Adoção animal

Adoção de cachorro: 4 histórias emocionantes para te inspirar

Publicado - 22 Outubro 2019 - 16h01

Atualizado - 19 Abril 2024 - 17h58

Adotar um cachorro é um verdadeiro ato de amor. A adoção salva a vida de um animal no sentido mais literal possível. É por isso que hoje vamos contar histórias de adoção emocionantes: cachorros que foram salvos e descobriram o amor na sua forma mais pura. Veja o relato de algumas vidas que foram transformadas e se inspire com a gente. Quem sabe a próxima vida a ser mudada não será a sua? Adote!

Rabanete e Júlia: quando um acontecimento urgente se transforma em uma adoção

Eu conheci o Rabanete na rua da minha casa. Ele dormia em um estacionamento no começo e recebia os cuidados possíveis. Eu sempre soube que ele gostava de dar as voltinhas dele, porque o via subindo e descendo a rua. Até que ele foi atropelado! Em uma noite, enquanto ele dormia na rua, um rapaz passou com as duas rodas do carro por cima das perninhas dele e o deixou lá, sequer prestou socorro. Ele se arrastou até o estacionamento, cerca de três ruas, e ficou até o dia seguinte sem receber nenhuma ajuda. 

 

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Quando eu estava voltando pra casa, já no dia seguinte, senti que deveria parar no estacionamento para ver os cães de lá. Eu já estava alimentando o Rabanete e um amigo que ele tinha há algumas semanas. Quando cheguei lá, os rapazes me mostraram ele jogado, numa sala, sem conseguir andar. Ele chorava de dor, tentava levantar e não conseguia, pois não entendia o que tinha acontecido. Eu via em seus olhos o desespero. Não pensei duas vezes, chamei uma vizinha e o levei para o veterinário. Lá, o rapaz o levou para a sala e veio o diagnóstico: ele teria que operar as duas pernas, pois o fêmur havia saído do lugar. Em palavras simples, é como se a coxa dele tivesse subido para a altura dos braços. Imaginem a dor desse cachorro? Sem a cirurgia ele não voltaria a andar!

Na hora, criei um perfil no Instagram para ele e comecei a divulgar o caso. Os rapazes que cuidavam dele no estacionamento mobilizaram as pessoas da região que o conheciam e, aos poucos, fomos arrecadando dinheiro com doações e uma rifa. Conseguimos o valor da cirurgia e o Rabanete foi operado. Depois de 15 dias de internação, eu fui buscar o cãozinho na clínica. Até ali, o combinado era levá-lo novamente para o estacionamento onde vivia, mas sabia que não teria os cuidados que precisava. Eu já estava apaixonada pelo seu jeito sereno. A ideia de não ter ele perto de mim começava a me machucar - misturado com a preocupação dele voltar para as ruas. Nunca o devolvi e vai fazer um ano que estamos juntos. Somos muito apegados um no outro e sei que precisávamos nos encontrar. Rabanete é o grande amor da minha vida! 

Bartô e Luana: aquele encontro de almas inesperado, mas necessário para os dois

 

O Bartô foi abandonado ainda filhote. Olha essa carinha, é de partir o coração! A segunda imagem é da sua primeira noite na nova casa.Hoje esse pretinho é muito amado e muito bem cuidado. Passeia bastante e se diverte com os amigos no parcão. Sua vida mudou completamente!A Luana salvou a vida do Bartô e ele salvou a dela. Esse encontro tinha que acontecer e hoje os dois são melhores amigos!

 

Eu adotei o Bartô no fim do ano passado. Como foi perto do meu aniversário, sempre digo que foi um presente enviado dos céus. Eu estava passando por um período muito difícil pela crise de ansiedade e síndrome do pânico. Lembro que era um domingo e estava bem mal, então decidi acordar cedinho no dia seguinte para correr - uma forma de tentar aliviar aquela angústia. Era um dia bem nublado (e normalmente essa seria uma desculpa para não sair de casa 6h30 da manhã), mesmo assim não desisti e fui. 

