Gato

Esporotricose: como se desenvolve? Tem cura? Como é a transmissão? Tire todas as dúvidas sobre a doença!

Publicado - 07 Agosto 2021 - 18h02

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

A esporotricose felina é conhecida por ser uma doença causadora de grandes lesões e feridas específicas na pele. Apesar de ser possível em diversos animais - inclusive humanos - a esporotricose em gatos costuma ser mais comum. A doença progride rapidamente, podendo afetar inclusive outros sistemas do corpo além da pele. Por isso, é considerada uma das doenças mais graves causadas por fungos nos bichanos. O Patas da Casa conversou com a veterinária Raquel Rezende, do Rio de Janeiro, que tira todas as dúvidas sobre a esporotricose felina, desde a transmissão e desenvolvimento até as formas de prevenção.

O que é esporotricose felina? Conheça a grave doença que também pode afetar humanos

A esporotricose em gatos é uma doença fúngica causada pelo fungo Sporothrix schenckii. A doença também pode acontecer em outras espécies animais, como cachorros, bois, cavalos, porcos, dentre muitos outros. A esporotricose também pode passar para humanos e, por isso, é considerada uma zoonose. A maioria dos casos de esporotricose humana acontece justamente a partir do contato do homem com gatinhos infectados. Apesar de acontecer em várias espécies, a veterinária Raquel explica que a esporotricose costuma apresentar maior gravidade em felinos: “[É mais grave em gatos] pelo fato de o felino estar mais exposto a lugares contaminados com o fungo, como palhas, vegetais, espinho, terra e madeira”. São nesses ambientes em que o fungo da esporotricose costuma viver.

Como a esporotricose em gatos se desenvolve no organismo?

O fungo causador da esporotricose felina entra no animal através de feridas ou lesões na pele. Os bichanos amam brincar perto de árvores e plantas, onde costumam ter muitas farpas e espinhos que ferem o animal. Se o pet se machucar ou já tiver uma ferida aberta, isso facilita a entrada do fungo que está presente no local. A especialista explica que é por essas portas de entrada que a esporotricose evolui. “A doença se desenvolve com feridas que se disseminam, evoluindo para uma pneumonia fúngica, podendo levar o animal ao óbito”, explica. A esporotricose felina pode se desenvolver de maneira mais ou menos grave, podendo ser dividida em:

Imagem Quiz:Quais raças de cachorro mais combinam com você?

Quais raças de cachorro mais combinam com você?

Preencha todos os campos para participar.

É só preencher e começar!

Escolha uma opção abaixo

  • Fase cutânea localizada: caracterizada por lesões e nódulos avermelhados com secreções. Podem aparecer de forma individual ou múltipla.
  • Fase cutânea linfática: os nódulos na pele progridem e formam úlceras, afetando o sistema linfático.
  • Fase cutânea disseminada: é a fase mais grave da esporotricose, pois todo o organismo do gato é afetado com lesões generalizadas e infecções que acometem outros sistemas do corpo, como locomotor e respiratório.

 

A esporotricose em gatos começa com caroços na pele e pode avançar até causar danos respiratórios
A esporotricose em gatos começa com caroços na pele e pode avançar até causar danos respiratórios

 

 

Quais são os sintomas da esporotricose em gatos?

 

Como a esporotricose felina vai se agravando com o tempo, os sintomas ficam cada vez mais fortes e presentes. No início, é possível perceber lesões na pele, principalmente na cabeça (orelhas e nariz) e nas patas. Isso acontece principalmente porque os gatos têm o costume de arranhar a face. Pode acontecer o abaulamento do nariz, chamado popularmente de nariz de palhaço. Esses sinais começam a ficar bem claros quando comparamos a pele do animal com esporotricose antes e depois. As feridas da esporotricose são bem  é normal que o pet tenha tantas lesões e, depois que contrai a esporotricose, as feridas são muitas e bem perceptíveis. Conforme progride, sintomas relacionados a outras partes do corpo aparecem. Dentre os sintomas da esporotricose felina mais comuns,  Raquel destaca:

  • Lesões ulceradas com pus no subcutâneo
  • Ferida ou caroço que cresce ao longo de algumas semanas
  • Feridas que não cicatrizam
  • Tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre, quando o fungo atinge os pulmões.

Além desses sintomas da esporotricose, gatos infectados pela doença podem apresentar sinais de letargia, fraqueza, falta de apetite, anorexia e febre. A veterinária Raquel ressalta, ainda, que é possível que o animal não apresente lesões na pele, caso a doença se manifeste na forma pulmonar e sem lesões externas.  

A esporotricose em gatos tem cura?

