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Depressão e ansiedade em cães e gatos: saiba tudo sobre a saúde mental dos pets

Publicado - 02 Março 2023 - 18h07

Atualizado - 28 Abril 2024 - 15h28

A ansiedade e a depressão em cachorro ou gato são problemas de saúde bem sérios, mas que muitas pessoas desconhecem. É difícil imaginar que nossos animais de estimação possam sofrer com essas doenças, mas a verdade é que elas podem aparecer independentemente de sexo, raça e idade. A saúde mental dos pets ainda é um tópico pouco discutido, mesmo que os casos de depressão e ansiedade em gatos e cães estejam crescendo cada dia mais.

O grande problema é que muita gente confunde depressão com uma simples tristeza e ansiedade com uma angústia passageira. Porém, não é bem assim. Ogato ou cachorro com depressão / ansiedade se sente desconfortável o tempo inteiro e perde o interesse até mesmo pelas coisas que mais gosta na vida. Por isso, é tão importante falar sobre a saúde mental dos pets e entender seu impacto no dia a dia do animal. O Patas da Casa te explica a seguir tudo sobre a depressão e a ansiedade em cachorro e gato: quais são as causas, como identificá-las, como tratá-las e de que maneira é possível prevenir essas doenças. Confira!

Depressão em cachorro e gato: entenda o que é a doença que causa tristeza profunda no animal

A depressão em gatos e cachorros vai muito além de uma simples tristeza. É comum que os animais fiquem tristes em alguns momentos da vida, mas logo depois esse sentimento é superado. Porém, isso não é o que acontece em um quadro depressivo. Um gato ou cachorro com depressão apresenta uma tristeza profunda que parece não passar nunca. Além disso, o animal perde a vontade de fazer qualquer tipo de atividade no dia a dia e torna-se apático em relação a tudo ao seu redor. O cachorro ou gato com depressão fica incapacitado de fazer o que fazia antes. Isso acaba impactando não só a sua saúde mental como a sua saúde física também já que, muitas vezes, eles deixam de lado atividades essenciais para a vida, como se alimentar.

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Ansiedade em cachorro e gato: a doença deixa o animal com um sentimento constante de angústia

A ansiedade em cachorro também é uma condição bem mais séria do que um simples mal estar. É comum que no dia a dia o gato ou cachorro fique ansioso por alguns motivos, como nos momentos em que espera o tutor chegar em casa ou quando fica na presença de alguém desconhecido pela primeira vez. Porém, um gato ou cachorro com ansiedade apresenta esse estado de apreensão e angústia por muito tempo e, muitas vezes, sem um motivo aparente. O animal se sente desconfortável e com uma incerteza constante, principalmente quando se depara com qualquer situação que ele considere uma ameaça. Assim como na depressão, a ansiedade em cachorro e gato também é um transtorno de saúde mental que pode impactar diretamente na saúde física, já que o estado de ansiedade constante acaba trazendo consequências para o seu dia a dia.

O que causa depressão em cachorro e gato?

O número de animais diagnosticados com depressão tem aumentado consideravelmente. Mas o que causa depressão em cachorro e gato? Muitos fatores podem levar a essa doença. Cães e gatos são animais que gostam de ter rotinas bem estabelecidas. Mudanças muito bruscas nesse padrão podem levar a um estresse extremo que, por sua vez, predispõe à depressão. A chegada ou a partida de algum membro da família, mudança de casa, troca de ração, viagens, obras extensas e a adoção de um novo animal de estimação são alguns exemplos de situações que podem causar depressão.

A morte do tutor ou de alguém da família também é algo que pode levar o pet a um quadro depressivo. A ausência do dono por longos períodos é uma das principais causas de ansiedade. Vale ressaltar que existem ainda os casos de depressão pós-parto em cadelas e gatas. Durante a gestação, a fêmea sofre muitas alterações hormonais. Após o nascimento, porém, o número de hormônios diminui bastante. Isso impacta fortemente no humor da cadela ou gata, podendo levar a uma grave depressão pós-parto.

Quais as possíveis causas de um gato ou cachorro com ansiedade?

