Não é de hoje que muitos tutores buscam compartilhar alimentos do dia a dia com seus cães, especialmente quando se trata de opções naturais consideradas saudáveis, como frutas e legumes. Porém, essa prática, vista como uma forma de oferecer um mimo ou variar a rotina alimentar, nem sempre é realmente segura para os pets e exige uma certa precaução.
Entre as diversas alternativas de frutas para cachorro está o pêssego, que é bem doce, suculento e nutritivo. Durante a época dessa iguaria, entre os meses de novembro e janeiro no Brasil, pode ser tentador oferecê-la aos cães. Mas será que cachorro pode comer pêssego? Vamos entender melhor essa questão a seguir!
Afinal, pode dar pêssego para cachorro?
Sim, o pêssego pode fazer parte do cardápio canino, desde que oferecido corretamente. A polpa dessa fruta é rica em vitamina A, vitamina C e fibras, que ajudam na imunidade, no bom funcionamento do intestino e até na manutenção da pele e da pelagem. Ele também possui bastante água em sua composição, sendo um ótimo reforço na hidratação dos pets.
No entanto, por ser naturalmente doce, a fruta deve ser oferecida com moderação, apenas como petisco ocasional, evitando exageros que possam causar desconfortos digestivos ou aumento de peso. Além disso, o pêssego deve ser servido sempre sem o caroço, que contém substâncias tóxicas e oferece risco de engasgo ou obstrução intestinal. Quanto à casca, ela pode ser mantida, desde que a fruta seja lavada com cuidado.
Ao dar pêssego pela primeira vez ao cachorro, é recomendável oferecer uma quantidade bem pequena e observar o pet por algumas horas. Caso surjam vômitos, diarreias ou coceiras, a fruta deve ser evitada. Se o animal não tiver nenhuma reação e demonstrar interesse pela fruta, ela pode ser ofertada de 1 a 2 vezes na semana, dependendo da rotina alimentar do cão, de acordo com a seguinte recomendação:
- Cães pequenos: 1 a 2 fatias finas (menos de 1/4 do pêssego)
- Cães médios: 2 a 3 fatias pequenas (cerca de 1/4 do pêssego)
- Cães grandes: até 4 fatias pequenas (metade do pêssego)

Outras frutas liberadas para os cães (e como oferecê-las com segurança)
Além do pêssego, diversas frutas são consideradas seguras e nutritivas para os cães quando servidas em pequenas porções e de forma adequada. Elas ampliam a oferta de nutrientes, como fibras, vitaminas e antioxidantes importantes para a saúde canina, e trazem mais variedade ao dia a dia. Entre as frutas que o cachorro pode comer estão:
Maçã: fonte de fibras e vitaminas, a maçã deve ser sempre oferecida sem as sementes e sem o miolo, que contêm compostos tóxicos.
Banana: rica em potássio e carboidrato, a banana é excelente para cães ativos, mas deve ser consumida em pequenas quantidades devido ao teor de açúcar.
Melancia: hidratante e leve, a melancia é perfeita para dias quentes, mas precisa ser servida sem sementes e sem casca.
Mamão: ajuda na digestão graças às enzimas naturais, porém as sementes do mamão não devem ser ingeridas.
Pera: semelhante à maçã, a pera deve ser servida sem sementes e sem o talo.
Morango: rico em antioxidantes vitamina C, o morango deve ser dado com cautela para evitar desconfortos gastrointestinais.
Para qualquer fruta, o ideal é cortar em pedaços pequenos, evitar misturar vários tipos de uma vez e introduzir aos poucos para observar como o organismo do cão reage. E fica uma ressalva: frutas jamais substituem a alimentação diária do animal; elas funcionam apenas como complemento ou mimo.
Frutas que os cães NÃO devem comer
Enquanto algumas frutas são excelentes para a saúde canina, outras parecem inofensivas, mas podem causar intoxicação, problemas renais ou distúrbios graves em cães. Por isso, é fundamental que o tutor se informe bem antes de oferecer qualquer alimento diferente da ração para o pet. As principais frutas proibidas para cachorro são:
Uva (e uva-passa): extremamente tóxicas mesmo em pequenas quantidades, as uvas podem causar insuficiência renal aguda.
Abacate: o abacate contém a substância persina, prejudicial para cães e capaz de provocar vômitos e problemas gastrointestinais.
Carambola: apresenta toxinas que podem afetar os rins, especialmente em pets com predisposição a doenças renais.
Frutas cítricas (como laranja e limão): podem causar irritação gastrointestinal, com vômitos, diarreia e desconforto abdominal. Além disso, o alto teor de acidez tanto da laranja quanto do limão pode favorecer um quadro de gastrite em cachorro.
No fim das contas, saber quais frutas são seguras (e quais não são) garante uma alimentação mais saudável para os cães, trazendo uma dose extra de prazer e bem-estar para o dia a dia dos pets. Cada fruta tem seus benefícios e restrições, portanto, o equilíbrio é sempre a melhor escolha.