Cachorro

O que se sabe sobre a giárdia canina? Veterinária responde 7 perguntas sobre a doença

Publicado - 27 Maio 2025 - 14h00

Atualizado - 27 Maio 2025 - 16h12

Foto da Andresa Esteves - Médica Veterinária

Andresa Esteves / Médica Veterinária

CRMV-SP: 29.424

Médica Veterinária, Mestra em produção animal pela Universidade Camilo Castelo Branco, com foco na Nutrição de Cães e Gatos, Atualmente, atua na indústria de pet food como Representante de Informação Veterinária na Nestlé Purina.

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

Quem tem um cachorro em casa sabe que a saúde do animal é coisa séria. Às vezes, um simples desconforto intestinal pode esconder algo mais complicado, como é o caso da giárdia canina — uma doença que, embora comum, ainda gera muitas dúvidas entre os tutores.

A giardíase em cachorro pode passar despercebida no começo, mas merece atenção. Afinal, além de causar incômodo no pet, ela pode ser transmitida para outros animais e até para humanos, sabia? Algumas pessoas também podem se espantar com esse problema de saúde, principalmente quem nunca viu as fezes de cachorro com giárdia.

Para você ficar por dentro do assunto, a veterinária Andresa Esteves responde a seguir 7 perguntas essenciais sobre giárdia em cachorros: o que é, como se pega, os sintomas de giárdia canina, se é contagiosa, como é feito o diagnóstico, qual o tratamento ideal e, claro, como prevenir a doença. Confira!

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1) O que é giárdia canina?

A giárdia canina é uma infecção causada por um protozoário chamado Giardia duodenalis (também conhecido como Giardia lamblia). De acordo com a veterinária Andresa Esteves, o parasita se aloja no intestino delgado dos cães e interfere na absorção de nutrientes, podendo causar distúrbios gastrointestinais.

Também conhecida como giardíase em cachorro, essa doença pode afetar cães de todas as idades — embora filhotes e cães com a imunidade mais baixa estejam mais vulneráveis.

2) Como os cães são infectados pela giárdia?

Os cães se infectam ao ingerirem cistos do parasita presentes em água contaminada e alimentos ou superfícies mal higienizados. Pode ocorrer também caso o animal tenha contato com as  fezes de cachorro com giárdia

Segundo Andresa Esteves, isso pode acontecer em locais como parques, canis, praças e até dentro de casa, se houver falta de higiene. Ou seja, aquele passeio rotineiro pela rua ou uma lambidinha no chão pode ser o suficiente para surgir a giárdia em cachorro.

3) Quais são os sintomas de giárdia em cachorro?

De acordo com a veterinária, nem todos os cães apresentam sintomas de giárdia canina, mas quando eles aparecem, os mais comuns são:

  • Diarreia (frequentemente fétida, pastosa ou com muco)
  • Perda de peso
  • Letargia (aquele cansaço sem explicação)
  • Vômitos ocasionais
  • Desidratação
  • Pelagem opaca ou sem brilho

No caso de filhotes e animais com imunidade comprometida, os sintomas de giárdia em cachorro tendem a ser mais graves. Por isso, é muito importante se atentar a qualquer sinal da doença no seu pet.

4) A giardíase em cachorro é contagiosa para outros animais ou para humanos?

Sim! De acordo com a veterinária Andresa Esteves, a giárdia canina é altamente contagiosa entre cães e pode ser transmitida também para outros animais.

Além disso, a doença é considerada uma zoonose potencial, ou seja, também pode infectar seres humanos, especialmente crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas. E a transmissão ocorre da mesma forma: ingestão acidental de cistos presentes em ambientes ou objetos contaminados.

Tutora recolhendo fezes de cachorro na grama ao lado de seu cão husky
Giárdia canina é contagiosa para humanos, por isso é preciso cuidado ao manipular as fezes do animal

5) Como é feito o diagnóstico da giárdia em cachorros?

O diagnóstico da giardíase em cachorro é feito pelo veterinário por meio do exame de fezes. Segundo Andresa Esteves, os métodos mais comuns para confirmar a doença são:

  • Exame coproparasitológico (análise microscópica tradicional)
  • Teste de ELISA (detecta antígenos do parasita)
  • Exame de flotação com sulfato de zinco
  • PCR (detecta o DNA da giárdia, em casos mais específicos)

A médica acrescenta que, como os cistos podem ser eliminados de forma intermitente, é comum coletar amostras de fezes do animal por três dias consecutivos. Em outras palavras, os cistos de giárdia em cachorro podem não aparecer em todas as evacuações.

6) Qual é o tratamento recomendado para a giárdia canina?

De acordo com Andresa, o tratamento da giardíase em cachorro normalmente envolve:

  • Uso de medicação antiparasitária
  • Reforço na hidratação e na nutrição
  • Banhos frequentes para remover cistos do pelo do animal

Além disso, pode ser necessário tratar outros sintomas secundários. E lembre-se: durante o tratamento, é fundamental manter o ambiente muito bem limpo (com desinfetantes adequados), higienizar potes e brinquedos, e lavar bem as mãos após o contato com o animal!

Após o tratamento, o veterinário pode repetir os exames para garantir que o parasita foi eliminado do organismo do cãozinho. Então, fique em contato com o médico durante esse período.

7) É possível prevenir a giardíase em cachorro?

Sim! A prevenção da giárdia canina inclui medidas de higiene e manejo, além de cuidados com os ambientes que o pet frequenta. Algumas recomendações da veterinária Andresa Esteves são:

  • Evitar que o cão beba água de fontes desconhecidas (poças, rios, lagos)
  • Recolher as fezes imediatamente e manter o ambiente limpo
  • Higienizar com frequência os locais onde o cão vive
  • Dar banhos regulares, especialmente durante surtos

Outra possibilidade é a aplicação de vacina contra giárdia canina. Segundo a especialista, a vacinação para essa doença está disponível em alguns países, mas seu uso é controverso e deve ser discutido com o veterinário de sua confiança.

A médica reforça que a prevenção da giárdia em cachorro é essencial, especialmente em locais com alta densidade de cães, como abrigos, pet shops ou hotéis para animais. Então, fique de olho nos sintomas de giárdia em cachorro e, ao menor sinal de problema, procure orientação profissional. Assim, você garante mais qualidade de vida para o seu amigo de quatro patas — e tranquilidade para toda a família!

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