Comportamento animal

Estresse em gatos: como identificar um felino estressado e o que fazer para acalmá-lo?

Publicado - 21 Dezembro 2025 - 19h33

Atualizado - 21 Dezembro 2025 - 19h41

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

Por serem animais naturalmente territorialistas e extremamente ligados à previsibilidade, os gatos costumam perceber de forma mais intensa qualquer alteração na rotina ou no espaço onde vivem. Muitas vezes, essas situações acabam gerando desconforto, ansiedade e sensação de ameaça, deixando o gato estressado.

O problema é que o estresse pode comprometer bastante o bem-estar físico e emocional dos felinos. Desta forma, reconhecer as principais causas do estresse em gatos, saber identificar os sinais de alerta e adotar medidas eficazes para acalmar o animal são atitudes fundamentais para garantir qualidade de vida ao pet dentro de casa. Vamos conferir tudo isso a seguir!

Principais causas do estresse em gatos

Geralmente, o estresse em gatos está ligado a fatores ambientais, sociais ou emocionais. Entre as causas mais comuns deste quadro estão mudanças de casa, reformas, chegada de novos moradores (pessoas ou outros animais), ausência prolongada do tutor, visitas frequentes, barulhos intensos, falta de enriquecimento ambiental e disputas por território em casas com mais de um gato. Até alterações aparentemente simples, como trocar a posição da caixa de areia ou do comedouro para gato, podem gerar desconforto em felinos mais sensíveis.

Como identificar um gato estressado?

Os sinais de estresse em gatos nem sempre são óbvios e, em muitos casos, surgem de forma gradual. Normalmente, mudanças no comportamento felino costumam ser os primeiros indícios de que algo não vai bem. Entre os sintomas mais comuns de gato estressado estão:

  • Isolamento excessivo
  • Agressividade repentina
  • Miados frequentes ou diferentes do habitual
  • Diminuição ou aumento exagerado do apetite
  • Lambedura compulsiva
  • Queda de pelos
  • Arranhaduras fora do local habitual
  • Gato fazendo xixi no lugar errado
  • Vômitos e/ou diarreia
Gato tigrado escondido
Um gato estressado costuma demonstrar diversas mudanças no comportamento

Impactos do estresse na saúde dos gatos

Quando o estresse felino se torna crônico, os impactos vão além do comportamento. Isso porque o organismo do gato passa a liberar hormônios que enfraquecem o sistema imunológico, deixando o animal mais suscetível a infecções e doenças. Ou seja, um gato estressado tem mais chances de ficar doente.

Além disso, distúrbios urinários, como a cistite idiopática felina, são frequentemente associados ao estresse. E não para por aí: problemas gastrointestinais, perda de peso, apatia e redução da qualidade de vida também podem estar ligados a ambientes pouco estimulantes ou instáveis.

O que fazer para aliviar o estresse em gatos

Para ajudar um gato estressado, é essencial criar um ambiente seguro, previsível e enriquecido, evitando punições e respeitando o espaço do animal. Um dos primeiros passos é seguir a rotina sempre que possível, com horários regulares para alimentação, brincadeiras e descanso.

Proporcionar um ambiente cat friendly também é fundamental para o bem-estar felino. A oferta de arranhadores, prateleiras elevadas, brinquedos e esconderijos ajuda o gato a expressar comportamentos naturais e a se sentir mais confiante no território. Já em casas com mais de um gato, é indispensável garantir recursos suficientes, com mais caixas de areia, potes de comida e água distribuídos em locais diferentes.

Em situações mais complexas, quando esses recursos não dão conta do recado, o uso de feromônios para gato e a orientação de um médico-veterinário (ou comportamentalista felino) podem ser necessários. Portanto, a observação constante do pet faz toda a diferença para que as atitudes certas sejam tomadas.

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