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Seu cachorro não quer comer? Veterinário lista 8 técnicas para abrir o apetite do pet — e ajuda a identificar a causa

Publicado - 30 Julho 2025 - 16h29

Atualizado - 30 Julho 2025 - 18h27

Foto do Lucas Oliveira - Médico Veterinário

Lucas Oliveira / Médico Veterinário

CRMV-SP: 63361

Médico Veterinário formado pela Universidade de São Paulo (USP). Durante a graduação se envolveu em projetos voltados a Nutrição de Cães e Gatos, dentre eles o Programa Jovens Veterinários de Nestlé Purina. Atualmente atua na indústria de pet food como Representante de Informação Veterinária em Nestlé Purina. 

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

Você colocou a ração no pote, chamou seu cãozinho… e nada. Quando o cachorro não quer comer, é preciso ficar alerta. Afinal, os cães costumam demonstrar bastante entusiasmo com a comida e recusar a ração pode ser sinal de que algo está errado — podendo ser desde algo simples e passageiro até um problema de saúde que merece atenção.

Embora não seja motivo imediato de pânico, a falta de apetite nos cães é um sinal que nunca deve ser ignorado. Mudanças no ambiente, no clima, na rotina e até alguns problemas de saúde podem influenciar o comportamento alimentar dos cachorros. Então, quando os tutores devem realmente se preocupar com essa situação?

Para te ajudar a entender por que seu cachorro pode estar sem vontade de comer, conversamos com o médico veterinário Lucas Oliveira, que separou algumas dicas práticas e seguras para estimular o apetite canino, além de esclarecer quando é preciso procurar a ajuda de um profissional. Confira!

Por que o cachorro não quer comer?

Assim como os humanos, os cães também têm dias em que estão menos animados para comer, principalmente no calor. Nesse sentido, de acordo com Lucas Oliveira, um cão adulto saudável poderia ficar vários dias sem se alimentar (de 3 a 5 dias), desde que tenha acesso a água. Entretanto, qualquer alteração no apetite deve ser observada com atenção, uma vez que pode estar relacionada a diversas causas.

Entre as principais razões por trás da inapetência canina, segundo o veterinário, estão:

Alimento mal conservado: uma ração que não é bem guardada pode perder o frescor, a textura crocante e o cheiro agradável que atraem o interesse do cão, fazendo com que ele a rejeite ou coma menos. Além disso, rações vencidas podem ficar com o sabor comprometido, causando o desinteresse e até oferecendo riscos à saúde do animal.

Apetite seletivo: alguns cães desenvolvem seletividade alimentar que, na maioria das vezes, não está relacionada ao alimento, mas, sim, à forma como ele fica condicionado a receber o alimento — por exemplo, cães que só comem a ração se tiver algum agrado misturado com ela.

Ambiente: o local onde o cão se alimenta também influencia no apetite e espaços com odores fortes, com barulho excessivo ou que deixem o cão com medo pode estressá-los e reduzir o interesse pelo alimento.

Causas emocionais: estresse e ansiedade causados por mudanças repentinas de ambiente ou na rotina, ausência do tutor e falta de estímulos físicos e sensoriais também podem fazer com que o cão pare de comer, e devem ser avaliadas individualmente.

Problemas de saúde: dor de dente, infecções, vermes, alterações gastrointestinais, problemas hepáticos e até doenças mais sérias, como doença renal crônica, podem levar a uma diminuição do apetite.

Efeitos colaterais de fármacos: certos medicamentos são conhecidamente nauseantes e estão relacionados à redução do apetite. Além deles, alguns fármacos quimioterápicos utilizados no tratamento de câncer também causam frequentemente alteração no apetite canino.

Aqui, é importante esclarecer que, diferentemente dos humanos, os cães não enjoam da ração, mesmo que o alimento seja oferecido diariamente sem qualquer alteração. “O que acontece é que, muitas vezes, ao menor sinal de desinteresse pelo alimento, o tutor vai lá e muda a alimentação do cão, sem a orientação de um profissional. Com isso, o animal fica condicionado a sempre receber novidades e desenvolve seletividade alimentar”, esclarece Lucas.

