Cuidar da saúde do seu pet é dever de todo tutor, pois assim como os humanos, gatos e cachorros também estão vulneráveis a diversas doenças. Você já ouviu falar na lipidose hepática? Gatos podem desenvolver essa patologia, principalmente se não receberem uma ração adequada. Ela afeta principalmente o fígado dos felinos, órgão responsável por auxiliar no processo digestivo e pela desintoxicação do organismo. Não é à toa que ela é muito temida pela maioria dos tutores. Mas afinal, do que se trata essa doença? A lipidose hepática felina é contagiosa? Qual é o tratamento mais indicado? O Patas da Casa reuniu as principais informações sobre o assunto a seguir!
Entenda o que é a lipidose hepática felina e as principais causas da doença
Apesar do difícil nome, a lipidose hepática é uma doença mais comum do que se pensa quando se trata da saúde dos gatos e que não é contagiosa. Segundo a médica veterinária Luciana Capirazzo, especialista em felinos do hospital Vet Popular, esse quadro também é conhecido como doença do fígado gordo e trata-se de uma síndrome colestática que acomete gatos domésticos, sendo caracterizada pelo extenso acúmulo de triglicerídeos nas células hepáticas. Parece complicado, mas não é: na prática, quer dizer que é uma desordem metabólica que envolve o excesso de gordura no fígado, o que leva à diminuição das funções metabólicas do órgão. Ou seja, o fígado para de funcionar como deveria.
Já sobre as causas da lipidose hepática felina, a profissional esclarece: “A maioria dos animais que a desenvolvem apresentam como causa problemas de obesidade ou, quando passam por um processo patológico ou situações de nervosismo e estresse, apresentam anorexia, causando o quadro de lipidose”, esclarece a profissional. Portanto, gatos que não recebem uma alimentação adequada estão mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença.

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Lipidose hepática: gatos obesos têm maior tendência a desenvolver a doença?
Como a doença é caracterizada pelo acúmulo excessivo de triglicerídeos em mais de 70% das células hepáticas, Luciana alerta que a obesidade pode ser um dos grandes vilões e fator de risco para a lipidose hepática felina. Isso acontece porque, como o corpo do animal passa a ter gordura “sobrando”, o gato não sente fome com tanta frequência e, consequentemente, passa a se alimentar muito mal e em intervalos muito grandes de tempo, o que abre espaço para o surgimento da doença.
“Com o acúmulo em excesso, ocorre uma intensa mobilização da gordura corporal dos gatos devido aos longos períodos com falta de apetite ou outras circunstâncias que interfiram na rotina do animal”, explica a veterinária. No entanto, vale destacar que o maior problema está na falta de uma nutrição adequada, e não na obesidade em si. Tanto é que animais anoréxicos ou que sofrem alterações na sua alimentação devido a situações de estresse também podem desenvolver a doença com mais facilidade.
Principais sintomas da lipidose hepática felina
• Perda de peso
• Vômitos
• Constipação ou diarreias
• Palidez
• Icterícia (coloração amarelada na pele ou na região dos olhos)
• Depressão
• Perda de apetite
• Fadiga e indisposição
Afinal, como tratar a lipidose hepática em gatos? Tem cura?
Conforme a especialista explica, na maioria das vezes a doença tem cura se diagnosticada e tratada logo no início. Mas então como curar a lipidose hepática em gatos? Bom, o tratamento consiste basicamente em uma mudança na alimentação do animal, que vai buscar estabelecer o suporte nutricional e a correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico no organismo do felino.
Dessa forma, o médico veterinário vai indicar uma dieta bastante específica para que o bichano se recupere logo, mas é muito importante que todas as orientações passadas pelo profissional sejam seguidas à risca. Também vale destacar que, dependendo do grau do caso, pode ser que uma ração hepática para gatos seja indicada.
É imprescindível que o tutor leve o animal para uma consulta com um veterinário caso haja qualquer suspeita da doença - principalmente se ele não tem se alimentado direito nos últimos tempos e apresenta algum dos sintomas citados. Só assim o diagnóstico correto será feito e, então, o tratamento pode ser iniciado.
É possível prevenir a lipidose hepática felina?
Todo mundo sabe que prevenção é a melhor maneira de manter o seu pet saudável, né? E mesmo que não exista uma maneira totalmente eficaz de prevenir a lipidose hepática em gatos, alguns cuidados podem reduzir os riscos de desenvolvimento da doença. Segundo Luciana, manter seu gato com uma condição corporal adequada é uma das peças-chave para que o felino não seja acometido pela lipidose hepática. É sempre bom ficar atento ao nível de gordura corporal do seu bichano e, caso ele esteja “magrinho” demais, também deve-se ter uma atenção especial com a saúde dele.
Um gato saudável não pode ser obeso e nem desnutrido, e isso está diretamente ligado a uma alimentação de qualidade, outro fator fundamental na prevenção contra a lipidose hepática felina. Além disso, visitas regulares a um médico veterinário devem ser feitas para garantir que não há nenhum problema com a saúde do animal.
Redação: Juliana Melo
