Cachorro

Como trocar a ração do cachorro? Veterinária dá dicas para evitar efeitos colaterais

Publicado - 06 Dezembro 2025 - 17h38

Atualizado - 06 Dezembro 2025 - 17h49

Foto da Carina Carolina Miranda Costa - Médica Veterinária

Carina Carolina Miranda Costa / Médica Veterinária

CRMV-SP: 50050

Médica Veterinária formada pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e pós-graduanda em Nutrição Clínica de Cães e Gatos pela Qualittas. Possui 5 anos de experiência na área comercial com foco em pet food, atuando com promoção técnica e relacionamento com médicos-veterinários. Atualmente, é Representante de Informação Veterinária na Nestlé Purina, unindo conhecimento técnico à estratégia de mercado.
Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

A ração seca é a base da alimentação da maior parte dos cães e fornece os nutrientes essenciais para manter o organismo canino funcionando em equilíbrio. No entanto, mesmo com boa aceitação e tolerância, pode chegar um momento em que esse alimento precisa ser substituído – seja por mudanças nas fases de vida do cachorro, por ajustes nutricionais ou por recomendação do veterinário.

O problema é que, quando a troca da ração não é bem planejada, o animal pode enfrentar algumas reações desconfortáveis, principalmente diarreia e gases. De olho nesse assunto, o Patas da Casa conversou com a médica veterinária Carina Carolina Miranda Costa para saber exatamente como fazer o processo correto de adaptação com uma nova ração e evitar efeitos colaterais no pet. Confira!

Quando realmente é necessário trocar a ração do cachorro

Todo tutor de cachorro precisa saber que a troca de ração não deve ser encarada como algo rotineiro. A grande maioria dos cães mantêm um bom nível de tolerância ao mesmo alimento por longos períodos, sem “enjoar” ou perder o interesse. Diante disso, segundo a veterinária Carina Costa, a introdução de uma nova ração só costuma ser indicada em situações específicas.

O momento de vida do animal, como a passagem de filhote para adulto ou de adulto para sênior, costuma exigir um novo perfil nutricional. Além disso, condições de saúde e particularidades do pet também influenciam nessa decisão: animais com doenças renais, sensibilidade digestiva, alergias alimentares, problemas na pelagem ou com sobrepeso podem demandar uma ração mais adequada.

Questões de qualidade do produto ou a busca por uma formulação mais completa para o dia a dia também justificam a troca de ração. Fora isso, mudanças constantes sem a orientação de um especialistas podem atrapalhar o equilíbrio intestinal do cão e gerar exatamente o efeito contrário ao esperado.

O que pode acontecer quando a ração é trocada da forma errada?

Uma mudança na alimentação do cachorro feita sem cuidado pode ter impactos tanto na saúde quanto no comportamento do animal. De acordo com Carina, podem ocorrer distúrbios gastrointestinais (como diarreia, vômitos, gases, dor ou desconforto), recusa alimentar ou falta de apetite, perda de peso, alergias ou até problemas mais sérios, como gastrite e pancreatite canina.

Cachorro Poodle visto de cima olhando para pote de ração na mão do tutor
Para evitar problemas de saúde no cachorro, é essencial fazer uma troca gradual de ração

Além dessas reações, uma troca brusca de ração para cachorro pode comprometer a absorção de nutrientes, afetando o brilho da pelagem, a disposição e a imunidade. Isso porque, quando a adaptação não respeita o tempo necessário, o organismo canino demora mais para reconhecer a nova fórmula, aumentando a chance de estresse gastrointestinal.

Como trocar a ração do cachorro corretamente: passo a passo da adaptação

Diante de todos os possíveis problemas que um cachorro pode ter ao receber uma ração nova, a médica veterinária Carina Costa esclarece que “nunca se deve fazer a troca da alimentação de uma maneira radical e, sim, gradualmente” – a não ser que o animal esteja com um quadro grave de alergia, intoxicação ou alguma comorbidade que exige uma ação mais rápida.

Fora esses casos pontuais, o primeiro passo na troca da ração consiste em misturar pequenas quantidades do novo alimento com a ração antiga, mantendo a maior parte da dieta já conhecida. Com o passar dos dias, o tutor deve aumentar a proporção da nova ração e reduzir a antiga, permitindo que o intestino canino reconheça aos poucos os novos ingredientes.

Para ficar mais claro de entender, a veterinária Carina Costa indica a seguinte proporção:

  • Dias 1 e 2: 75% de ração antiga e 25% de ração nova
  • Dias 3 e 4: 50% de ração antiga e 50% de ração nova
  • Dias 5 e 6: 25% de ração antiga e 75% de ração nova
  • Dia 7: 100% de ração nova

Como visto, esse processo costuma levar, em média, 7 dias, podendo variar conforme a sensibilidade digestiva, histórico de saúde e recomendação veterinária. Durante esse período, é importante observar o aspecto do cocô do cachorro, o nível de apetite e o comportamento do pet para avaliar se o ritmo da mudança está adequado. Caso surjam sinais de desconforto, a proporção deve ser ajustada de modo mais lento.

“Além disso, também é importante estabelecer horários fixos de alimentação, reforçar a hidratação e evitar oferecer petiscos em excesso para facilitar a aceitação da nova fórmula”, orienta Carina. Em todos os casos, antes de iniciar a troca da alimentação, ainda vale buscar orientação profissional para escolher a ração ideal para o cachorro e conduzir a transição com mais segurança.

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