A chuva me pegou no meio do caminho e logo depois vi a silhueta de um cachorro preto, que estava pulando muito alto, em uma grade. Na mesma hora eu parei e procurei por algum humano por perto, mas ele parecia sozinho. Já comecei a pedir aos céus para que ele estivesse acompanhado. Em amo animais, mas não achava que era a hora certa de levar um para casa. E eu sabia que se ele estivesse sozinho, não o deixaria ali. Era uma situação bem complexa!

Quando me aproximei eu vi aquele cachorrinho que algumas horas depois receberia o nome de Bartolomeu. Ele estava amarrado na grade, preso por uma cordinha no pescoço e muito exausto. Ele estava todo enrolado na grade, sem água e nem comida, molhado da chuva. Pela agitação, percebi que estava ali há muito tempo tentando se desvencilhar. Quando me aproximei, logo ele deu a barriguinha para receber um carinho - aí, percebi que era um filhote, pois nem tinha trocado os dentes ainda. Conversando com alguns moradores de rua, descobri que o cachorrinho havia sido abandonado ali no dia anterior e passou a noite inteira chorando.  

Naquele momento eu soube que aquele cãozinho era para ser meu. Eu precisava dele e ele precisava de mim. Foi um encontro. Quando o estava levando para casa, lembro de começar a chorar muito - de emoção mesmo - por estar salvando a sua vidinha. Estamos juntos há quase um ano e, desde o começo, o Bartô sempre demonstrou muita afeição e carência. Hoje ele tem uma casa segura, recebe muito amor, é bem cuidado - tudo que ele merece e mais um pouco. Eu sei que enquanto ele viver, vamos permanecer assim!

Pascoal e Daniela: um milagre de Páscoa para um cão idoso

O antes e depois do Pascoal é chocante! Ele estava magro e infestado de carrapatos! Não dá nem pra dizer que é o mesmo cachorro, né? Com amor e cuidado ele se transformou!O Pascoal ama crianças e seus irmãozinhos de quatro patas. Se deixar, ele passa o dia inteiro correndo de um lado para o outro.

Em um domingo de Páscoa fui visitar minha avó e meu primo veio me mostrar a foto de um cachorro doente. Como a imagem era muito forte, afastei o celular e avisei que tentaria ajudar.  Consegui recolher remédios e comida e levei ao meu primo no dia seguinte. Na quarta de manhã, recebi uma nova foto com ele em um estado mais grave ainda, infestado de carrapatos, e comecei a chorar sem parar. Não estava trabalhando, sofro de depressão e me questionei como poderia ajudar. Mas também pensei: se Deus me mostrou é porque eu tenho que ajudá-lo! Mandei mensagem para um grupo de amigos da causa animal e pedi socorro! Eles me apoiaram no resgate. 

 

O suposto “dono” não hesitou em dar o cachorro e cinco minutos depois ele já estava na casa da minha avó. Eu dei um remédio de carrapato, comida e água. Pouco tempo depois, os carrapatos começaram a cair e não parava. No veterinário, descobrimos que ele estava com hematócrito extremamente baixo e precisava de transfusão de sangue naquele momento. Havia uma moça visitando seu cachorro internado e se prontificou a trazer um cachorro maior que poderia doar sangue. A transfusão foi feita com sucesso e os carrapatos continuaram caindo por toda madrugada. Ele tinha doença do carrapato (erlichiose), anemia severa e estava com os ouvidos inflamados. 

Na sexta feira, porém, ele já tinha um novo nome, Pascoal (que o grupo deu por conta da Páscoa) e teve alta. Minha casa seria seu lar temporário. Fizemos o acompanhamento, a anemia foi melhorando e ele seguia cada vez mais agarrado a mim, sempre com um olhar de gratidão, prestando atenção no que podia e no que não podia fazer. Era nítido que ele não queria errar, que queria fazer tudo certo pra não ser abandonado ou voltar de onde veio. 