Por isso, ao perceber alterações frequentes no consumo do alimento, é essencial conversar com um veterinário, que irá fazer um check up no cão e avaliar o que pode ser feito. Além disso, segundo Lucas, os tutores devem evitar trocar a alimentação do pet por conta própria e de uma hora para outra.

Cachorro marrom comendo em comedouro lento
Uso de comedouros lentos, rotina e ambiente adequado favorecem o apetite dos cães

Quando se preocupar com a falta de apetite no cachorro?

Embora nem sempre seja motivo de preocupação, a inapetência canina exige atenção se durar mais de 48 horas ou se estiver associada a outros sintomas, como vômitos, diarreia, apatia, perda de peso ou qualquer mudança de comportamento. Nesses casos, é fundamental procurar um veterinário para descartar causas médicas.

“Além disso, se essa falta de apetite estiver relacionada a estágios de vida mais sensíveis, como filhotes (que estão em fase de crescimento), idosos e fêmeas gestantes ou lactantes, vale redobrar a atenção e levar o pet ao veterinário assim que perceber que o cachorro não quer comer”, orienta Lucas Oliveira.

Como estimular o apetite do cachorro

Se o veterinário já descartou problemas de saúde e seu cãozinho continua pouco interessado na comida, dá para apostar em algumas estratégias para estimular o apetite canino. Antes disso, porém, o médico Lucas Oliveira recomenda examinar o alimento oferecido ao cão — já que ração vencida ou estragada pode estar com a textura, odor e sabor comprometidos. Caso a ração esteja íntegra e dentro da validade, os tutores podem testar as seguintes táticas:

1) Enriqueça o momento da refeição: associe a hora de comer a algo positivo e empolgante, como o retorno de um passeio ou após um período de brincadeiras.

2) Estabeleça uma rotina: procure oferecer o alimento sempre nos mesmos horários. Cães são animais que precisam de rotina e condicionamento para que mantenham sua saúde e bem-estar em dia.

3) Ofereça porções menores: em vez de deixar o pote cheio de ração o dia inteiro, ofereça pequenas porções de cada vez. Isso pode despertar o interesse e o apetite naturalmente.

4) Evite petiscos em excesso: se o cão estiver comendo muitos petiscos ao longo do dia, pode perder o interesse pela ração. Além disso, os snacks caninos não são alimentos completos e balanceados e, portanto, não devem substituir o alimento principal.

5) Use brinquedos ou comedouros interativos: mordedores recheáveis ou comedouros lentos (em formato de labirinto) podem transformar a hora da comida em um momento de brincadeira e desafio, despertando o apetite.

6) Ofereça novas texturas: sachês são uma ótima alternativa para os dias que o cachorro não quer comer. Quando oferecidos levemente aquecidos, estimulam ainda mais o apetite canino, pois liberam os aromas, e o apetite dos cães está intimamente associado ao odor.

7) Evite fazer trocas repentinas sem orientação: mudar a ração do cachorro sempre que ele recusar a comida pode deixá-lo condicionado a sempre receber um novo alimento. Trocas de ração frequentes também podem causar problemas gastrointestinais no pet.

8) Proporcione um ambiente adequado: é essencial que o ambiente onde o cão se alimenta seja tranquilo, limpo e seguro. Por isso, avalie se o local em que você deixa o potinho de ração é apropriado e faça ajustes, se necessário.

Por fim, o veterinário Lucas Oliveira deixa um alerta: em hipótese alguma os tutores devem utilizar fármacos para estimular o apetite do cão sem acompanhamento de um especialista. Isso porque essa prática pode mascarar alguma alteração preexistente e levar a uma piora do estado de saúde do animal. Então, quando o cachorro não quer comer, observe, faça algumas mudanças para estimular o apetite canino e busque a ajuda de um profissional sempre que tiver dúvidas.

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