Se você tem um bichano, em algum momento já deve ter ouvido falar na doença da arranhadura do gato, certo? Essa infecção acontece principalmente por meio de arranhões dos felinos, e pode atingir tanto os próprios animais quanto os humanos. É fundamental ficar atento a qualquer um dos sintomas de doença da arranhadura do gato para saber como tratar e cuidar corretamente da enfermidade. Pensando nisso, entrevistamos a médica veterinária Francine Kirsch, que é especializada em atendimento de felinos, para esclarecer algumas questões sobre o assunto!
Doença da arranhadura do gato: o que é e como ocorre a transmissão?
De acordo com a especialista, a doença da arranhadura do gato é um quadro infeccioso causado por uma bactéria chamada Bartonella henselae, que é encontrada na saliva e principalmente nas fezes das pulgas. “O gato pode desenvolver a doença e/ou transmitir aos seres humanos ao ser contaminado pelas pulgas. Ou seja, tanto os gatos quanto os seres humanos podem ficar doentes”, revela.
O processo de transmissão, no entanto, pode gerar algumas dúvidas. Por isso, Francine explica: “A transmissão da infecção entre os felinos ocorre através da contaminação das micro abrasões cutâneas produzidas pela pulga, com sua saliva e/ou fezes. Ao se coçar, as fezes contaminadas das pulgas ficam aderidas nas unhas do gato. Se esse gato arranhar um ser humano, o agente infeccioso é inoculado na pele, podendo causar a doença clínica”. Vale destacar também que para um gato ser considerado transmissor da doença, ele precisa estar contaminado por pulgas, pois somente animais com pulgas podem desenvolver e transmitir a doença da arranhadura do gato, conforme a veterinária alerta.

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Sintomas de doença de arranhadura de gato
A maioria dos gatos infectados pela doença não apresenta manifestações clínicas. Caso isso ocorra, os sintomas são bastante discretos e transitórios, segundo Francine. Ainda assim, vale ficar atento aos seguintes sinais: “Os mais comuns são febre, prostração e aumento de um ou mais linfonodos. Também podem ocorrer sinais mais graves, como endocardite e nefrite.”
Já nos seres humanos, o quadro típico é benigno e auto limitante, sendo frequente em crianças e adolescentes, e os sintomas de doença de arranhadura de gato são um pouco mais visíveis. “Três a cinco dias após a arranhadura do gato são observadas lesões na pele que regridem em poucos dias, podendo persistir por mais tempo em alguns casos”. Além disso, o aumento de linfonodos e abscessos também pode ocorrer; e a febre também pode se fazer presente, mas normalmente é de baixa intensidade. “Em indivíduos imunodeficientes (HIV positivos, transplantados, doentes renais), a doença pode progredir para uma manifestação severa ou sistêmica, o que pode resultar em uma infecção fatal”, alerta Francine.
Como é o diagnóstico da doença da arranhadura do gato?
Ao suspeitar da doença arranhadura do gato, é importante procurar ajuda médica o quanto antes - isso serve tanto para os felinos quanto para os humanos. O diagnóstico, inclusive, segue o mesmo processo em ambos os casos: “Tanto para o diagnóstico em gatos quanto em humanos o padrão ouro é com a cultura bacteriana + PCR + sorologia, sempre correlacionando com o histórico clínico do paciente”.
Se a doença de arranhadura de gato for confirmada, o profissional indicará a melhor forma de tratar o caso. Segundo Francine, o tratamento costuma ser feito com a administração de antibióticos e analgésicos.
Saiba como prevenir a doença de arranhadura de gato
É possível prevenir a arranhadura do gato com algumas medidas bem simples. “Em primeiro lugar, deve ser feito um controle rigoroso de pulgas no gato e no ambiente”, orienta a médica veterinária. Assim é possível garantir que seu amigo de quatro patas não vai ser infectado pelos parasitas e, consequentemente, desenvolver a doença da arranhadura do gato. “Um gato sem pulgas não poderá transmitir a doença!”, reforça a especialista. Outras medidas preventivas que também podem ser adotadas são o corte regular das unhas e evitar brincadeiras e manipulação inapropriada em gatos desconhecidos.
Redação: Juliana Melo
