Cachorro

Maus-tratos nos primeiros 6 meses favorece comportamentos agressivos em cães adultos, aponta estudo

Publicado - 25 Novembro 2025 - 17h26

Atualizado - 25 Novembro 2025 - 19h26

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

Quando o assunto é comportamento canino, muita gente ainda acredita que a agressividade em cães tem uma relação direta com certas raças. No entanto, um estudo recente, publicado na revista científica Scientific Reports, traz uma explicação mais profunda (e bem preocupante) sobre os fatores que realmente tornam um cachorro bravo na vida adulta.

Os pesquisadores observaram que os animais que passam por agressões e maus-tratos ainda nos primeiros seis meses de vida têm muito mais chances de se tornarem cachorros reativos, medrosos ou agressivos. E isso vale tanto para atos de violência direta quanto para ambientes estressantes, negligência e punições constantes.

Por que os primeiros meses são tão decisivos no comportamento canino?

O período inicial da vida de um cachorro funciona como uma espécie de “janela de formação”, em que o cérebro está absorvendo informações sobre o mundo e definindo padrões de comportamento. Se, nesse momento, o animal é submetido a violência, falta de segurança ou excesso de punições, ele tende a crescer sempre em estado de alerta. E essa resposta constante ao medo pode evoluir para reatividade, rosnados, mordidas e dificuldade de socialização.

A partir das análises, os especialistas explicam que o cachorro filhote exposto a agressões fecha o ciclo de aprendizado de forma distorcida: eles entendem que o mundo é um lugar perigoso e que atacar antes de ser atacado é uma forma de defesa.

Segundo os pesquisadores, o ambiente em que os pets crescem, o tipo de interação que recebem e o estilo de manejo do tutor influenciam diretamente no modo como vão se comportar ao longo da vida. E esses fatores podem ser ainda mais impactantes em algumas raças que foram historicamente criadas para guardar gado ou abater animais selvagens.

Cachorro mostrando os dentes para uma pessoa
Apesar de ser desafiador, o comportamento reativo em cães pode ser revertido com manejo adequado

E como isso afeta a vida adulta do cão?

O estudo revela que esses cães costumam ter mais dificuldade para confiar nos tutores, apresentam respostas exageradas a estímulos simples e podem reagir mal ao contato com outros animais ou pessoas. Em muitos casos, também se tornam cachorros ansiosos, inseguros e propensos a desenvolver comportamentos destrutivos.

Por outro lado, quando um filhote é criado com estímulos positivos, afeto, previsibilidade e socialização adequada, as chances de desenvolver agressividade diminuem drasticamente. Desta forma, o achado reforça a importância de uma criação responsável na construção de um comportamento equilibrado em cães.

Dá para reverter comportamentos agressivos em cães?

Lidar com um cachorro agressivo pode ser bastante desafiador, mas a boa notícia é que muitos casos podem ser revertidos. Cães que passaram por situações traumáticas podem melhorar bastante com apoio profissional, incluindo adestradores positivos, veterinários comportamentalistas e rotinas estruturadas que tragam segurança ao dia a dia. Paciência, consistência e muito carinho também são fundamentais para que o animal reaprenda a se sentir tranquilo.

Mas o estudo reforça um ponto importante: prevenir é sempre melhor do que corrigir. Garantir um ambiente amoroso e seguro desde cedo é o caminho mais eficaz para formar cães tranquilos, sociáveis e confiantes, independentemente da raça. E isso é bom não só para os animais, mas também para toda a sociedade que convive com eles.

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