Você já ouviu falar em hiperadrenocorticismo? Essa é uma grave doença que atinge cachorros e gatos, embora seja mais rara nos felinos. O termo pode ser complicado e difícil de gravar, mas existe uma explicação lógica por trás dele: “O termo 'hiper' significa muito, o termo 'adreno' significa adrenal e o termo 'corticismo' está relacionado com a liberação de cortisol”, explica o médico veterinário Gabriel Mora, do Hospital 24h Vet Popular. Isso, na prática, quer dizer que existe uma produção exagerada do hormônio do estresse (cortisol) no organismo do animal, o que pode desencadear diversos problemas na saúde do gato. Para entender um pouquinho mais a fundo sobre o hiperadrenocorticismo em gatos, entrevistamos o veterinário Gabriel. Veja só o que ele nos contou!

Hiperadrenocorticismo em gatos: o que é e quais as causas da doença?

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O hiperadrenocorticismo felino (HAF), também chamado de Síndrome de Cushing, é uma doença caracterizada pelo excesso do hormônio cortisol no sangue dos gatos. “As principais causas do hiperadrenocorticismo são: tumores de glândulas adrenais; tumores de glândulas hipofisárias e também o que chamamos de causa iatrogênica, que é causado quando há um uso indiscriminado de corticoides”, destaca Gabriel. Esse último cenário normalmente acontece quando os animais recebem uma alta dosagem de cortisona para algum tratamento em específico ou para aliviar coceiras sem o acompanhamento de um profissional veterinário, segundo ele.


Gatos com   hiperadrenocorticismo também podem apresentar ganho de peso, especialmente no abdômen
Gatos com hiperadrenocorticismo também podem apresentar ganho de peso, especialmente no abdômen

9 sinais do hiperadrenocorticismo para ficar atento

- Aumento da sede e do volume de urina

- Aumento gradual ou descompensado do apetite

- Ganho de peso, em especial no aumento do abdômen

- Pele mais fina e mais propensa a machucados

- Visualização de vasos no abdômen

- Perda de pelos e/ou perda da qualidade dos pelos

- Fraqueza com perda de massa muscular

- Tendência ao sedentarismo

- Tremores musculares e cansaço

Além disso, Gabriel destaca que na síndrome de Cushing, gatos e cachorros também podem apresentar quadros de vômitos e diarreia. Por isso, normalmente eles precisam ficar internados também.

Hiperadrenocorticismo em gatos: diagnóstico da doença é fundamental

Percebeu um ou mais sintomas da doença? Chegou a hora de levar o seu amigo de quatro patas para uma consulta com um veterinário. Somente um especialista é capaz de definir o quadro clínico do seu gatinho e, então, indicar o melhor tratamento para ele. “O diagnóstico é feito com a associação de alterações clínicas compatíveis com a doença, exames laboratoriais de triagem, exames de imagem como ultrassonografia abdominal e tomografia e os exames hormonais específicos solicitados pelo veterinário endocrinologista”, explica Gabriel.

Saiba mais sobre o tratamento do hiperadrenocorticismo em gatos

Depois de diagnosticado com o hiperadrenocorticismo ou a doença de Cushing, gatos precisam de um tratamento para melhorar sua qualidade de vida. De acordo com Gabriel, isso vai depender muito da condição clínica de cada paciente. “Existem possibilidades cirúrgicas e clínicas para o tratamento dessa doença e cada caso deverá ser avaliado por um médico veterinário especializado. Mas independentemente do caso, o paciente fica dependente de medicações e isso o torna um portador de doença crônica”, explica.

A melhor alternativa para prevenir ou tratar precocemente esse tipo de doença é através de check-ups regulares da saúde do animal. Assim, o médico veterinário consegue detectar o hiperadrenocorticismo em gatos ainda no início e faz o encaminhamento do animal para um endocrinologista, que vai ser o responsável por acompanhar e tratar a saúde do seu bichano.

Redação: Juliana Melo