A pneumonia em gatos - ou pneumonia felina - é uma doença respiratória que pode se desenvolver por vários motivos. Às vezes uma queda na imunidade é suficiente para o problema atingir os peludos, mas na maioria dos casos ele deriva de uma simples gripe que não foi tratada do jeito certo. Por isso, a atenção com o gato gripado deve ser enorme! Quanto antes for diagnosticado e tiver o tratamento adequado, menores são as chances de você ter um gato com pneumonia.

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Ainda assim, como já foi dito, o quadro pode ter outras causas associadas, então observar mudanças comportamentais e físicas no bichano - como o gato respirando rápido - é fundamental para saber quando buscar ajuda. Para tirar todas as dúvidas sobre a pneumonia em gatos, conversamos com a médica veterinária Vanessa Zimbres, da Clínica Gato é Gente Boa, que é especializada em felinos.

O que é a pneumonia em gatos?

Encontrar um gato com respiração acelerada e ofegante sempre causa certa preocupação em quem é pai de pet. Afinal, essa simples alteração pode significar uma infinidade de problemas de saúde, que pode variar desde um quadro de bronquite em gatos até algo mais complexo, como a pneumonia felina. Mas do que se trata exatamente essa doença? Segundo a especialista, a pneumonia é definida como uma doença inflamatória do pulmão de gato. “Ela pode ser causada por agentes infecciosos como vírus, bactérias, parasitas, fungos, ou pela inalação de elementos tóxicos”, explica.

Também chamada de pneumonite, a doença é delicada e costuma causar bastante desconforto aos felinos. Como ataca o sistema respiratório, o processo de inspiração e expiração se torna muito mais complicado e o tratamento deve começar o quanto antes para evitar danos maiores ao pulmão de gato. Sem orientação e acompanhamento médico, a pneumonia pode ser fatal, e por isso é muito perigosa.

Causas da pneumonia em gatos e como a doença é transmitida

A pneumonia em gatos é decorrente da entrada de algum agente infeccioso no organismo felino. Isso pode acontecer quando a saúde do animal já está debilitada por conta de alguma outra doença, como rinotraqueíte, calicivirose felina ou imunodeficiência felina (FIV). Em outros casos, o gato com pneumonia também pode ser resultado da inalação de determinadas substâncias, como fumaça.

Para esclarecer quais são as principais causas do problema, Vanessa conta: “Na medicina felina, os agentes bacterianos causadores de pneumonia mais comuns são os Mycoplasmas, a Bordetella bronchiseptica, espécies de streptococcus, E. coli e Pasteurella. Os agentes parasitários são os Aelurostrongylus abstrusus. Os agentes virais são os Calicivirus e herpesvirus felino, e as causas fúngicas mais comuns incluem espécies de Cryptococcus, Histoplasma capsulatum, Sporotrhrix schenkii e espécies de Aspergillus.”

Apesar de ter diferentes causas associadas, Vanessa explica que a única diferença entre a pneumonia felina bacteriana e a viral, por exemplo, é apenas o agente causador. “Os sinais clínicos são muito parecidos. Não existem alterações hematológicas, bioquímicas, radiográficas ou mesmo achados clínicos que diferenciam uma infecção da outra. Além disso, podem haver infecções do trato respiratório e sistêmicas concomitantes”.

E como um gato pode pegar pneumonia? A transmissão da doença geralmente se dá pelo contato direto de um animal saudável com outro infectado. “A forma de contaminação depende do agente infectante mas, na maioria das vezes, se dá pelo contato direto com animais doentes ou por inalação dos agentes infecciosos”, revela a médica veterinária.


Saúde de gato: respiração ofegante deve ser avaliada por um veterinário
Saúde de gato: respiração ofegante deve ser avaliada por um veterinário

Pneumonia em gatos: sintomas incluem respiração acelerada ou forçada

De acordo com a especialista, a principal queixa da pneumonia é o gato tossindo. No entanto, esse não é o único sintoma do problema. “No exame físico, os principais achados são: dispneia (respiração forçada) e/ou taquipneia (respiração acelerada). Febre em gatos e corrimento nasal também podem ser observados, mas a ausência desses sintomas não exclui doença pulmonar”.

