Você sabe o que é a dirofilariose canina? Esse termo difícil pode ser resumido em três palavras: verme do coração. Essa definição já é capaz de explicar o motivo da doença ser tão complexa e perigosa. A contaminação ocorre quando um mosquito infectado pela doença - de alguns tipos, e até mesmo o Aedes Aegypit - pica o cachorro e despeja microfilárias na corrente sanguínea do animal. Esses vermes se desenvolvem à medida que o cão vai crescendo e, em determinado momento, invadem o ventrículo direito do coração.
Para entender mais sobre essa doença de nome e características assustadoras, conversamos com a veterinária Nathalia Breder, do Rio de Janeiro. Ela nos explicou como ocorre a contaminação, as formas de prevenir e como curar! Sim, tem cura, mas pra ela ser eficaz é preciso que o dono se comprometa com todo o tratamento.
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Sintomas da dirofilariose canina são praticamente imperceptíveis!
Muitos donos se perguntam: “Como saber se o cachorro está com verme?”. No caso do verme do coração, é bem mais complicado por ser uma condição que só se manifesta em estados mais avançados. É bem raro que um cachorro com a doença manifeste algum comportamento por conta disso, tornando ainda mais difícil de ser identificada. O único problema é que essa doença pode levar o cachorro à óbito de maneira inesperada. Por isso, é muito importante manter os exames do cachorro em dia menos mensalmente, principalmente se o seu cãozinho não usa nada para prevenir os mosquitos. Um exame de sangue é capaz de identificar se há ou não a presença de microfilárias na corrente sanguínea.
Os sintomas mais comuns são:
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Tosse seca
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Falta de apetite
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Perda de peso
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Dificuldade para respirar
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Hipertensão
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Prostração
Quais os riscos da dirofilariose canina?
Quando há a existência de vermes, cachorros precisam fazer todo um tratamento para se livrar o mais rápido possível da doença. “O verme em contato com o animal entra na corrente circulatória, passeia pelo corpo e se aloja no coração. Lá, ele começa a se reproduzir, aumentando a quantidade e tamanho dos vermes”, explica Nathalia. Os vermes podem levar o animal a ter uma parada cardiorrespiratória, por congestionamento ou obstrução cardíaca.
Se você tem outro animal em casa, não precisa se preocupar. Essa doença não é transmissível. “É necessário ter a existência do mosquito para fazer essa transmissão. Mas se houver um controle do mosquito no ambiente, com prevenção, coleiras repelentes e tudo mais, a gente pode evitar que os outros animais sejam contaminados”, conta a veterinária.
ATENÇÃO: imagens fortes do verme do coração!




Tratamento da dirofilariose canina: é preciso prevenção para conseguir a cura!
A melhor maneira de impedir que os vermes se desenvolvam no coração do seu animal é a partir de um tratamento preventivo. É um processo extenso e que demanda um comprometimento integral do tutor. A Nathalia Breder nos explicou como funciona:
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Quando o animal é contaminado, ele tem que fazer um exame de sangue rápido, como o 4DX, que vai indicar se há contaminação da doença;
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Dando positivo para as microfilárias, ele começa a se tratar com o uso de antibióticos, suplementos e medicamentos que vão fazer a prevenção do desenvolvimento da dirofilariose. O primeiro ciclo de tratamento dura 30 dias;
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Após esse período, é feito mais um teste. Se o resultado for positivo, é necessário passar por mais um ciclo de tratamento. Assim é feito até obter o primeiro resultado negativo;
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Com o primeiro teste negativo, o tratamento é suspenso, sendo mantido somente a prevenção. Em três meses, o animal é testado novamente;
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Com três resultados negativos dentro de seis meses ou um ano, o animal é considerado curado.
O tratamento é a única maneira de conseguir a cura da doença, contudo, pode ser um pouco arriscado, ainda que seja simples de fazer. É uma situação complicada, diz Nathalia: “O tratamento pode levar a morte dos vermes e causar um trombo, que é quando os vermes se desprendem do coração e caem na corrente sanguínea. Nesse caso, o animal pode morrer”, alerta.
Como prevenir a dirofilariose canina?
A dirofilariose canina costuma ser mais comum em regiões litorâneas e que têm o clima mais quente, mas também é possível que se desenvolva em cidades longe do mar - principalmente se houver muitos lagos e mata.
Existem muitas maneiras de prevenir a dirofilariose canina, mesmo que o cachorro já tenha sido infectado - nesse caso, é possível evitar que o verme em cachorro se desenvolva. Uma delas é utilizando vermífugos para cachorro específicos para a microfilária, que geralmente são administrados mensalmente. Alguns medicamentos para pulgas e carrapatos também podem prevenir a doença, mas o melhor é sempre consultar um médico veterinário para escolher a melhor opção.
Outra forma de prevenção com o uso de coleiras antiparasitárias. Esses modelos não são específicos para evitar o verme do coração, mas repelem os mosquitos contaminados. Aliado ao vermífugo, o cachorro consegue ficar bem protegido contra essa doença. No mercado veterinário, é possível também encontrar medicamentos injetáveis, com aplicação subcutânea, que protegem o animal por um ano. Prevenir a doença nunca é demais!
Redação: Júlia Cruz
