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Infecção urinária em gatos: por que é tão comum, como prevenir...

Publicado - 16 Setembro 2019 - 19h14

Atualizado - 18 Abril 2024 - 14h21

Muito se fala sobre cuidados com a saúde do sistema renal e urinário do gato. Uma série de pequenos detalhes preventivos são recomendados por veterinários como o incentivo para beber água fresca e oferecer ração úmida com uma certa frequência. Para nos explicar melhor o que é, por que acontece e como prevenir, convidamos o veterinário urologista Igor Wirth, do Rio de Janeiro, para esclarecer essas questões.

Por que a infecção urinária em gatos é tão comum?

A infecção urinária do tipo bacteriana é mais comum em gatos idosos com doenças crônicas ou cálculos urinários, já nos gatos mais jovens, esse tipo não é comum. Nesses casos, a infecção urinária que mais acontece é a Síndrome de Pandora. “Trata-se de uma cistite intersticial, que se apresenta com muita semelhança a uma cistite bacteriana, mas que na verdade não é”, esclarece Igor. Essa síndrome, normalmente, é causada por quadros de estresse e ansiedade e pode acontecer várias vezes durante a vida do animal.

Infecção urinária em gatos: sintomas mais comuns

Os sintomas, tanto da infecção urinária bacteriana quanto da Síndrome de Pandora são:

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  • Dor;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Redução do volume de urina;
  • Urinar no local errado;
  • Barulhos vocais ao urinar;
  • Sangue na urina.

Ao perceber algum desses sinais, o veterinário deve ser consultado. Para confirmar o quadro de infecção urinária, é comum que solicitem exames de urina, sangue e de imagem.

Síndrome de Pandora: conheça essa doença que pode ser confundida com a infecção urinária


 

Gato prostrado deitado no sofá sendo confortado por tutora
Conheça a síndrome que causa infecção urinária em gatos

 

A Síndrome de Pandora é mais comum acontecer em gatos mais jovens e que, normalmente, estão passando por algum quadro de estresse e os mais típicos são: 

  • mudanças da rotina como: viagem do tutor;

  • mudança do ambiente (mudanças, obras);

  • chegada de um novo animal ou humano (veja aqui como adaptar gato e cachorro juntos);

  • qualquer outra situação diferente da que o gato está acostumado.  

“Os animais acometidos pelo problema podem manifestar a síndrome diversas vezes ao longo da vida, pois existe uma predisposição. O tratamento visa a retirada do fator de estresse e o uso de antibióticos acaba sendo inútil e até prejudicial para os animais”, explica o veterinário.

Ele também destaca que é muito comum atender tutores com muitos gatos sob situações de estresse contínuo, com uma vida confinada num apartamento e na convivência forçada com diversos outros gatos e/ou cães no mesmo espaço e isso acaba gerando um estresse diário para o animal. “Gatos são animais de vida solitária, caçadores e muito higiênicos, logo, ambientes tumultuados podem não ser agradáveis para alguns deles e muitos dos casos que parecem infecções ainda podem estar ligados a fatores comportamentais, principalmente em gatos não castrados”, esclarece Igor.

Nesse ponto, precisamos pontuar que é de extrema importância a adoção ou compra responsáveis. Gatos e cachorros são animais extremamente sensíveis e que, desde o primeiro dia com a nova família, serão dependentes. Aos tutores, cabe a responsabilidade de preservar a saúde, desenvolvimento e segurança física e emocional deles. Por isso, nunca se comprometa com um animal sem ter certeza de querer esse compromisso. Brincadeiras e um ambiente enriquecedor podem ajudar a desestressar os gatos.    

Infecção urinária em gatos: como prevenir?  

Para o veterinário Igor Wirth, o enriquecimento ambiental adequado e o acesso facilitado às caixas sanitárias e à água são essenciais para minimizar o aparecimento dos problemas urinários. “A ingestão de água deve ser sempre incentivada em gatos. Sua origem é desértica e são animais que suportam a restrição hídrica por longos períodos. Na natureza, sua principal fonte de água vinha da caça, junto ao alimento, então, oferecer comida úmida é bastante indicado e deve ser habitual na vida da maioria dos gatos. O uso de fontes também é bastante eficiente. O barulhinho da água corrente e a água fresca são atraentes para eles, mas sua funcionalidade é variável de acordo com cada gato”, explica. 

Infecção urinária em gatos: qual o tratamento?


 

Gato doente deitado enquanto é acariciado por tutora
Saiba o que fazer caso desconfie que o seu gato está com infecção urinária

 

Igor esclarece que “o tratamento depende da causa e das consequências das cistites e cada caso deve ser visto de forma individualizada com exames de urina, imagem e sangue. Na Síndrome de Pandora, o tratamento visa a retirada do fator de estresse, enriquecimento ambiental e mudanças do manejo. O uso de feromônios sintéticos ou até mesmo ansiolíticos e antidepressivos podem ser necessários em alguns casos. Já os tratamentos de infecções bacterianas devem ser tratadas com antibióticos e com averiguação do manejo do animal”.  

Infecção urinária em gatos machos pode haver outras complicações  

O veterinário pontua que nos gatos machos, podem aparecer fatores de complicação como as obstruções urinárias, por exemplo. O diâmetro reduzido da uretra peniana, descamações do trato urinário, coágulos, cristais ou cálculos renais podem impedir a passagem da urina. “Esses são casos de emergência que devem ser tratados de forma imediata e podem levar o animal a solução cirúrgica em alguns casos”, completa. 

Ele também ressalta que Independente da situação, os problemas urinários exigem atenção especial com a oferta de água fresca e sanitários dos gatos para que o tratamento seja bem sucedido e evitar evitar novas crises.  

Infecção urinária em gatos: como saber se o seu gato está bebendo pouca água  

Até existem alguns gatos que costumam beber, mas muitos não têm esse hábito por pura preguiça. Por isso, é importante observar o comportamento deles ao longo do dia e perceber se o pote fica em um lugar que eles gostam de ir ou se é um lugar que eles têm medo. No começo, pode experimentar diversos pontos da casa e perceber qual o lugar preferido deles. 

Mas, como lembra o veterinário urologista, “a forma mais eficiente de avaliação da baixa ingestão hídrica é o exame de urina, que pode demonstrar uma urina super concentrada e muitas vezes com presença de cristais ou até mesmo cálculos urinários em decorrência disso. O baixo volume de urina na caixa sanitária pode ser um indício de que está bebendo pouca água. Mas, temos que estar atentos, pois gatos diabéticos, doentes renais crônicos e hipertireoideos podem apresentar volume de urina maior do que o normal mesmo com baixa de ingestão hídrica”, destaca. 

Qual a quantidade ideal de água que um gato deve beber por dia  

O ideal é que um gato beba cerca de 100 a 200ml de água por dia, no mínimo. Essa quantidade varia de acordo com o tamanho do animal. Lembre-se de sempre estimular o seu gato a beber a maior quantidade possível de água.  Se eles gostarem de beber água quando a torneira ou o chuveiro estão ligados, não brigue com eles e cogite a compra de uma fonte elétrica caso ainda não tenha. 

Como incentivar o consumo de água em gatos

 

Gato laranja se aproximando de fonte de água
Gatos que gostam de beber água da torneira podem se adaptar aos bebedouros automáticos

 

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