Cachorro

10 perguntas e respostas sobre a dirofilariose canina, o verme do coração que atinge os cães

Publicado - 12 Março 2021 - 18h19

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

O verme em cachorro é, sem dúvidas, uma das maiores preocupações de todo tutor. Não é à toa que se recomenda o vermífugo para cães filhotes logo nos primeiros meses de vida. Dentre os tipos de vermes que podem acometer a saúde do cachorro, o verme do coração é o mais preocupante de todos porque, como o próprio nome já indica, ele pode se alojar no sistema cardiovascular do animal. A dirofilariose canina é um problema sério, mas pouco conhecido. Por isso, reunimos 10 perguntas e respostas sobre o assunto.

1) O que é a dirofilariose canina?

Apesar do nome difícil e que normalmente causa estranhamento, a dirofilariose também é conhecida como a doença do verme do coração. Trata-se de uma zoonose que é causada por um parasita (Dirofilaria immitis) e que se aloja no órgão mais vital do corpo dos cães: o coração. É considerada uma doença bastante grave e que precisa ser controlada e tratada a tempo para garantir a sobrevivência do animal acometido.

2) Como ocorre a transmissão desse verme em cachorro?

Muitos tutores se perguntam como o cachorro “pega” o verme do coração, e a resposta para isso é simples: a transmissão da doença ocorre por meio da picada de mosquitos infectados. Estes, por sua vez, podem ser de diferentes espécies, e até mesmo o Aedes aegypti entra nessa lista. Então ao entrar em contato com um animal doente, o mosquito passa a carregar microfilárias em seu organismo. Quando ele pica um cão saudável, essas microfilárias são depositadas na corrente sanguínea do cachorro.

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3) Cães que moram em apartamentos podem desenvolver a dirofilariose canina?

Sim, qualquer cachorro pode ser infectado por um mosquito transmissor. Quem mora em regiões litorâneas ou perto de matas e rios geralmente sofre uma exposição maior e, portanto, fica mais vulnerável. No entanto, nada impede que cães que moram em centros urbanos afastados da praia possam contrair o verme. Um simples passeio com o cachorro ou descuido com as janelas abertas podem atrair um mosquito para perto do seu amigo, e é muito difícil de saber quando o inseto é transmissor da dirofilariose canina ou não.

4) Quais são os principais sintomas de verme em cachorro?

Em um caso geral de cachorro com verme, o animal pode apresentar uma série de sinais que são bastante perceptíveis, como a presença de vômitos e diarreia. Além disso, a falta de apetite nos cães doentes é algo muito comum, o que pode levá-los a perda de peso e de energia. Quando esses sintomas de verme em cachorro são observados, é fundamental levar seu amigo para uma consulta médica.

5) Como saber se o cachorro está com dirofilariose canina?

Logo no início, a dirofilariose canina é uma doença silenciosa porque as microfilárias depositadas no organismo do cachorro ainda não se desenvolveram completamente. Sendo assim, somente depois de 6 meses de infecção - quando as larvas se tornam “adultas” - é que é possível notar alguns sintomas. A tosse de cachorro é bastante comum nesse quadro, assim como o cansaço, relutância para caminhar ou fazer exercícios físicos e dificuldade respiratória.

 

dirofilariose canina: cachorro na praia
Cachorro com verme: regiões litorâneas ou próximas a matas e lagos são consideradas as mais perigosas para a dirofilariose canina

6) Como é feito o diagnóstico da dirofilariose canina?

 

Existem vários exames disponíveis para detectar o verme em cachorro e um dos mais recomendados é o exame de sangue 4DX, que é capaz de indicar rapidamente se há ou não a contaminação da doença. Além dele, o teste de antígenos também é outra possibilidade, visto que os hemogramas nem sempre apontam a presença de microfilárias nos primeiros meses de infecção. Um dos testes mais comuns é chamado de ELISA, que observa se há produção de anticorpos contra o microrganismo no corpo do animal. Ecocardiogramas e radiografias torácicas também podem ser solicitadas para identificar se há o comprometimento dos órgãos do cachorro. 

7) O vermífugo para cachorro é a melhor opção de tratamento?

Por incrível que pareça, o vermífugo para cães não é o mais recomendado para os cachorros infectados. Essa pode até ser uma boa medida preventiva, mas se o cãozinho já está com o verme do coração alojado no seu organismo, o vermífugo comum não é tão eficaz e a melhor forma de tratar é com medicamentos prescritos pelo veterinário. Ele vai analisar a situação do cãozinho e, de acordo com a gravidade de cada caso, vai indicar o melhor tratamento possível. O tempo de duração também pode variar, sendo que em quadros mais complexos de insuficiência cardíaca, o cãozinho pode ter que tomar remédio para o resto da vida.

8) Verme: cachorro pode sofrer com a infestação por quanto tempo?

Mesmo que essa seja uma doença silenciosa no início, as microfilárias atingem a maturidade depois de seis meses e começam um processo de reprodução constante, liberando cada vez mais microfilárias na corrente sanguínea do animal. Depois de se alojar no cachorro, esses parasitas conseguem viver até setet anos, o que os torna um risco enorme para a saúde dos cães e que pode, inclusive, levá-los a óbito se não houver o tratamento adequado durante esse período.

9) O vermífugo para cães ajuda a prevenir a doença?

Ajuda bastante. Essa, na verdade, é uma das melhores formas de afastar qualquer possibilidade do cachorro com verme, mas não é qualquer vermífugo. O cachorro precisa tomar mensalmente um vermífugo que, além de agir contra os vermes mais conhecidos, também protege da ação das microfilárias. Por isso, é fundamental falar com um especialista antes de comprar qualquer remédio achando que vai funcionar. Também é importante não atrasar o medicamento, porque cada mês que o cachorro fica sem tomar o vermífugo para cães é equivalente a três meses de vulnerabilidade.

10) Além do vermífugo, cachorro precisa de repelentes na prevenção da dirofilariose?

Precisa sim! De fato, a regularidade dos vermífugos pode impedir a presença do verme do coração, mas ainda assim é importante investir em estratégias que afastem as picadas de mosquito, principalmente nas regiões litorâneas ou com muita mata ao redor. Para isso, os repelentes são uma alternativa bastante eficaz, e o melhor de tudo é que, além dos produtos específicos para cães, também é possível investir em acessórios que garantem o mesmo efeito, como a coleira antiparasitária

Redação: Juliana Melo

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