Gato

7 coisas que você precisa saber (e fazer) para ajudar um gato acima do peso a emagrecer de forma saudável

Publicado - 07 Dezembro 2025 - 17h51

Atualizado - 07 Dezembro 2025 - 18h01

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

A obesidade felina é um problema cada vez mais frequente no mundo. Somente no Brasil, estima-se que entre 25% e 40% dos gatos domésticos estejam obesos ou com sobrepeso. Segundo os especialistas, essa realidade tem uma forte relação com o estilo de vida e os hábitos dos próprios tutores – que acabam favorecendo uma rotina pouco saudável para seus pets.

Um gato é considerado obeso quando ultrapassa 20% do seu peso ideal. E isso não é apenas uma questão estética. Na verdade, o excesso de peso pode trazer sérios prejuízos à saúde e qualidade de vida dos felinos.

Veterinários alertam que gatos obesos têm risco muito maior de desenvolver diabetes mellitus, problemas articulares, doenças renais, problemas de pele, doenças hepáticas, diminuição da capacidade de locomoção e até uma menor expectativa de vida. Ou seja, os impactos são enormes!

Para evitar essas complicações, é fundamental que o tutor entenda o que fazer quando seu gato está acima do peso. A seguir, o Patas da Casa reuniu as principais diretrizes (recomendadas por especialistas) que podem ajudar um gato a emagrecer de forma saudável. Assim, o bichano poderá viver mais e melhor ao lado de sua família. Confira!

1) Identificar corretamente o sobrepeso ou obesidade no gato

O ponto de partida é entender quando o gato realmente está acima do peso. A avaliação mais eficiente combina o peso total com o escore de condição corporal (Body Condition Score – BCS), que mostra o quanto de gordura o animal acumulou.

Gatos obesos, geralmente, não apresentam cintura definida, têm costelas difíceis de sentir ao toque leve, exibem barriga mais arredondada e costumam apresentar dificuldade para se mover, pular ou brincar. Esses sinais ajudam a determinar a necessidade de intervenção e estabelecer metas realistas para o plano de emagrecimento.

2) Ajustar a dieta de maneira segura e bem planejada

Depois de confirmar a condição corporal, começa o trabalho de readequar a alimentação do gato. As dietas terapêuticas, formuladas especialmente para perda de peso, são a escolha mais indicada, pois têm menor densidade calórica e mantêm equilíbrio de proteínas, vitaminas e minerais.

A redução calórica deve ser sempre gradual para evitar problemas sérios, como deficiências nutricionais ou sobrecarga hepática. E manter uma boa oferta de proteínas é essencial para preservar a massa muscular enquanto o gato perde gordura. Tudo isso contribui para uma perda de peso segura e mais eficiente.

3) Abandonar o hábito da alimentação livre e controlar porções

Deixar ração disponível o dia inteiro é um dos principais motivos para o consumo excessivo de calorias entre os gatos. Por isso, a alimentação deve ser fracionada em porções controladas ao longo do dia, conforme orientação veterinária.

O uso de um comedouro para gato interativo também é uma ótima estratégia: eles estimulam o comportamento de caça, tornam a refeição mais lenta e promovem um gasto energético extra, ajudando no processo de emagrecimento e mantendo o bichano mentalmente ativo.

Gato obeso brincando no chão
Ajustes na dieta e estímulo à prática de atividades físicas, principalmente com brincadeiras, ajuda o gato a emagrecer

4) Incentivar a atividade física e o enriquecimento ambiental

Grande parte dos gatos domésticos leva uma vida sedentária, o que contribui diretamente para o acúmulo de gordura. Então, a inclusão de brincadeiras diárias, com varinhas, bolinhas, circuitos de escalada e estímulos verticais, faz muita diferença.

Além disso, disponibilizar arranhadores e prateleiras elevadas aumenta o nível de atividade ao longo do dia. O enriquecimento ambiental para gatos não só estimula o movimento como reduz o tédio, que é um dos fatores que podem levar à compulsão alimentar.

5) Estabelecer uma perda de peso gradual e metas realistas

O emagrecimento saudável nos gatos exige paciência. A taxa recomendada costuma ficar entre 0,5% e 2% do peso corporal por semana. Perdas mais rápidas podem ser perigosas, aumentando o risco de lipidose hepática felina – condição séria que pode acontecer quando o gato deixa de comer ou perde peso de forma abrupta.

É importante saber que, em situações de obesidade severa, os resultados podem demorar mais para aparecer, exigindo ajustes constantes na dieta e no nível de atividade, mas a constância é o fator que realmente importa.

6) Monitorar o progresso e ajustar a estratégia

Acompanhar o peso e o escore corporal regularmente é essencial para garantir que o plano está funcionando. O monitoramento permite corrigir falhas, ajustar a quantidade de comida e adaptar o ritmo da perda de peso.

Quando o gato finalmente atinge o peso ideal, é necessário adotar uma dieta de manutenção com densidade calórica adequada para impedir que recupere o peso perdido. Após o processo de emagrecimento, manter os novos hábitos (tanto alimentares quanto ambientais) é tão importante quanto o período de redução calórica!

7) Contar com acompanhamento veterinário contínuo

Nenhum plano de emagrecimento felino deve ser iniciado sem avaliação profissional. Isso porque o veterinário analisa a saúde geral do gato, verifica se há doenças associadas à obesidade, solicita exames quando necessário e define a estratégia nutricional mais adequada.

O acompanhamento contínuo com um especialista reduz riscos, ajuda a ajustar o plano conforme os resultados aparecem e aumenta muito as chances de sucesso. Uma orientação individualizada é sempre mais eficiente do que tentativas improvisadas.

No fim das contas, o tratamento da obesidade em gatos exige cuidado, planejamento e paciência. E quando o processo é conduzido de forma responsável, o animal tem a chance de voltar a ter mobilidade, qualidade de vida e muito mais bem-estar!

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