A vacinação é uma das principais formas de garantir uma vida longa e saudável aos cães. Mais do que um cuidado de rotina, as vacinas são uma barreira essencial contra doenças graves que podem colocar em risco não só a saúde do animal, mas também a de outros pets e até de humanos.
Desde os primeiros meses de vida, o sistema imunológico dos filhotes precisa de estímulo e proteção para desenvolver resistência contra vírus e bactérias. É nesse período que começa o cronograma vacinal, que deve ser seguido com rigor para assegurar uma imunidade completa ao longo da vida.
Só que manter a carteira de vacinação em dia é fundamental em todas as etapas da vida canina. Afinal, cada fase exige atenção especial, com imunizantes específicos que protegem contra enfermidades como cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa, leptospirose e raiva – algumas delas altamente contagiosas e potencialmente fatais.
A seguir, o Patas da Casa traz um guia completo com as vacinas mais importantes para cachorros em cada idade, mostrando quais são indispensáveis, quando elas devem ser aplicadas e por que é tão importante manter o reforço anual. Confira!
Vacinas para cachorro filhote: início da proteção
A fase de filhote é o ponto de partida para construir a imunidade canina. Geralmente, as primeiras doses de imunizantes são aplicadas entre 6 e 8 semanas de vida, com reforços a cada 3 a 4 semanas até os 4 meses. Nesse período, as principais vacinas para cachorro filhote são:
V8 ou V10: são os primeiros imunizantes do calendário vacinal de um filhote. Assim como o nome indica, eles protegem contra diversas doenças que afetam os cães, como cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa canina, adenovirose, parainfluenza e leptospirose. Tanto a vacina V10 quanto a V8 são aplicadas em três doses, com intervalos regulares entre cada uma.
Antirrábica: a vacina contra a raiva é essencial para prevenir essa doença fatal que também pode ser transmitida aos humanos. Deve ser aplicada a partir dos 4 meses de idade, depois que o filhotinho já tiver completado todo o ciclo vacinal da V8 ou V10. Depois da primeira dose, ela precisa ser reforçada anualmente.
Giárdia (opcional): normalmente, a vacina contra a giardíase canina é recomendada em locais onde há alto risco de contaminação, ajudando a prevenir a doença que causa diarreia e desidratação nos pets.
Nessa fase, o ideal é que o filhote só saia para passeios na rua e tenha contato com outros cães depois de completar o esquema vacinal básico – ou seja, somente após tomar as três doses da múltipla (V10 ou V8) e pelo menos uma dose da antirrábica.
Vacinas para cães adultos: manutenção da imunidade
Depois de completar o protocolo inicial, o cão entra na fase de reforço anual, essencial para manter a imunidade sempre ativa. As vacinas para cães adultos seguem uma rotina mais simples, mas igualmente importante. Assim, as principais vacinas que precisam ser atualizadas todos os anos são:
V8 ou V10: o reforço anual é indispensável para garantir que o organismo canino continue protegido contra doenças virais e bacterianas.
Antirrábica: também deve ser aplicada anualmente, sendo obrigatória por lei em praticamente todo o território brasileiro.
Giárdia e tosse dos canis (opcionais): a vacina que previne a giardíase e a vacina de gripe para cachorro (popularmente conhecida como tosse dos canis) são indicadas especialmente para animais que frequentam pet shops, hotéis, parques ou locais com grande concentração de animais.
Mesmo que o cão pareça saudável, o reforço vacinal é o que mantém o sistema imunológico canino preparado para reagir de forma eficaz contra agentes infecciosos. Por isso, não deixe de seguir o cronograma vacinal e, se acontecer de atrasar a vacina do cachorro, consulte um veterinário para saber exatamente o que fazer.
Vacinas para cães idosos: reforço e prevenção contínua
Com o passar dos anos, o organismo dos cães tende a responder de forma mais lenta e a imunidade pode ficar enfraquecida. Por isso, a vacinação continua sendo essencial, mas deve ser acompanhada de uma avaliação veterinária mais cuidadosa.
As vacinas mais importantes para cães idosos são as mesmas aplicadas em adultos (V8 ou V10 e antirrábica), mas o veterinário pode ajustar o cronograma de acordo com o estado de saúde do animal. Em alguns casos, vacinas opcionais podem ser suspensas ou adaptadas para evitar sobrecarga no corpo.
Desta forma, o acompanhamento anual com o veterinário é fundamental para verificar se o cão idoso está apto a receber todas as doses e se há necessidade de exames complementares antes da vacinação.
Por que é essencial manter as vacinas do cachorro em dia?
É importante ter em mente que vacinar o cão não é apenas um ato de cuidado individual, mas também uma forma de proteger toda a comunidade pet. A imunização evita surtos de doenças contagiosas, reduz o risco de contaminação entre animais e contribui para o controle de zoonoses, doenças que também podem afetar humanos.
Além disso, um cão vacinado vive mais e melhor. O investimento em vacinas é pequeno comparado ao custo emocional e financeiro de tratar doenças graves, muitas vezes sem cura. Independentemente da idade, seguir o calendário vacinal é o primeiro passo para garantir uma vida longa, segura e cheia de saúde ao seu melhor amigo de quatro patas.
