Gato

Nem toxoplasmose, nem raiva: a doença mais perigosa para os gatos não tem cura e é transmitida pela saliva

Publicado - 25 Outubro 2024 - 09h46

Atualizado - 25 Outubro 2024 - 13h23

Foto da Gabriela da Rocha Teixeira - Médica Veterinária

Gabriela da Rocha Teixeira / Médica Veterinária

CRMV 15971-RJ

Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Foto da Laura Furtado - Redatora

Laura Furtado / Redatora

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Desde pequena, sempre tive um amor e carinho especial por todos os animais. Quando completei 6 anos, meus pais me presentearam com um cãozinho da raça Bichon Frisé que chamamos de Billy. Foi o dia mais feliz da minha vida, fiquei horas chorando sem acreditar que ele era meu. Billy viveu 14 anos com a gente, mas virou uma estrelinha em 2019 depois de uma história linda ao nosso lado.

Em 2019, ganhei da minha sogra uma Dachshund, o famoso salsichinha, e desde então minha vida voltou a fazer sentido. Pode parecer clichê, mas nada explica o sentimento de amor e carinho que ter um pet proporciona. Nós decidimos chamar ela de Teteia, e não poderia existir nome melhor pra descrever ela. Teteia significa moça atraente, e a minha Teteia salsicha é realmente a coisa mais linda do mundo, além de ser extremamente carinhosa, companheira e engraçada.

Em 2023, participei de uma entrevista e entrei para o time do Patas da Casa. Fiquei muito feliz, porque sempre tive afinidade e carinho pelos animais, e não há nada melhor do que escrever sobre coisas que a gente ama, né. Me identifiquei de cara com os valores do Patas e sempre considerei o projeto de suma importância para tutores que, assim como eu, buscam se informar para garantir o melhor para os pets. Desde então, cada dia tem sido um aprendizado, e sou muito feliz por fazer parte de um projeto tão especial quanto o Patas.

• Filme com animal preferido: “Marley e Eu”
• Uma raça de cachorro: Vira-lata
• Uma raça de gato: Siamês
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os cães de suporte emocional podem agir como 'terapeutas', ajudando pacientes com ansiedade, depressão, autismo e estresse pós-traumático
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatinhos tem efeitos positivos na sáude mental e física dos humanos
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar cachorro ou gato pode mudar a vida das pessoas e dos animais para melhores, trazendo muito amor e felicidade
• Nome de pet favorito: Larica

Você sabe qual é a doença de gato mais grave que existe? Com tantas doenças perigosas ameaçando a saúde do gato, como a toxoplasmose e a raiva, é inevitável que os tutores estejam sempre preocupados. Contudo, embora essas duas enfermidades sejam extremamente sérias e graves, existe uma doença entre os felinos que é ainda mais perigosa. Isso devido ao caráter silencioso da doença e aos sintomas gravíssimos que ela pode provocar. Se você ficou curioso para saber que doença é essa, veja as informações que o Patas da Casa reuniu sobre ela.

A doença de gato mais perigosa é causada por um retrovírus

A doença mais perigosa e temida no universo felino é a FeLV, uma condição sem cura e altamente contagiosa que compromete severamente o sistema imunológico dos gatos. Mas por que ela é considerada a doença mais perigosa nos gatos? O grande perigo da FeLV em gatos está no fato dela ser causada por um retrovírus, um tipo de vírus que tem a capacidade de se integrar ao genoma do indivíduo.

Diferente da maioria dos vírus, o retrovírus possui uma fita simples de RNA em seu material genético que é convertido em um DNA de cadeia dupla. Esse novo DNA é incorporado ao DNA do hospedeiro e se espalha por todo corpo do gato. Felinos diagnosticados com FeLV têm uma maior predisposição a desenvolver câncer, pois o retrovírus se aloja na medula óssea do gato e transforma células normais em células cancerígenas. Isso acaba fazendo com que a infecção seja muito mais difícil de ser combatida.

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A FeLV em gatos é conhecida como leucemia felina

Você sabe o que é FeLV em gatos? Também conhecida como leucemia felina, a FeLV é extremamente contagiosa. Ela é transmitida através do contato de um gato saudável com a saliva ou secreções (xixi e cocô) de um gato doente. Então basta encostar em um objeto que tenha sido utilizado pelo felino com FeLV felina, como o pote de água ou a caixa de areia para gatos, para que a transmissão aconteça. As lambeduras de gato infectado também podem contaminar um outro animal.

Quais são os sintomas de FeLV em gatos?

Diagnosticar a leucemia felina não é uma tarefa tão simples! Isso porque quando falamos da FeLV, sintomas variam de acordo com as quatro fases da doença, e podem se manifestar de maneiras diferentes em cada animal - podendo até nem se manifestar. Além disso, o bichano infectado fica mais suscetível a outras enfermidades, e os sintomas delas podem dificultar ainda mais o diagnóstico.

Sobre isso, a médica veterinária Gabriela Teixeira alerta que a FeLV em gatos pode ser fatal:  “Quando está exposto pela primeira vez à FeLV, um gato pode não apresentar sinais de doença. Alguns gatos conseguem eliminar o vírus completamente de seu corpo e outros são capazes de controlar a infecção, prevenindo uma piora. Em alguns gatos, a infecção se torna ativa no corpo e eles desenvolvem problemas graves e até mesmo fatais, como disfunções hematológicas e linfomas.” 

Veja quais são os principais sintomas de FeLV em gatos :

  • Secreção ocular em abundância
  • Hipertermia
  • Perda de peso
  • Diarreia
  • Vômitos 
  • Problemas nas gengivas 
  • Ferimentos na pele
  • Câncer 
  • Anemia
     
gato rajado lambendo outro
A leucemia felina é transmitida através da saliva

O tratamento da FeLV em gatos precisa começar rapidamente

Para quem se pergunta se a FeLV tem cura, a resposta infelizmente é negativa. No entanto, a doença pode ser tratada se o tutor seguir certinho as orientações de um médico veterinário. O importante é que o tratamento comece o mais cedo possível para evitar que a doença se espalhe e fique em um estado mais avançado. Por isso, a qualquer sinal de FeLV em gatos, não hesite em levar o felino para uma consulta. O diagnóstico é feito por meio de exames sorológicos.

O tratamento pode variar de animal para animal, mas costuma ser feito por meio de antivirais e imunomoduladores que tem por objetivo fortalecer o sistema imunológico do gato. Dependendo da fase da doença, pode ser necessário realizar quimioterapia em gatos. É importante que o felino infectado fique isolado de outros gatos durante o tratamento para evitar a propagação da doença. Lembre-se que a melhor forma de prevenir a FeLV felina é levando o animal para tomar a vacina V5 para gatos.

FIV felina também é perigosa para a saúde do gato

É muito comum que tutores confundam a FeLV em gatos com a FIV, outra doença perigosa que é conhecida como AIDS felina. A verdade é que as duas afetam a imunidade do felino, mas, embora as duas representam um risco para a saúde do gato, a FeLV é considerada ainda mais perigosa que a FIV. Isso porque quando são diagnosticados com a FeLV, gatos ficam mais debilitados e ainda podem sofrer de anemia e câncer. 
 

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