A FIV (Imunodeficiência Felina), também conhecida como AIDS felina, é uma das piores doenças que os gatinhos podem ter durante a vida. A patologia se desenvolve em diferentes estágios e pode permanecer assintomática por um tempo. A FIV felina não tem cura, mas existem tratamentos específicos para diminuir os efeitos e proporcionar mais qualidade de vida para o gatinho positivo para a doença. Para entender mais sobre os estágios da doença e os sintomas mais comuns em cada fase, conversamos com os veterinários Waldemar Tavares e Amanda Miranda, ambos do Rio de Janeiro.
FIV Felina: sintomas são específicos em cada fase da doença
A FIV felina pode ser assintomática, mas essa não é uma regra. Tudo vai depender da fase em que se encontra o animal. Entenda abaixo quais são os estágios da doença:
- A primeira fase da FIV em gatos é a aguda
“Quando o animal se infecta, ele pode apresentar, em um primeiro momento, febre e aumento de seus linfonodos. Esses sintomas logo cessam, de modo que o animal se apresenta saudável e sem sinais da doença por meses ou anos”, explica Amanda.
- FIV felina: a segunda fase é a assintomática
O segundo estágio da FIV felina é chamada de assintomática, isso por que o sistema imunológico consegue neutralizar a atividade viral por um bom período, tornando os sinais da doença imperceptíveis. “Aos poucos, no paciente positivo para FIV acontece o mesmo que no paciente humano com HIV: os linfócitos (células que protegem o organismo contra doenças, infecções e alergias) vão sendo destruídos aos poucos”, conta Waldemar.
- FIV: gatos que entram na fase crônica ou terminal apresentam sintomas mais específicos
A última fase da FIV felina é caracterizada pelo fim do sistema imunológico do animal. Por isso, os riscos de morte são maiores e ainda há o risco de desenvolver algum câncer. Os principais sintomas são:
- Infecções;
- Lesões de pele;
- Sepse, que é uma infecção generalizada;
- Doenças secundárias, que podem afetar gengivas, boca, trato digestivo, urinário e a pele;

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FIV: gatos transmitem a doença através da saliva
A FIV em gatos não é uma zoonose, ou seja, ela não passa para humanos. Mas ela pode ser transmitida a outros felinos por meio da saliva e do sangue - uma mordida ou um arranhão, por exemplo, se torna a porta de entrada para a doença. Por isso, gatos de rua, não castrados e aqueles que costumam dar as famosas voltinhas estão muito mais propensos a contrair a AIDS felina. “Outra forma de transmissão menos frequente é de fêmeas positivas e grávidas. Em caso de viremia (presença do vírus no sangue), os filhotes podem nascer infectados ou adquirirem durante o aleitamento e cuidados da mãe com o filhote, como as lambidas”, explica Waldemar.
FIV Positivo: gato vai precisar de cuidados específicos ao longo da vida
Segundo Amanda, o gato que é positivo para FIV felina deve fazer visitas ao veterinário a cada seis meses para controle e avaliação geral. “O médico veterinário deve fazer o controle da doença com exames de sangue e de imagem, como ultrassonografia e radiografia, além do tratamento de infecções secundárias e controle ou remoção de possíveis tumores que possam surgir”. Já o tutor deve ofertar ao animal uma dieta balanceada e de boa qualidade. A veterinária acrescenta: o controle de vermes e parasitas deve ser feito regularmente.
Por fim, é necessário que animais positivos para a doença sejam castrados, uma vez que a FIV pode ser transmitida durante o cruzamento e tem risco de passar da mãe contaminada para os filhotes. Os gatos devem viver em um ambiente telado para que não transmitam a doença para outros animais e não fiquem sujeitos a outras doenças secundárias que vão agravar e piorar a imunidade do animal, que já está comprometida pelo vírus da imunodeficiência felina.
FIV em gatos: positivos não podem conviver com felinos saudáveis
É sempre muito difícil para os tutores de gatos receberem um diagnóstico positivo para a FIV felina. Diferentemente da FeLV (Leucemia Felina), não há uma vacina que torne possível a convivência de um negativo com um positivo. “Infelizmente, a maior recomendação de um gatinho com FIV é que ele viva separado de outros animais. É algo que dificulta bastante a decisão de famílias que têm vários animais e acabam recebendo o diagnóstico um gato com a doença”, finaliza Waldemar.
Redação: Júlia Cruz