Felizmente, a esporotricose tem cura sim. A veterinária afirma que existe um tratamento que ajuda a curar o felino da doença. “O tratamento é feito com antifúngicos específicos e pode ter duração de 6 a 12 meses”, explica. O ideal é que o processo seja realizado o mais cedo possível, pois assim aumenta as chances de salvamento. O veterinário é quem prescreverá o remédio antifúngico ideal para curar a esporotricose em gatos. A dose e a duração variam de acordo com a gravidade e o estado de saúde de gato. Caso o animal esteja bastante debilitado, outras terapias podem ser indicadas. A maioria dos pacientes que são atendidos logo conseguem ser curados. Isso significa que a maioria dos casos de esporotricose tem cura. Os casos de óbito costumam acontecer apenas quando o tratamento é feito de maneira incorreta ou tenha começado tarde demais. 

 

O gato com esporotricose precisa ficar isolado durante o tratamento e ser manuseado apenas com luvas
O gato com esporotricose precisa ficar isolado durante o tratamento e ser manuseado apenas com luvas

 

 

Como lidar com um gato com esporotricose em casa?

 

Por ser uma zoonose, a esporotricose felina pode passar para os humanos. Por isso, se tem um gato doente em casa é essencial tomar alguns cuidados para evitar que você, sua família e seus outros pets contraiam a doença também. O bichano precisa ficar isolado para impedir que a esporotricose passe para outras pessoas e animais da casa. O ideal é evitar tocar muito no gato até que ele esteja curado. Quando for necessário manusear o gatinho com esporotricose, o uso de luvas é imprescindível. Elas serão necessárias até o animal não apresentar mais feridas. Mesmo usando luvas, lembre-se sempre de lavar bem as mãos após o contato com o animal. Caso o bichinho não sobreviva à doença, é importante que ele não seja enterrado, mas cremado. Isso evita que o fungo se espalhe pelo solo. Somente seguindo esses cuidados você evita espalhar a esporotricose. 

O gato que já teve esporotricose felina pode voltar a ter novamente?

Após ser curado da esporotricose, gato pode sim ser contaminado novamente caso entre em contato com o vírus de novo.  Assim, vai passar mais uma vez por todos os sintomas e precisará de um novo tratamento. Por isso, é importante que os cuidados continuem. As medidas preventivas precisam ser tomadas mesmo que seu gato já não esteja mais com a esporotricose. Só assim você evita que ele contraia essa doença novamente.

Como prevenir que o gato contraia a esporotricose?

Como ninguém quer ver seu pet doente - ainda mais com uma doença tão perigosa como a esporotricose - é importante ficar atento às formas de prevenção. A veterinária Raquel Rezende afirma que no caso da esporotricose em gatos,a castração é a melhor maneira de prevenir. “A melhor forma de prevenção é a castração, para evitar briga com outros animais, superpopulação e manter o animal longe de locais que possam estar contaminados”, explica. Também vale proteger janelas e portas para evitar saídas. Manter o ambiente sempre limpo e com uma boa higiene também é fundamental para evitar infecção. Se tiver um jardim em casa, cuide bem do local e das plantinhas para evitar arranhões com espinhos e a presença dos fungos no local. Seguindo as dicas de prevenção corretamente, você evitará que seu pet contraia a temida esporotricose felina.

Redação: Maria Luísa Pimenta 

Gato

Gato ciumento: 10 raças de gato que mais sentem ciúmes do dono

Os gatos compartilham diversas emoções com os humanos no dia a dia, incluindo felicidade, tristeza, alegria e, surpreendentemente, o...

Cachorro

Parada cardiorrespiratória em cachorro: tudo que pode causar

Nos últimos dias, não se fala em outra coisa que não seja a história de um Golden Retriever chamado Joca, cachorro que morreu em via...

Gato

Qual o maior gato selvagem do mundo? Descubra quais são os grandes felinos mais impressionantes

Gatos selvagens sempre chamam atenção e despertam curiosidade, principalmente os de grande porte. A verdade é que “gato selvagem” nã...

Adote um animal

Gata viaja 70 km escondida embaixo de caminhão e é adotada após ser descoberta pela PRF

Viajar com gato não é uma tarefa tão simples. Os felinos normalmente são muito apegados com a rotina e não gostam de ser tirados da ...

Alimentação

7 alimentos que cachorro não pode comer de jeito nenhum - o último é o pior deles

Existe uma longa lista de alimentos que cachorro não pode comer. Por mais que os cãozinhos sejam membros oficiais da família e prese...

Comportamento

Cachorro caramelo invade aula de dança e resolve mostrar todo o seu gingado natural

O vira-lata caramelo é um verdadeiro símbolo do Brasil e dos brasileiros. Ele sempre está nas aventuras mais inusitadas possíveis. J...

Cuidados

Após morte do cachorro Joca em viagem da Gol, governo anuncia Política Nacional para transporte aéreo de animais

Em reunião realizada em Brasília na última quinta (25), o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Agência Nacional de Aviação C...

Gato

Gato ciumento: 10 raças de gato que mais sentem ciúmes do dono

Os gatos compartilham diversas emoções com os humanos no dia a dia, incluindo felicidade, tristeza, alegria e, surpreendentemente, o...

Ver todas