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Esporotricose: 14 mitos e verdades sobre a doença de gato

Publicado - 18 Outubro 2023 - 16h58

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

A esporotricose em gatos é uma doença que, além de atingir os felinos, também pode atingir os humanos. Ou seja, é uma zoonose. Recentemente, os casos da doença aumentaram bastante e se tornaram uma preocupação no Brasil. A transmissão da esporotricose para humanos, segundo o Ministério da Saúde, pode ser decorrente de "acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; ou arranhadura ou mordedura de animais doentes".

Nesse cenário, o gato é o principal transmissor da doença, mas nem todos os felinos sofrem com a patologia. De fácil contaminação, a esporotricose felina é uma doença causada por fungos do gênero Sporothrix, que estão presentes no solo e na vegetação. A principal característica da doença são as feridas por todo corpo. Ela pode afetar diversas espécies de animais e a infecção nos gatos costuma ser muito comum.

A esporotricose em gatos é grave, porém cercada de mitos sobre a transmissão e tratamento. Para tirar todas as dúvidas sobre o que é esporotricose em gatos, o Patas da Casa reuniu 14 mitos e verdades sobre o problema de saúde, com algumas explicações do médico veterinário Roberto dos Santos. Dá só uma olhada!

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1) Existe esporotricose humana?

Verdade! A esporotricose é uma zoonose e pode ser transmitida dos gatos para os humanos. “A transmissão geralmente acontece do animal para o homem através de arranhadura ou mordedura de um gato contaminado em um ser humano saudável”, explica Roberto. Além disso, os seres humanos podem contrair a doença ao realizar atividades de jardinagem sem luvas, sem necessariamente ter contato com um gato.

Vale dizer que não existe remédio caseiro para esporotricose em humanos. Por isso é muito importante consultar um médico de sua confiança para iniciar o tratamento do jeito certo. Alguns sintomas de esporotricose em humanos para ficar de olho são: lesão similar a uma picada de mosquito (com ou sem nódulos), falta de ar, tosse dor ao respirar e febre.

2) Esporotricose: gato contaminado precisa ficar isolado?

Verdade! A esporotricose felina é uma doença altamente contagiosa, causada por fungos em gatos. Por isso, assim que o felino recebe o diagnóstico, ele deve ser mantido em uma caixa de transporte, gaiolinha ou um cômodo para receber o tratamento adequado. Esse cuidado é necessário não só para a saúde do animal doente, como também para que a doença não seja disseminada para outros gatos, ou até mesmo para os tutores.

3) Gato com esporotricose felina precisa ser sacrificado?

Mito! A esporotricose em gatos não é uma doença que precisa utilizar a eutanásia para resolver o problema. O sacrifício do animal só é recorrido em casos muito específicos, onde não é encontrado outro tipo de solução. Na grande maioria das vezes o gatinho não precisa ser sacrificado após o diagnóstico de esporotricose. Gatos podem ser tratados e curados!

4) Esporotricose em gatos pode ser transmitida pela serragem na caixa de areia?

Mito! Por se tratar de uma doença fúngica que se manifesta a partir do contato com árvores, vegetação e madeiras infectadas, muitos tutores acreditam que o uso de pó de serra (serragem) na caixa de areia pode ser perigoso. Quando esse tipo de areia para gatos é industrializado e tratado não existem riscos de contaminação da doença de gato. Esporotricose tem outros meios de contaminação.

5) Doença do gato: esporotricose não tem cura?

Mito! Apesar de ser uma doença grave, a esporotricose tem tratamento e o felino diagnosticado pode se recuperar quando as recomendações e cuidados são seguidos rigorosamente. Além do isolamento, existem outras responsabilidades que o tutor deve seguir, como a administração de um remédio para esporotricose em gatos.

“Os antifúngicos da esporotricose não podem ser genéricos e não podem ser manipulados porque esses medicamentos são muito sensíveis à manipulação e ao controle de temperatura. O tratamento é longo, entre 1 e 3 meses”, explica o especialista Roberto. Por isso, nada de procurar por uma pomada para esporotricose em gatos sem consultar um profissional, viu?!