Por isso, se você observar um gato respirando forte, fazendo uma força fora do normal para conseguir inspirar e expirar, ligue o alerta. O mesmo vale para o caso de um gato com respiração rápida, que é claro sinal de taquipneia. Alterações comportamentais também devem ser observadas, como apatia e perda de apetite. Se seu gatinho costuma ser agitado e ficar mais quietinho e distante de uma hora para outra, é sinal de que tem algo de errado!

E não para por aí! “É importante o tutor se conscientizar de que, às vezes, o que ele considera como engasgos por tricobezoares (bolas de pelos), podem ser quadros de tosse e que nem toda tosse significa quadros de bronquite em gatos ou asma, algo extremamente comum na medicina felina”, alerta Vanessa. Então, por precaução, qualquer mudança na respiração do gato precisa de uma atenção especial e deve passar por uma avaliação médica para que um profissional investigue o problema.

Gato com pneumonia: como é feito o diagnóstico da doença?

O diagnóstico da pneumonia em gatos é determinado principalmente com base no histórico do paciente. É o que a médica veterinária explica: “O agente infeccioso não é identificado por meio de exames como achados físicos, radiografias e exames de sangue em gato. Na verdade, é realizada uma terapia empírica e observada a resposta”. 

Dependendo da avaliação, exames complementares podem ser necessários para fechar o diagnóstico, embora isso aconteça muito pouco. “Raramente são realizados exames específicos para identificação do agente, que incluem: lavado broncoalveolar com realização da análise citológica e microbiológica do material aspirado, aspirados pulmonares por agulha com avaliação citológica do material e até mesmo exame histopatológico”.


O uso de antibiótico para pneumonia em gatos deve ser indicado por um profissional
O uso de antibiótico para pneumonia em gatos deve ser indicado por um profissional

Como é o tratamento da pneumonia em gatos?

A pneumonia em gatos deve ser tratada o quanto antes para evitar qualquer piora no estado de saúde do felino ou até mesmo uma fatalidade. “O tratamento é prescrito de acordo com o agente causador da doença. Por conta disso, é fundamental fazer um diagnóstico preciso para identificar a causa e assim realizar o tratamento adequado para cada caso. Por exemplo: se a causa da pneumonia for bacteriana, é indicado o uso do antibiótico para pneumonia em gatos na dosagem adequada. Se o causador foi um fungo, é prescrito antifúngico; e se for parasitária, um remédio antiparasitário. Somente em causas virais não há recomendação”.

Mas lembre-se: a recomendação dos medicamentos deve ser feita exclusivamente pelo veterinário após o diagnóstico, e o tutor deve evitar qualquer tipo de automedicação mesmo que a intenção seja ajudar o animal. “O uso de antibiótico para gatos sem confirmar se a causa é realmente bacteriana, pode levar a uma prescrição incorreta e ao uso indiscriminado do medicamento, tendo como consequência a resistência bacteriana, que vai dificultar a solução do problema”.

Como nem sempre a causa da pneumonia em gatos é identificada, Vanessa orienta: “A escolha empírica de agente antimicrobiano deve ser feita pensando em atingir os microorganismos mais comumente envolvidos na causa da doença. Se não se observar uma resposta rápida, uma investigação mais aprofundada da causa deve ser realizada”. 

Gato com pneumonia: saiba como prevenir o problema

Cuidados básicos com o seu amigo de quatro patas já ajudam a afastar casos de pneumonia em gatos. As orientações da especialista são as seguintes:

  • Evitar o contato com animais doentes, no caso das infecções bacterianas, virais e fúngicas;

  • Manter o gato com a desvermifugação sempre em dia;

  • No caso das infecções virais, evitar ambientes que possibilitem a aglomeração de gatos.

Além disso, atitudes simples do dia a dia ajudam a reforçar a saúde felina e até mesmo aumentar a imunidade do gato. Por isso, manter uma alimentação de qualidade e equilibrada com preferências para rações do tipo Premium ou Super Premium é uma ótima dica. Além disso, o tutor deve ter o cuidado de incentivar a hidratação do pet e cuidar da higiene do ambiente onde ele vive. Também não podemos esquecer de aplicar as doses de reforço das vacinas para gatos anualmente, o que vai ajudar a protegê-lo de várias outras doenças!

Redação: Juliana Melo