O Border Collie é uma das raças mais admiradas entre os amantes de cães, que se destaca por unir beleza, energia e uma esperteza fora do comum – a ponto de ser considerado oficialmente o cachorro mais inteligente do mundo. Originalmente criado como um cachorro de pastoreio, ele mantém até hoje o instinto de trabalho, o foco e o perfil companheiro que o tornaram tão popular.
Justamente por conta de todas essas características, não é de se estranhar que o Border Collie vem conquistando cada vez mais famílias brasileiras, figurando entre as raças de cachorro mais populares no país. No entanto, antes de decidir ter um cão desses, é essencial conhecer todas as características e demandas específicas da raça para garantir uma convivência harmoniosa e saudável entre tutores e animais. Vamos entender melhor a seguir!
Tudo o que é preciso saber antes de ter um Border Collie
Em primeiro lugar, é preciso compreender que ter um Border Collie em casa é um compromisso que exige tempo, dedicação e disposição. Afinal, essa raça foi desenvolvida para o trabalho intenso no campo, o que explica seu alto nível de energia e necessidade de estímulo constante. Por isso, em um ambiente doméstico, o Border Collie precisa de exercícios físicos diários, incluindo caminhadas longas e até esportes caninos, como agility (ou circuito para cachorro) e frisbee.
Além do exercício, o estímulo mental é indispensável. O Border Collie se entedia facilmente e o tédio pode levar a comportamentos indesejados, como destruição de objetos ou escavação de terrenos, principalmente em casas com jardim e áreas externas. Portanto, é importante oferecer brinquedos interativos, aplicar treinamentos de obediência e fazer jogos de busca ou desafios que incitem o raciocínio do cão.
Ainda nesse sentido, a socialização desde filhote também é fundamental para a raça. O Border Collie é naturalmente atento e protetor, mas precisa aprender a conviver bem com pessoas, outros animais e diferentes ambientes o mais cedo possível. Quando bem socializado e treinado com reforço positivo, torna-se um cão extremamente obediente, equilibrado e afetuoso.
Cuidados com saúde e higiene do Border Collie
Fora esses aspectos, o Border Collie é uma raça bastante saudável e não costuma apresentar muitos problemas de saúde ao longo da vida. Ainda assim, como acontece com qualquer cão de raça, existem algumas doenças genéticas que podem afetar esses animais. Por isso, é fundamental adotar uma rotina de prevenção, com check-ups veterinários regulares e vacinas sempre em dia.
E vale acrescentar ainda que o Border Collie também exige cuidados constantes com a pelagem, já que tem pelos longos e volumosos, o que requer escovação regular para evitar nós e manter a higiene. Por ser um cão que precisa estar sempre fora de ambientes fechados, ele também pode precisar de uma rotina de banhos frequentes, com uma boa higiene das patas, unhas, olhos e ouvidos.

Quais são os prós e contras do Border Collie?
Antes de listar os prós e contras do Border Collie, é importante destacar que qualquer vantagem ou desvantagem associada a uma raça de cachorro depende muito do perfil do tutor. Estilo de vida, tempo e espaço disponíveis, além do fator financeiro, influenciam diretamente na convivência com o pet.
Algumas raças de cachorro que mais precisam gastar energia, por exemplo, podem ser ótimas para quem tem uma rotina dinâmica, mas se tornam desafiadores em lares mais tranquilos. Da mesma forma, alguns cães exigem cuidados específicos com a pelagem ou podem demandar atenção especial com a saúde, o que pode gerar custos mais altos no dia a dia.
Afinal, é bom ter um Border Collie em casa?
Com isso em mente, podemos dizer que entre as principais vantagens do Border Collie está sua inteligência – o que se reflete na facilidade de aprendizado, na obediência e na capacidade de compreender comandos complexos. Além disso, ele é um cão leal, carinhoso e muito atento ao ambiente, sempre disposto a agradar e acompanhar o tutor em qualquer atividade.
Por outro lado, essa mesma inteligência e energia constante podem se tornar um desafio. O Border Collie não é o cachorro mais indicado para pessoas com rotina sedentária ou que passam longos períodos fora de casa. Isso porque ele precisa de estímulo constante (tanto físico quanto mental) para não se tornar um cachorro ansioso e desenvolver comportamentos destrutivos. Em ambientes pequenos, como apartamentos, ele só se adapta bem se houver passeios e brincadeiras diárias.
Então, a decisão de ter um Border Collie em casa vai depender de muitos fatores. Uma coisa que é certa é que ele é um excelente cão de companhia, extremamente fiel e uma das raças de cachorro mais indicadas para famílias com criança.
Border Collie ataca pessoas?
Quanto ao comportamento, o Border Collie não é uma raça agressiva. Ele pode ser protetor e desconfiado em alguns momentos, mas raramente apresenta ataques injustificados. O instinto de pastoreio desse cão é forte e, por isso, pode tentar “guiar” crianças ou outros animais – algo facilmente controlado com treinamento.
No adestramento, aliás, essa raça se destaca. Estudos indicam que ele pode aprender mais de 1.000 comandos diferentes! Por isso, ensinar o Border Collie a fazer as necessidades no lugar certo costuma ser algo simples, já que ele aprende rápido e responde muito bem ao reforço positivo e rotinas bem definidas. Com paciência e consistência, esse aprendizado se torna natural e duradouro.
Qual é o preço de um Border Collie?
Se você ficou interessado em ter um Border Collie depois de conhecer todas as particularidades desse cachorro, saiba que o valor de um exemplar da raça pode variar conforme o pedigree, linhagem e criador. Em média, o preço de um filhote de Border Collie no Brasil varia entre R$ 2.000 e R$ 7.000. Cães de canis reconhecidos, com certificação genética e histórico de saúde dos pais tendem a custar ainda mais caro.
Lembre que, antes de comprar, é essencial verificar se o criador é responsável e se segue boas práticas de bem-estar animal. Outra opção é a adoção, já que não é raro encontrar Border Collies e mestiços da raça disponíveis em abrigos e ONGs, prontos para ganhar um novo lar.