Você já ouviu falar por aí sobre a 'doença do gato'? A toxoplasmose é muito associada com a transmissão para humanos, mas esse é o primeiro mito em relação à doença. Na verdade, a toxoplasmose vem do parasita Toxoplasma gondii, que se hospeda nos gatinhos quando ele ingere fezes, carne crua contaminada ou via placentária. Por isso, a contaminação ocorre pelo contato direto com as fezes do felino. Para simplificar: você só pode pegar a toxoplasmose de um gatinho se ingerir o cocô dele. Portanto, é recomendado lavar bem os alimentos (isso inclusive previne outras doenças humanas bem graves) e higienizar as mãos depois de manipular a caixa de areia de gato.
Por que 'doença do gato'?
Nós conversamos com a veterinária Monike Soares, do Rio de Janeiro, para desmistificar algumas dúvidas sobre essa doença. Talvez, um dos grandes motivos da toxoplasmose ser negativamente associada aos felinos é o termo ‘doença do gato’. "O gato é o único indivíduo onde o parasita realiza sua reprodução sexuada gerando a produção de oocistos, que são a forma infectante. Eles são eliminados nas fezes e, assim, vão infectar outros hospedeiros", explica a Monike.
Doença do gato tem cura?
A doença do gato tem cura! Ao contrário do que muita gente pensa, a toxoplasmose não é uma doença que leva a óbito. Na verdade, ela se fortalece na queda do sistema imunológico do animal. Então, em casos onde o sistema imunológico já está enfraquecido, a doença consegue se estabelecer com mais força. Mas, é raro que os gatos infectados manifestem a doença. Os gatos imunossuprimidos, que tem um sistema imunológico baixo, acabam sentindo mais esses efeitos, ocasionando problemas neurológicos, problemas oculares, pancreatite e hepatite. Existem tratamentos efetivos para a doença e o animal vai responder melhor se, em paralelo, não há nenhuma outra condição que pode comprometer a sua saúde.

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Doença do gato: sintomas são essenciais para o diagnóstico!
A veterinária Monike explica que os sinais clínicos nos gatinhos são determinados de acordo com os órgãos afetados pelo parasita. O diagnóstico é feito pelo exame de sangue. “Geralmente, os sintomas incluem depressão, anorexia, febre seguida de hipotermia, efusão peritoneal, icterícia, dificuldade em respirar e, em casos mais severos, até mesmo encefalites.” Além disso, o gatinho também pode apresentar infecções respiratórias e gastrointestinais. Em caso de suspeitas da doença, leve o seu gato ao veterinário imediatamente.
Doença do gato: felinos sem acesso à rua não oferecem perigos
Há muitos motivos para manter um gato em ambientes internos e seguros, um deles é a baixa chance do bichano ser contaminado pelo parasita da toxoplasmose. “Gatos domésticos, que são mantidos no interior de residências com o mínimo de contato com o meio externo, dificilmente se contaminam para que possam se tornar um risco para seus tutores”, conta Monike. Uma alimentação controlada também é um fator de prevenção da doença.
Agora, se o seu gatinho é criado mais ao ar livre, fique de olho para que ele não se alimente sem supervisão. Outra dica é não dar carne crua, nem mesmo frango. Se optar pela alimentação natural para seu gato, certifique-se de cozinhar bem os alimentos para erradicar todas as bactérias.

Você pode conviver com um gato com toxoplasmose e não ser contaminado!
O principal de tudo quando falamos da doença do gato é que você não precisa se desfazer do seu bichinho depois do diagnóstico! Inclusive, grávidas e recém-nascidos podem tranquilamente conviver com os gatinhos na mesma casa - já que a contaminação ocorre pelo contato direto com as fezes e não com o animal em si. Nesse caso, as gestantes devem pedir que outra pessoa faça a limpeza da caixa de areia do bichano.
Como prevenir a doença do gato?
Além de manter o seu gatinho dentro de casa, é muito importante manter uma rotina de limpeza diária das caixinhas de areia para evitar que as fezes fiquem em contato com o ambiente por mais de três dias. Na hora do descarte, use um saco plástico bem fechado ou jogue diretamente na privada, com o uso de uma pá.
De forma geral, humanos também precisam se prevenir sobre a doença, e as dicas são pontuais: não comer carne mal passada, ter atenção com água e outros líquidos que possam estar contaminados, higienizar as mãos após mexer na terra ou em resíduos dos gatos e manter o ambiente sempre limpo, evitando moscas e baratas, que podem contaminar alimentos com ovos do parasita.
Redação: Júlia Cruz
