Cachorro

Como ajudar um cachorro obeso a emagrecer? Veja o que recomendam os veterinários

Publicado - 24 Junho 2025 - 14h24

Atualizado - 24 Junho 2025 - 14h24

Foto da Andresa Esteves - Médica Veterinária

Andresa Esteves / Médica Veterinária

CRMV-SP: 29.424

Médica Veterinária, Mestra em produção animal pela Universidade Camilo Castelo Branco, com foco na Nutrição de Cães e Gatos, Atualmente, atua na indústria de pet food como Representante de Informação Veterinária na Nestlé Purina.

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

A obesidade canina é um problema cada vez mais comum entre os pets — e, em muitos casos, os tutores sequer percebem que o animal passou do seu peso ideal. O problema é que um cachorro obeso não é apenas um cãozinho mais “fofinho”: o excesso de peso pode deixar o animal mais propenso a desenvolver uma série de doenças graves. Além disso, o sobrepeso compromete a disposição, o bem-estar e até a  expectativa de vida do pet.

A boa notícia é que, com as orientações certas e mudanças simples na rotina, dá para ajudar seu amigo de quatro patas a perder peso com saúde e segurança. Com a ajuda da médica veterinária Andresa Esteves, reunimos as principais recomendações dos especialistas sobre alimentação, ração para cachorro obeso, exercícios e cuidados essenciais para proteger a saúde do seu pet sem abrir mão do carinho e da qualidade de vida que ele merece. Confira!

Como saber se meu cachorro está obeso?

Antes de tomar qualquer atitude para ajudar um cachorro a emagrecer, é preciso reconhecer os sinais do sobrepeso canino. Um cachorro obeso geralmente apresenta:

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Você tem pets?

  • Dificuldade para sentir as costelas ao toque
  • Acúmulo de gordura no pescoço, nas costas e na base da cauda
  • Falta de cintura aparente (vista de cima)
  • Cansaço fácil, até mesmo em passeios curtos
  • Maior apetite e comportamento sedentário

A partir desses indícios, se você desconfia que seu cão está acima do peso, é essencial marcar uma consulta com o veterinário. Para definir um diagnóstico de obesidade canina, o especialista avalia as medidas corporais, faz uma avaliação visual e palpação, e ainda analisa o comportamento, o nível de atividade e o histórico de saúde do animal.

Além disso, o veterinário também leva em consideração o Índice de Condição Corporal (ICC). “Este é um sistema de avaliação que classifica os cães em uma escala de 1 a 9, onde 1 é extremamente magro e 9 é extremamente obeso. Um cão com um ICC de 7 ou mais é geralmente considerado obeso”, explica Andresa Esteves.

A partir dessa avaliação inicial, o médico pode solicitar exames adicionais e indicar o plano ideal para emagrecimento — que costuma incluir o uso de ração para cachorro obeso e outras alterações na rotina do animal.

Aqui, vale reforçar que todo esse cuidado com o diagnóstico da obesidade canina se deve ao fato de que ela pode ser causada por uma combinação de fatores, que incluem: alimentação excessiva ou inadequada, falta de exercício, idade, raça (algumas raças de cachorro são mais propensas à obesidade canina), problemas hormonais, condições médicas subjacentes, estresse, ansiedade e até mesmo comportamentos do tutor.

E por que cachorros obesos precisam de cuidados especiais?

A obesidade em cães pode causar ou agravar várias doenças, que afetam significativamente a qualidade de vida do animal. De acordo com a veterinária Andresa Esteves, os principais riscos à saúde associados ao sobrepeso canino incluem:

  • Doenças cardiovasculares
  • Diabetes mellitus
  • Problemas articulares (como displasia e artrose)
  • Doenças respiratórias
  • Doenças hepáticas
  • Problemas reprodutivos
  • Problemas de pele
  • Diminuição da expectativa de vida

Por isso, os cachorros obesos precisam de acompanhamento profissional para monitoração do peso e mudanças imediatas na alimentação e no estilo de vida. Isso envolve principalmente a oferta de uma dieta balanceada (adequada às necessidades calóricas do pet) e o aumento da atividade física.

Cachorro de pelo claro olhando para o pote de ração oferecido pelo tutor
Controle da alimentação é a principal medida para ajudar um cachorro obeso a perder peso

Alimentação é peça-chave no tratamento do cachorro obeso

Como já deu para perceber, uma das medidas mais eficazes (e necessárias!) no combate à obesidade canina é o controle da alimentação. E o primeiro passo, segundo a veterinária Andresa Esteves, é fazer a introdução de uma ração para cachorro obeso — que seja específica para perda de peso, com menor teor calórico e maior conteúdo de fibras. Devido à sua formulação com ingredientes de alta qualidade, esses alimentos ajudam a promover a saciedade e sustentam a saúde geral do cão.

Além disso, a especialista aponta os outros cuidados necessários com a alimentação dos cachorros obesos:

Divisão das refeições: em vez de oferecer uma única refeição diária, divida a quantidade total de ração em várias refeições menores ao longo do dia. Isso pode ajudar a controlar a fome e evitar a ingestão excessiva de uma só vez.

Controle de petiscos: limite a quantidade de petiscos oferecidos, estabelecendo um limite diário que não exceda 10% da ingestão calórica total do cão. É importante também optar por petiscos que sejam especificamente rotulados como "baixos em calorias" ou "para controle de peso".

Evitar alimentos humanos: não ofereça alimentos humanos, especialmente aqueles que são ricos em gordura, açúcar ou temperos, pois podem contribuir para o ganho de peso e não são saudáveis para os cães.

Monitoramento da ingestão calórica: mantenha um registro da quantidade de ração e petiscos oferecidos diariamente. Isso pode ajudar a garantir que o cachorro não esteja consumindo mais calorias do que o recomendado.

Hidratação adequada: certifique-se de que o cão tenha acesso a água fresca e limpa em todos os momentos do dia. A hidratação é essencial para a saúde geral.

Cachorros obesos precisam de exercícios físicos

Junto com essas ações, para emagrecer, o cachorro também precisa se movimentar. Caminhadas diárias, brincadeiras no quintal ou em parques e até sessões de natação (em casos indicados) ajudam a queimar calorias e manter a mente canina ativa. Mas comece devagar! O excesso de peso pode dificultar a prática de exercícios para cachorro. Por isso, os primeiros passeios devem ser curtos e em ritmo leve, aumentando conforme a resistência do pet melhora.

Por fim, vale reforçar: nada de fazer dietas radicais ou inserir mudanças na alimentação e rotina do pet por conta própria. Um plano de emagrecimento saudável exige:

  • Controle de peso com acompanhamento veterinário
  • Avaliação física completa
  • Acompanhamento com pesagens regulares
  • Adaptações na dieta e nos exercícios conforme os resultados
  • Monitoramento de possíveis problemas de saúde relacionados à obesidade

Se o seu cachorro obeso precisa emagrecer, lembre-se: amor também é cuidado. Com paciência e persistência, seu pet pode voltar a ter energia, saúde e disposição para viver bem ao seu lado por muitos anos.

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