Eu não consegui colocá-lo para adoção e ele ficou em nossa casa. Minha mãe, que não gostava tanto de cachorros como eu, ficou apaixonada! O Pascoal está lindo e é muito amado. Ele está aprendendo a brincar e não desgruda da sua girafa favorita. Ele fica todo feliz quando vai passear e, na rua, permanece sempre está ao meu lado para me defender de tudo. Ele é carinhoso, amoroso e quando me vê, vira a barriga pra cima pra ganhar carinho. Ele é demais! O Pascoal chegou na clínica com 18kg e hoje deve ter aproximadamente 36kg. A maioria dos custos da clínica, remédios e ração medicamentosa foram pagos com doações e rifas. Foi uma super corrente do bem e o Pascoal foi muito abençoado! 

It Elvis e Juliana: o amor pode transformar um animal

O It morava em um apartamento bem pequeno, em uma comunidade no Rio de Janeiro. A moça que o adotou achava que ele era da raça Lulu da Pomerânia. Quando ela viu que ele era, na verdade, um vira-lata, resolveu não cuidar mais dele. O cãozinho vivia preso em uma varanda pequena, sem água - somente leite e ração disponíveis. Ele pegava frio, chuva e sol. Os vizinhos começaram a reclamar do cheiro e da sujeira do ambiente e ameaçaram chamar a polícia por maus-tratos. 

Essa moça trabalhava no mesmo lugar que eu, e estava comentando o caso, falando muitas coisas negativas sobre o cachorrinho, como se ele tivesse culpa de estar naquela situação! Eu não aguentei ouvir aquilo e falei que no fim de semana iria buscá-lo. Recebi um cachorro extremamente fedorento, com fezes grudadas no pelo, unhas encravadas, um shampoo para pelos escuros e a guia e a coleira que ele usava. Não me deu ração ou algum brinquedo, o que só reforçou que a situação que ele vivia era a pior possível. 

No dia seguinte, levei o It ao veterinário e foi diagnosticado com sarna demodécica, por isso ele fedia tanto. O médico nos passou os medicamentos necessários para tratá-lo, incluindo um shampoo específico para aquela condição. Em menos de um mês, o It se revelou outro cão: seu pelo era liso, loiro e lindo! Ele era um pequeno neném de oito meses, que já havia sofrido tudo que era possível, mas com todo o amor e cuidado, se transformou em outro animal! It descobriu o amor e mora conosco até hoje, nunca mais teve nenhum problema relacionado a sarna demodécica e faz o tratamento constante. Hoje ele é uma Pulguinha feliz que ama ficar no colo! 

Quero adotar um cachorro! Como faço isso?

Se depois desses relatos você se emocionou e decidiu transformar uma vida, prepare o seu coração para encontrar o seu grande amor peludo! Existem muitas maneiras de adotar cachorro: anúncios em redes sociais, abrigos e protetores independentes, feirinhas de adoção. Você também pode visitar esses locais e ali sentir qual o cãozinho faz o seu coração bater mais forte. 

Nesses locais, você pode encontrar filhotes de cachorro, cães adultos e idosos. Cada um tem uma personalidade e história única. Por isso, antes de decidir pela adoção, vale entender os traumas que ele carrega e cuidados com a saúde: alguns podem precisar de mais dedicação, paciência e amor do novo tutor. Cães adultos e idosos, por sua vez, costumam passar despercebidos pelos adotantes e muitos passam a vida inteira no abrigo. Não seria melhor se eles pudessem ter o amor de uma família? Pense nisso!

Ao adotar um cachorro, você não só transforma a vida dele, como ajuda a diminuir o número de cães que estão abandonados no Brasil. Só neste ano, uma pesquisa revelou que 30 milhões de animais estão abandonados. A única maneira de diminuir essa estatística é adotando! 

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