeiras), mudança de casa ou de rotina, solidão ou tédio prolongado, maus tratos e até alimentação inadequada.

Em alguns casos, a depressão em cães ainda pode ter relação com doenças físicas e neurológicas não diagnosticadas. Isso acontece porque a dor, o desconforto constante, as limitações de mobilidade ou alterações hormonais podem impactar o comportamento e o estado emocional do animal.

Entre os problemas de saúde que contribuem para um estado de cachorro triste ou deprimido, estão doenças articulares (como artrose e displasia), doenças endócrinas (hipotireoidismo, por exemplo), síndrome da disfunção cognitiva canina (semelhante ao Alzheimer), câncer, doenças cardíacas ou respiratórias, e infecções crônicas (como leishmaniose ou erliquiose).

Sintomas de depressão canina

Mais comum do que parece, a depressão canina não se resume apenas em um estado de cachorro triste. Normalmente, o animal manifesta sinais no corpo, nos hábitos e na forma como interage com o mundo ao redor. Segundo Caroline, o cão costuma apresentar sintomas fora do usual, como:

1) Perda de apetite

Seu cão costumava devorar a ração em segundos e, de repente, passou a ignorar o potinho? Ou não mostra o mesmo entusiasmo de sempre com os petiscos oferecidos? Pois saiba que a falta de apetite no cachorro pode ser um dos primeiros indícios de que algo está errado.

2) Falta de interesse por brincadeiras

Um cachorro triste geralmente passa a não se interessar por acontecimentos diversos ao seu redor e perde o interesse por atividades que antes o deixavam animado, como brincar com bolinhas, correr no parque ou até passear com o tutor. Esses comportamentos podem indicar apatia, sinal clássico de depressão em cães.

Cachorro Dachshund marrom deitado na caminha
Falta de apetite, sonolência e até lambidas em excesso são sinais típicos de depressão em cães

3) Sono excessivo

A qualidade do sono de um cão pode ser afetada por questões emocionais e a depressão costuma impactar bastante esse aspecto. Por isso, segundo a veterinária Caroline Acquesta Canal, se o cachorro está dormindo mais do que o habitual, pode ser um indício de depressão canina.

4) Isolamento

O pet está se escondendo, evitando contato com a família ou preferindo ficar sozinho? Cães são naturalmente sociáveis, então, esse tipo de comportamento pode indicar que o animal está emocionalmente abalado.

5) Mordidas ou lambidas no corpo em excesso 

Esse comportamento repetitivo e compulsivo pode ser uma forma do cão lidar com o estresse ou com a ansiedade canina. De acordo com Caroline, se o pet está lambendo as patas com frequência ou mordendo o próprio corpo a ponto de causar feridas, vale analisar seu estado emocional.

6) Falta de energia e desânimo

Se o seu cão anda mais quieto, sem vontade de sair, de brincar ou de interagir, ou passa mais tempo deitado, é importante considerar a possibilidade de estar deprimido. Esse desânimo constante é um dos sintomas mais visíveis da depressão canina.

O que fazer ao identificar os sinais de depressão canina?

É importante considerar que a depressão em cachorro envolve muitos sintomas inespecíficos, ou seja, eles não são exclusivos desse quadro e podem ter relação com várias condições de saúde. Por isso que mudanças bruscas e repentinas no comportamento canino sempre exigem atenção e precisam ser investigadas o quanto antes.

Então, se você identificar mais de um desses sinais no seu pet, o ideal é procurar um médico veterinário para que o animal possa ser examinado e descartar alguma doença envolvida. “Caso não haja nada fora do comum, o tutor deve tentar mudar a rotina do animal e entender o que pode estar o afetando”, orienta Caroline.

Geralmente, o tratamento da depressão em cães envolve modificações no ambiente em que o animal vive e, eventualmente, uso de medicamentos indicados pelo médico veterinário. Em alguns casos, pode ser necessário ainda o acompanhamento com um psicólogo de cachorro, que pode recomendar outras ações mais individualizadas para o pet.

E lembre-se: a melhor estratégia para afastar a depressão do seu cachorro é evitando que esse problema se desenvolva. Para isso, a veterinária Caroline Acquesta Canal orienta deixar seu pet sempre ativo, fornecendo brinquedos, fazendo passeios e dando muito carinho e atenção. “Garantir uma alimentação balanceada e um local aconchegante também é importante para ele se sentir bem e seguro”, completa.

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