Cachorro

Hipoglicemia em cachorro: como a condição afeta o seu pet?

Publicado - 11 Dezembro 2023 - 17h18

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

Amanda Lopes / Médica Veterinária

CRMV - RS 11483

Médica Veterinária formada na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) RS, em 2010 | Atua como Representante de Informação Veterinária na Nestlé Purina Brasil, onde trabalha desde 2014.

Laura Furtado / Redatora

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Desde pequena, sempre tive um amor e carinho especial por todos os animais. Quando completei 6 anos, meus pais me presentearam com um cãozinho da raça Bichon Frisé que chamamos de Billy. Foi o dia mais feliz da minha vida, fiquei horas chorando sem acreditar que ele era meu. Billy viveu 14 anos com a gente, mas virou uma estrelinha em 2019 depois de uma história linda ao nosso lado.

Em 2019, ganhei da minha sogra uma Dachshund, o famoso salsichinha, e desde então minha vida voltou a fazer sentido. Pode parecer clichê, mas nada explica o sentimento de amor e carinho que ter um pet proporciona. Nós decidimos chamar ela de Teteia, e não poderia existir nome melhor pra descrever ela. Teteia significa moça atraente, e a minha Teteia salsicha é realmente a coisa mais linda do mundo, além de ser extremamente carinhosa, companheira e engraçada.

Em 2023, participei de uma entrevista e entrei para o time do Patas da Casa. Fiquei muito feliz, porque sempre tive afinidade e carinho pelos animais, e não há nada melhor do que escrever sobre coisas que a gente ama, né. Me identifiquei de cara com os valores do Patas e sempre considerei o projeto de suma importância para tutores que, assim como eu, buscam se informar para garantir o melhor para os pets. Desde então, cada dia tem sido um aprendizado, e sou muito feliz por fazer parte de um projeto tão especial quanto o Patas.

• Filme com animal preferido: “Marley e Eu”
• Uma raça de cachorro: Vira-lata
• Uma raça de gato: Siamês
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os cães de suporte emocional podem agir como 'terapeutas', ajudando pacientes com ansiedade, depressão, autismo e estresse pós-traumático
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatinhos tem efeitos positivos na sáude mental e física dos humanos
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar cachorro ou gato pode mudar a vida das pessoas e dos animais para melhores, trazendo muito amor e felicidade
• Nome de pet favorito: Larica

A hipoglicemia em cachorro é uma condição provocada pelo baixo nível de açúcar na corrente sanguínea. Chamado de glicose, esse açúcar é a principal fonte de energia para o corpo do cachorro e um dos principais nutrientes da célula animal. Os quadros de hipoglicemia em cães podem ser provocados por diversos fatores, mas é mais comum em filhotes de cachorro. Para entender um pouco mais sobre a hipoglicemia, causas, sintomas e tratamento, o Patas da Casa conversou com a médica veterinária Amanda Lopes. Confira!

Hipoglicemia em cães: o que é essa condição?

De acordo com a veterinária Amanda, a hipoglicemia em cachorro é a descida repentina da concentração de glicose no sangue, chegando abaixo dos níveis normais. Nos cães, o valor normal de açúcar no sangue deve estar entre 70 e 120 mg/dl. Se o valor ultrapassar 120, o cão entra em um quadro de hiperglicemia, caracterizado pelo nível de açúcar elevado no sangue; se o valor for menor do que 70, isso significa que o cachorro está hipoglicêmico e que a glicose dele está perigosamente baixa. A hipoglicemia em cães pode ser classificada em três tipos: leve, moderada e grave.

Sintomas da hipoglicemia em cachorros

O cachorro com hipoglicemia pode apresentar diferentes sintomas, de acordo com a gravidade do quadro. Abaixo, veja quais são os principais sinais de hipoglicemia em cães indicados pela dra. Amanda: 

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  • Hipoglicemia leve: a hipoglicemia leve pode ser identificada por fraqueza ou cansaço anormal, cachorro com muita fome, e por vezes presença de calafrios ou tremores. 
  • Hipoglicemia moderada: na hipoglicemia moderada podemos observar pouca coordenação no cachorro, ele pode caminhar em círculos, cambalear ou mostrar certa desorientação. Podemos observar também problemas na visão e inquietude, como latidos de cachorros excessivos.
  • Hipoglicemia grave: no pior estado da hipoglicemia, pode-se observar convulsões, perda da consciência, estado de estupor e coma. É comum chegar à morte neste estado.

O que pode causar hipoglicemia em cachorro?

