A dirofilariose felina, condição de saúde que também pode ser conhecida como a doença do verme do coração, é uma das que podem ser prevenidas se você mantiver o vermífugo para gatos em dia. Podendo ser transmitida por diferentes tipos de mosquitos, o diagnóstico não é alcançado com facilidade pelo veterinário e o tratamento também pode ser complicado - mas, ainda assim, a doença pode ser fatal. O verme do coração também pode atingir os caninos com a mesma gravidade. Para tirar mais dúvidas e contar tudo o que você precisa saber sobre a doença causada por vermes em gatos, nós conversamos com a veterinária Caroline Mouco Moretti, diretora clínica do Grupo Vet Popular. Dá uma olhada!
Gato com verme: como funciona a contaminação do animal?
“A transmissão da dirofilariose pode ocorrer por diversos gêneros de mosquitos, como Culex, Anopheles e Aedes, que são considerados hospedeiros intermediários desse parasita”, explica a veterinária. De forma simplificada, esses mosquitos vetores picam animais infectados e absorvem o parasita no primeiro estágio de desenvolvimento. Dentro do seu corpo, o verme se desenvolve para os próximos dois estágios, sendo o terceiro capaz de infectar outro animal que o mosquito picar.
Caroline continua: “após inoculada no cão ou gato, a larva percorrerá a porção inferior da pele, amadurecendo ao seu quarto estágio após 9 a 12 dias e, posteriormente, ao quinto estágio, no qual irá penetrar nos vasos sanguíneos aproximadamente 100 dias após a infecção. Posteriormente, as larvas migram para as artérias pulmonares, permanecendo por cerca de 2 a 3 meses, atingindo a maturidade sexual e finalmente chegando ao coração, onde permanecerão no ventrículo direito”. Muitas larvas morrem nas artérias pulmonares, causando uma inflamação nos vasos e nos pulmões. As que sobrevivem, chegam até o coração e liberam larvas no primeiro estágio na circulação sanguínea. “Nos felinos, geralmente, são encontradas duas ou três larvas no coração, o que já pode ser considerado infecção intensa se levarmos em consideração o porte desses animais”, finaliza a profissional.

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Os sintomas de vermes em gatos
Os sintomas da dirofilariose felina não são iguais em todos os animais: eles vão depender da ação dos vermes no organismo do animal, como esclarece Caroline: “alguns animais podem ter a doença e se apresentarem assintomáticos ou, ainda, manifestarem sintomas por períodos curtos. Porém, mais da metade dos gatos que têm sintomas apresentam tosse e dificuldade respiratória, prostração, vômito, perda de apetite, desmaios e sinais neurológicos, como convulsões, cegueira e falta de coordenação motora”. No primeiro sinal de qualquer um desses sintomas, o ideal é buscar ajuda de um veterinário para que ele possa examinar o seu amigo de quatro patas.
Como o veterinário faz o diagnóstico da dirofilariose felina
A dirofilariose felina é uma doença que tem sintomas bem comuns e semelhantes aos de outras condições — isso quando o animal não tem uma reação assintomática à doença. Além disso, para o diagnóstico definitivo, essas alterações devem ser associadas com resultados de exames laboratoriais, que também podem ser inespecíficos. “Sendo assim, uma das formas de diagnosticar é com a reunião dos sinais clínicos relacionados à auscultação cardiopulmonar. Um exame radiográfico de tórax poderá nos trazer informações acerca de possíveis inflamações pulmonares, acúmulo de líquido no local e alterações cardiovasculares, incluindo dilatação de uma das artérias pulmonares e das dimensões cardíacas, especialmente o ventrículo direito. O ecocardiograma também é muito utilizado, pois ele pode nos mostrar a presença dos vermes em aproximadamente 50% a 75% dos casos. Complementando, os exames de sangue disponíveis para o diagnóstico incluem testes para a detecção de anticorpos contra o parasita e de proteínas de seu envoltório externo”, descreve Caroline.
Vermífugo para gatos: a prevenção é o melhor tratamento para a dirofilariose felina
A veterinária nos contou que a utilização de medicamentos que matam os vermes adultos é controversa porque a morte e liberação dos parasitas pode obstruir grandes artérias, matando o animal. “Por esse motivo e pelo fato de a sobrevida desses vermes ser menor nos felinos em relação àqueles presentes nos cães, muitos autores sugerem tratamentos que apenas amenizam os sintomas junto do monitoramento da carga parasitária por meio de sorologias e ecocardiogramas a cada seis meses meses”, explica Caroline. A cirurgia de remoção dos vermes adultos do coração e das artérias que têm parasitas também podem ser uma opção. Em todos os casos, a prevenção com o remédio de verme para gatos ainda é a melhor forma de garantir a saúde e o bem-estar do seu animal.
Redação: Ariel Cristina Borges
