A esporotricose em gatos é uma doença infecciosa que afeta a pele dos felinos, especialmente daqueles que têm acesso à rua, e causa feridas dolorosas e de difícil cicatrização. O problema é que, além de todo o desconforto que oferece aos pets, ela também representa um risco para os humanos, já que é considerada uma zoonose – ou seja, pode ser transmitida dos animais às pessoas.
Embora exista tratamento, a recuperação da esporotricose costuma ser lenta e exige acompanhamento veterinário. Por isso, identificar os primeiros sinais da doença é essencial para garantir um diagnóstico precoce e evitar complicações, tanto para o próprio gato quanto para aqueles que convivem com ele. Vamos explorar um pouco mais sobre o assunto a seguir!
O que é esporotricose e tem cura?
A esporotricose é uma infecção causada por um fungo chamado Sporothrix schenckii, que se desenvolve naturalmente no solo, em plantas e na matéria orgânica em decomposição. Normalmente, esse agente penetra no organismo por pequenas feridas ou arranhões e os felinos são particularmente vulneráveis por conta de seu comportamento explorador e das eventuais brigas de gatos.
Em geral, a doença atinge mais a pele do animal, mas pode se espalhar para o sistema linfático e, em casos mais graves, para órgãos internos. A boa notícia é que a esporotricose tem cura, desde que o tratamento seja feito corretamente e sem interrupções. O processo, no entanto, pode ser demorado, levando de alguns meses a mais de um ano, dependendo da gravidade e da resposta do animal aos medicamentos.
Quais são os primeiros sinais de esporotricose em gatos?
Os primeiros sinais da esporotricose em gatos costumam surgir no rosto, nariz, orelhas e patas (que são áreas mais expostas a ferimentos). No entanto, as lesões podem parecer feridas comuns no início, o que dificulta o reconhecimento da doença em seus estágios iniciais. Entre os principais sintomas de esporotricose em gatos, estão:
- Feridas que não cicatrizam e podem formar crostas;
- Inchaço ou caroços sob a pele;
- Secreção amarelada ou com sangue saindo das feridas;
- Perda de pelos ao redor das lesões;
- Espirros, secreção nasal e dificuldade para respirar (quando há infecção no trato respiratório);
- Apatia, perda de apetite e emagrecimento em casos mais avançados.
Gatos infectados também costumam se coçar ou lamber excessivamente as feridas, o que facilita a disseminação do fungo para outras partes do corpo. Então, fique atento ao comportamento do seu gato e procure rapidamente um veterinário se notar mais de um sintoma dessa lista.








Como o gato transmite esporotricose em humanos?
A transmissão da esporotricose para os humanos ocorre principalmente pelo contato direto com as feridas de um gato infectado. Mas isso também pode acontecer através de arranhões, mordidas ou até do manuseio de secreções contaminadas.
Em várias regiões do Brasil, a doença é considerada um problema de saúde pública, especialmente em locais onde há grande população de gatos de rua. Humanos infectados geralmente apresentam feridas na pele que se assemelham a picadas de inseto, mas que não cicatrizam facilmente e podem se espalhar.
Portanto, o uso de luvas e o cuidado ao ter contato com animais que podem estar doentes são fundamentais para evitar o contágio. Além disso, se for possível, é recomendável levar o gato ao veterinário ou então contatar um órgão de controle de zoonoses da cidade para que o animal seja recolhido e tratado adequadamente.
Tratamento: o que fazer em caso de esporotricose em gatos?
O tratamento da esporotricose em gatos deve ser sempre indicado por um veterinário. Geralmente, o profissional prescreve medicamentos antifúngicos, que precisam ser administrados diariamente por um longo período.
Durante o tratamento, é essencial manter o gato em ambiente controlado, longe de outros animais e pessoas, para evitar a disseminação da doença. Também é muito importante higienizar o local onde ele fica, sempre com o uso de luvas, para eliminar a presença do fungo.
Como prevenir a esporotricose em gatos
A prevenção da esporotricose em gatos passa principalmente pelo controle de acesso à ambientes externos. Gatos que vivem exclusivamente dentro de casa, ou seja, de criação indoor, têm risco muito menor de se infectar.
Além disso, é importante evitar o contato com animais doentes ou com suspeita da doença; submeter o pet à cirurgia de castração para reduzir brigas e fugas; manter o ambiente sempre limpo e arejado; e levar o gato ao veterinário de forma regular.
A conscientização e o cuidado diário são as melhores formas de proteger os felinos e a família contra essa doença fúngica que, apesar de grave, pode ser tratada e controlada com atenção e responsabilidade.