A ansiedade em cachorro ou gato pode acontecer por uma grande variedade de fatores. O mais comum é a dificuldade em ficar sozinho na ausência do dono. Trata-se da ansiedade de separação, que pode acontecer tanto em cães quanto em gatos. Outro fator que pode desencadear a ansiedade é o ambiente onde o animal vive. Um lugar sujo, sem banheirinho, com pouco espaço e sem brinquedos, por exemplo, é muito desconfortável para o pet. A ansiedade em cachorro e gato também pode ser uma consequência de traumas no passado e é muito comum em cães e gatos que foram abandonados.

O medo é mais um fator importante. Cães e gatos que ficam expostos à situações que causem medo têm maior probabilidade de desenvolver esse problema. Um exemplo é o animal que vive em um ambiente que constantemente tem sons muito altos. A audição canina e a a audição felina são mais sensíveis, então isso pode despertar um grande estresse no cão ou no gatinho. Além disso, uma socialização inadequada ou ausente no filhote pode desencadear ansiedade em cachorro ou gato no futuro, pois ele terá dificuldade para conviver com outras pessoas e animais.

depressão e ansiedade em cães e gatos: cachorro e gato deitados no sofá

Ansiedade de separação: cachorro e gato com esse transtorno sofrem bastante na ausência do tutor

Como explicamos, o tipo mais comum de ansiedade é a ansiedade de separação. Cachorro e gato podem desenvolver esse problema por ficarem sem o seu dono por um certo período de tempo. Essa doença é mais comum em cães e gatos que são muito apegados ao tutor. Sempre que o dono precisa sair de casa para ir ao trabalho ou para qualquer outro lugar, o pet fica estressado, agoniado e, em alguns casos, pode ficar até mesmo doente. O cão ou gato simplesmente não consegue ficar bem longe do dono e, por isso, esse quadro se chama ansiedade de separação. Cachorro ou gato que tem esse problema pode até mesmo apresentar comportamentos destrutivos, como mordendo móveis e fazendo xixi e cocô no lugar errado.

Conheça os principais sinais de depressão em cachorro e gato

Nem sempre é fácil reconhecer os sintomas de depressão em cachorro e gato. O animal que está sofrendo pode ficar tão introspectivo que prefere não demonstrar seus sentimentos. Assim, fica difícil para o dono perceber que o pet não anda bem. Porém, alguns comportamentos sutis ajudam a identificar os sinais de depressão em cachorro e gato. São eles:

  • Apatia
  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • Isolamento
  • Falta de interesse em atividades que o animal normalmente gosta
  • Falta de energia durante o dia
  • Alterações no sono
  • Menor ingestão de água
  • Agressividade repentina

Além desses sintomas, a própria postura do animal pode ser um indicativo da doença. O corpo retraído com orelhas e rabos abaixados durante o dia, por exemplo, é um dos principais sinais de depressão em cachorro. Sintomas como apatia e falta de energia se tornam bem claros quando o tutor chama o cão para brincar e ele simplesmente não levanta e não esboça nenhuma reação. No caso dos bichanos, um dos principais sinais que seu gato está com depressão é a ausência do ronronar. Além disso, o animal não se interessa mais por carinhos.

Um cachorro ou gato com ansiedade pode apresentar comportamentos destrutivos

O cachorro ou gato com ansiedade costuma ficar bastante agitado, angustiado e eufórico. Alguns comportamentos obsessivos, como lamber a pata com frequência, também podem ser desencadeados. Além disso, comportamentos destrutivos são bem comuns, principalmente na ansiedade de separação. Cachorro e gato passam a fazer as necessidades no lugar errado, arranham os sofás e outros móveis, destroem o que veem pela frente e tentam pular o portão de casa, por exemplo. Nesse tipo de ansiedade, também é comum ver o gato ou cachorro esperando o tutor na porta e fazendo um grande alvoroço quando ele chega em casa. Muitas vezes o pet deixa de comer só para ficar ali na porta aguardando seu dono. No geral, os sintomas de ansiedade em cachorro e gato mais comuns e que você deve ficar atento são:

  • Agitação excessiva
  • Vocalização (uivos, miados, choros)
  • Aumento das frequências cardíaca e respiratória
  • Xixi e cocô fora do lugar
  • Morder e lamber as patas com frequência
  • Comportamentos destrutivos
  • Agressividade, em alguns casos

Existe tratamento para cachorro e gato com ansiedade ou depressão?