Quando pensamos em hipoglicemia, cães e o que pode provocar essa condição, a lista de possíveis causas é grande. De acordo com Amanda, existem diferentes causas, desde fatores externos até questões genéticas. Algumas raças de cachorro, por exemplo, são mais propensas a sofrer deste problema devido ao tamanho. É o que explica a profissional: “A chamada hipoglicemia juvenil transitória encontra-se em maior frequência nas mini raças, como Yorkshire, Chihuahua e Poodle Toy. No geral, ocorre entre as 5 e 15 semanas de vida. Não acontece em todos os casos, mas é bastante frequente e requer atenção médica veterinária imediata”. 

Para evitar a hipoglicemia, cães filhotes precisam ter ração para cachorro sempre à sua disposição, pelo menos até completarem um ano de vida. Este tipo de hipoglicemia é desencadeada facilmente nos filhotinhos porque eles gastam muito mais energia do que cachorro adulto. Dessa forma, eles precisam de quantidades maiores de calorias para atender as necessidades do seu desenvolvimento. 
 

Cãozinho da raça Chihuahua comendo
Hipoglicemia em cães filhotes acontecem com mais frequência

Outras causas para a hipoglicemia em cachorro

Quando pensamos no que pode causar a hipoglicemia em cachorro, existem outros motivos associados à queda de açúcar no sangue do animal.  Por exemplo, a diabetes em cachorro é uma condição que pode levar a um quadro hipoglicêmico, devido a aplicação irregular de insulina. “Em animais que são tratados com insulina (diabéticos), algumas vezes acontecem casos de hipoglicemia, pois é frequente a sobredose de insulina por um cálculo mal feito ou porque se aplica uma dupla injeção”, esclarece a especialista. 

Além disso, outras causas associadas a hipoglicemia em cachorro são: 
 

  • Tumores nas células do pâncreas; 
  • Jejum prolongado; 
  • Má alimentação; 
  • Cachorro estressado;
  • Glicogenólise
  • Insuficiência hepática 

O que fazer quando o cachorro está com hipoglicemia? 

No primeiro momento, o correto é oferecer um pouco de ração para cachorro para tentar reverter o caso, e depois levar o animal até uma clínica para receber orientações de um profissional. Segundo Amanda, também há um remédio caseiro que pode ser usado em caso de emergência: “Existe um tratamento com mel ou xarope de glicose que o tutor pode recorrer se o cachorro não quiser comer. Para cachorros pequenos ou miniatura, o tutor deve dar uma colher de chá; já para os cães grandes, basta uma colher de sopa deste remédio natural para regular os níveis de glicose. É um tratamento muito rápido, que funciona como um choque de energia. Se não quiser engolir o mel, pode esfregar ele nas gengivas do animal para que ele absorva a glicose.”

A veterinária ainda alerta que esse remédio natural não deve ser oferecido em nenhuma hipótese para o cachorro diabético. Nesse caso, o paciente deve ser levado o mais rápido possível para receber atendimento. Outra dica é aquecer os cachorros com cobertores e bolsas de água quente para retardar o choque provocado pelo baixo nível de glicose no sangue. O tutor deve manter a calma para saber o que fazer no caso de uma hipoglicemia nos cães e sempre consultar um especialista.

Como deve ser a alimentação de um cachorro hipoglicêmico? 

Como essa condição requer uma atenção especial nas dietas, é hora de descobrir como os cachorros com tendência à hipoglicemia devem se alimentar. Saiba como deve ser a alimentação animal desses pets, segundo a veterinária Amanda: 

  • Cachorros pequenos: Cães com propensão à hipoglicemia devem se alimentar de 2 a 3 vezes por dia para manter o equilíbrio da taxa de açúcar no sangue.
  • Cachorros diabéticos: devem ter refeições específicas e uma rotina de exercícios. O veterinário é o encarregado de realizar exames para saber a dosagem certa. 
  • Cães obesos: para os cães acima do peso ou obesos, recomenda-se alimentos em fibras e pouco carboidrato, com uma dieta que deve ser recomendada por um veterinário.

O que fazer para subir a glicose do cachorro?

Antes de tomar qualquer decisão por conta própria, é fundamental que o tutor leve o animal para ser consultado. De acordo com a veterinária, os cuidados com cachorro glicêmico envolvem uma rotina saudável, com alimentação adequada e regular, além de exercícios físicos. A dieta de um cachorro obeso, por exemplo, deve ser light, pois a digestão será mais lenta, o que ajuda a equilibrar a taxa de açúcar no sangue. Já para os cães diabéticos, é necessário repor insulina, programar as refeições e realizar exercícios. 

Ela ainda lembra a importância das consultas regulares para o acompanhamento do desenvolvimento da doença e suas medições, principalmente em filhotes. “Por fim, para a prevenção da doença, é sugerido alimentar quatro vezes ao dia; diminuindo para três, a partir dos quatro meses e aos oito meses, para duas vezes ao dia”, finaliza Amanda.

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