Os cães são animais que, na maior parte do tempo, não gostam de ficar sozinhos - afinal, antes de serem domesticados, eles viviam livres em matilhas. Com a vida urbana, muitos cães acabam não recebendo os estímulos adequados para gastar energia e socializar com outros animais e pessoas. Para auxiliar a vida do tutor, que nem sempre consegue estar perto de seu pet durante o dia, existem muitas alternativas. Uma delas é a creche para cachorro: uma acomodação totalmente adaptada para você deixar seu amigo.
O tutor fica tranquilo e, por outro lado, o animal também recebe muitos estímulos positivos. Geralmente, a creche para cachorro promove brincadeiras, adestramento, banho de piscina e muita socialização. A Patrícia Rivoredo é a diretora e a Rosana Rosadas é a proprietária da Riopet Gávea, uma creche que fica no Rio de Janeiro. O Patas da Casa conversou com elas sobre o dia a dia no local e a importância desse convívio para a saúde física e mental dos peludos. Ficou curioso? Vamos te explicar tudo!
Creche para cachorro: como é a rotina do espaço?
A creche para cachorro é liberada assim que o bichinho tomar todas as vacinas obrigatórias, estiver vermifugado e com os remédios para pulgas e carrapatos em dia. No caso da Riopet Gávea, o espaço grande permite que eles fiquem brincando o tempo que quiserem, com bolinhas e brinquedos de cachorro à disposição. Nos dias mais quentes, os animais podem fazer natação - sempre com supervisão dos monitores e colete salva-vidas personalizado. Também faz parte da rotina da creche um momento para descanso depois das refeições (afinal, nem mesmo os agitadinhos dispensam um cochilo depois de brincar tanto, né?!).
Creche para cachorro: menos ansiedade e mais qualidade de vida!
A creche de cachorro serve para ajudar o animal a socializar e gastar toda a sua energia. Também é uma boa opção para cães que sofrem de ansiedade de separação quando seus tutores saem para o trabalho. Segundo Patrícia, os cães são seres que por natureza são sociáveis e gostam de viver em matilhas. “Com a rotina na creche, o animal não fica sozinho em casa sem fazer nada, correndo o risco de desenvolver alguns distúrbios psicológicos. Ou seja, fica mais saudável”, explica.
No caso da ansiedade de separação, cachorro pode desenvolver comportamentos que prejudicam sua saúde. É o caso da lambedura das patas, que pode se desenvolver para uma dermatite e feridas mais sérias. Um cachorro ansioso pode prejudicar a si mesmo e também a rotina da família, já que manifesta sua ansiedade em móveis, chinelos e outros objetos que estiverem ao alcance. A ansiedade pode, ainda, ter relação com o hábito de latir em excesso para chamar a atenção de alguém.
Na creche, os peludos são livres para expressarem seus comportamentos naturais: o animal recebe estímulos para ser mais obediente e evitar comportamentos agressivos. Sabe aquele cachorro que late para todos os cães, avança e não consegue se comunicar direito? Ele pode mudar esse comportamento com a rotina na creche: “O trabalho de socialização é lindo. É demais ver um cachorro aprendendo a ser cachorro, a entender que ele não precisa ter medo do outro ser da sua espécie. Eles respondem super bem”.
Comportamentos definem a rotina na creche para cachorros
A chegada de um novo peludo pode ocasionar uma mudança na matilha. Patrícia explica que, no caso de um cão que seja mais dominante e não se dá bem com machos, por exemplo, há a necessidade de colocá-lo em uma matilha só de fêmeas. Se há uma matilha tranquila frequentando a creche, ou seja, cães bem socializados, que não são agressivos e nem territorialistas, qualquer outro cão que entrar nessa matilha encontrará um ambiente receptivo e acolhedor. Por isso, é importante conhecer também os cães que frequentam a creche, para que não ocorra nenhuma experiência que traumatize o seu peludo e o torne reativo.
Na creche para cachorro, Hope passou a ser mais calma com outros animais

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A Vitória Nardin percebeu que a sua cadelinha, a Hope, precisava da creche quando ela não conseguia se comunicar com outros cães. A reatividade da Hope fazia com que ela avançasse em outros cachorros e pessoas para sinalizar que não estava gostando da aproximação. Sua dona percebeu que, antes de avançar, a Hope expressava comportamentos naturais: rosnar, virar a cabeça e lamber os lábios - que são sinais de estresse em cães. “Eu quis que a Hope frequentasse a creche para aprender a conviver com um grande fluxo de pessoas e cães. Deu certo e hoje ela é bem menos reativa”, conta.
A Hope aprendeu a brincar com outros cães e também a sinalizar quando algo a incomoda. Ela se acostumou com os humanos e a presença deles, entendo que nem todos vão machucá-la. A qualidade de vida da Hope melhorou e ela se tornou uma cadela bem menos ansiosa.
Creche de cachorro: investimento, horários e regras
O preço da creche para cachorro sofre variações dependendo da temporada e das horas que o animal frequenta o local. Há pacotes avulsos e mensais, mas também há a possibilidade de contratar o serviço por hora. “Caso a pessoa tenha que sair de casa para algum compromisso rápido, o cachorrinho pode ficar um período na creche. Acima de quatro horas, é melhor converter em uma diária normal porque será mais barato”, explica Patrícia.
Existem regras para frequentar a creche. As vacinas, vermífugo e remédios de pulgas e carrapatos devem estar em dias. “O ideal seria que todos fossem castrados, mas isso não é uma exigência do Riopet Gávea. As fêmeas não podem estar no período do cio. Fora isso, é só chegar e brincar muito”. Para cada 20 cachorrinhos, há um humano supervisionando tudo. Os peludos podem ficar no local de 8h da manhã às 19h30, podendo sair e entrar a qualquer hora nesse período, de acordo com a necessidade do tutor.
Redação: Júlia Cruz