Tem como curar depressão de gato e cachorro? Não podemos falar que o animal fica 100% curado dessa doença, mas ele pode sim passar por um tratamento que ajuda a amenizar a doença, permitindo que o pet tenha mais qualidade de vida. Depois de avaliar os sintomas de depressão e ansiedade em cachorro e gato, o veterinário vai indicar um tratamento específico para cada caso. O uso da homeopatia para cães e gatos é um dos tratamentos mais indicados, assim como os medicamentos fitoterápicos. Esses tratamentos possuem propriedades naturais que ajudam a acalmar o pet e a melhorar seu humor.

Além disso, óleos essenciais e florais para cachorros e gatos também trazem resultados positivos no tratamento da depressão e da ansiedade. A acupuntura é mais uma técnica que pode trazer benefícios ao pet. O ideal é conversar com o médico veterinário para entender qual é o melhor tratamento para o seu animal. Vale ressaltar que, quando um cão ou gato tem depressão ou ansiedade, ele deverá fazer tratamento para o resto da vida para evitar que a doença retorne.

depressão e ansiedade em cães e gatos: cachorro e gato no sofá

Como ajudar um gato ou cachorro com depressão?

O tratamento de depressão em gatos ou cachorros não consiste apenas em medicamentos e técnicas. É muito importante realizar mudanças na rotina do animal abatido. Um gato ou cachorro com depressão não tem mais interesse nas atividades do dia a dia e fica muito cabisbaixo. Para ajudá-lo, o tutor deve incentivar hábitos saudáveis que dão mais ânimo ao pet. O ideal é entender primeiro o que está levando a essas doenças porque, dessa forma, fica mais fácil saber o que deve ser mudado.

Para ajudar um cachorro ou gato com depressão, o tutor deve diminuir o tempo que o animal fica sozinho ou entediado. A dica é apostar no enriquecimento ambiental, para que a própria casa se torne mais atrativa para o pet. Vale utilizar arranhadores, nichos, obstáculos e o que mais conseguir. Abuse também de brincadeiras e brinquedos interativos, pois eles despertam a curiosidade do animal, que passa a interagir e se divertir mais. Você pode começar brincando com ele para que ele se sinta estimulado e depois brinque sozinho também. Separe sempre um momento do dia para passear com cachorro ou para ficar fazendo carinho no seu bichano. Se manter presente no dia a dia é o melhor que você pode fazer para que o gato ou cachorro com depressão se sinta menos solitário e triste.

Confira algumas dicas para diminuir a ansiedade em cachorro e gato

Assim como na depressão, a ansiedade em cães e gatos pode ser amenizada com essas mudanças na rotina. O enriquecimento ambiental, os brinquedos interativos, os passeios, os carinhos e a presença do tutor já são fatores que amenizam bastante a ansiedade. Exercícios físicos são grandes aliados no combate à ansiedade, então vale a pena apostar em atividades de maior intensidade ou com maior duração. No caso da ansiedade de separação, deixar brinquedos à disposição em casa é essencial para que o pet não fique entediado na sua ausência. Além disso, por mais que você fique com pena e queira brincar com seu animal de estimação, evite embarcar na sua empolgação ao chegar em casa. Isso só fará com que o pet ache que seu comportamento está sendo recompensado quando, na verdade, deve ser amenizado.  

Para evitar a ansiedade de separação, é importante realizar alguns testes com o pet antes de sair de casa. Depois de se arrumar, aproxime-se da porta e vá embora com calma. Volte após dez minutos e não dê muita bola para o animal, mas observe seu comportamento. Repita esse processo algumas vezes, aumentando o tempo ausente. Assim, o seu pet vai se acostumando aos poucos a ficar sozinho. Uma última dica muito legal é, se for possível, adotar mais um cachorro ou gato para fazer companhia ao seu animal de estimação. Assim, ele se sentirá menos sozinho, diminuindo o risco de ansiedade e até mesmo de depressão. 

Redação: Maria Luísa Pimenta

Edição: Mariana Fernandes

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