6) Esporotricose em gatos: tratamento da doença precisa continuar após lesões desaparecem?

Verdade! Mesmo depois que o gato esteja curado clinicamente, o tratamento deve se estender por mais um mês. Apesar de ser agoniante ver nosso gatinho restrito a um ambiente, esse cuidado é necessário para que não ocorra uma reinfecção, o que pode alongar ainda mais o tempo em que o animal ficará isolado.

7) Criação indoor é uma maneira de evitar a esporotricose?

Verdade! Os gatos criados sem acesso à rua estarão sendo prevenidos da esporotricose. Isso porque, esses animais terão menos chances de contrair essa doença pelo solo e vegetação contaminada, assim como pela briga e contato com outros gatos com esporotricose. Por isso, a criação indoor é sempre a melhor opção.

Veja fotos de gatos com esporotricose!

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8) A esporotricose felina é uma doença difícil de ser detectada?

Mito! Os sintomas da esporotricose em gatos são facilmente percebidos pelos tutores. A doença se manifesta por meio de úlceras e feridas hemorrágicas presentes por todo corpo. Basta pesquisar “doença de gato esporotricose fotos” para perceber como o problema de saúde é perceptível.

Apesar disso, existe a incidência de casos de gatos que carregam o fungo nas unhas e não apresentam os sinais cutâneos por um certo tempo. Porém, esses casos não costumam ser comuns.

9) Gato com esporotricose só vai transmitir a doença caso morda ou arranhe o humano saudável?

Mito! O felino diagnosticado com esporotricose, além de ficar isolado, só poderá ser manipulado por uma pessoa e sempre com luvas. A doença pode ser transmitida mesmo que o gato não arranhe ou morda o humano saudável. Os cuidados são extremamente necessários para evitar a contaminação.

10) Gata com esporotricose transmite a doença para seus filhotes via transplacentária?

Mito! Não existem incidências de transmissão via transplacentária. Entretanto, o filhote de gato pode se contaminar por ter contato com a mãe doente. Isso pode, inclusive, prejudicar a amamentação dos filhotes. Por isso, o ideal é que um médico veterinário acompanhe o caso para dar as recomendações mais adequadas sobre a esporotricose. Gatos podem - e devem - ser tratados, e o diagnóstico precoce é fundamental.

11) Como acabar com a esporotricose em gatos: existe remédio caseiro para a doença?

Mito! Quem vai determinar qual é o melhor remédio para a esporotricose é o médico veterinário. Geralmente são indicados medicamentos antifúngicos específicos para o caso, e o tratamento tem duração variável de, no mínimo, dois meses. No entanto, não há um remédio natural para esporotricose em gatos e todo o processo deve ser orientado por um profissional. Só assim será possível reverter o quadro de fungo de gato.

12) Quando o gato deixa de transmitir a esporotricose, ele pode voltar ao convívio normal?

Verdade! Se o gatinho não estiver mais transmitindo a doença de gato (esporotricose), não tem problema em deixá-lo ficar junto da família. A única atenção é que o tratamento deve se manter por, aproximadamente, dois meses depois que as feridas cicatrizam e desaparecem. O animal só é considerado completamente curado após esse período.

13) Pode dormir com gato com esporotricose?

Mito! Por ser uma doença fúngica que afeta a pele dos gatos e que pode ser transmitida para os humanos, o ideal é não deixar os felinos dormirem na mesma cama que o dono se eles estiverem infectados. Caso contrário, as chances de contágio são altas!

14) Existe uma maneira certa de como limpar o local com esporotricose?

Verdade! Manter o ambiente limpo e com uma boa higiene é fundamental para evitar infecção. A limpeza pode ser feita com água sanitária e é importante lavar roupas e objetos que tiveram contato com o animal contaminado durante este período. Além disso, é necessário usar luvas para manipular um gato com esporotricose.

Publicado originalmente em: 05/04/2022
Atualizado em: 18/10/2023

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