A obesidade canina é um problema cada vez mais comum entre os pets — e, em muitos casos, os tutores sequer percebem que o animal passou do seu peso ideal. O problema é que um cachorro obeso não é apenas um cãozinho mais “fofinho”: o excesso de peso pode deixar o animal mais propenso a desenvolver uma série de doenças graves. Além disso, o sobrepeso compromete a disposição, o bem-estar e até a expectativa de vida do pet.
A boa notícia é que, com as orientações certas e mudanças simples na rotina, dá para ajudar seu amigo de quatro patas a perder peso com saúde e segurança. Com a ajuda da médica veterinária Andresa Esteves, reunimos as principais recomendações dos especialistas sobre alimentação, ração para cachorro obeso, exercícios e cuidados essenciais para proteger a saúde do seu pet sem abrir mão do carinho e da qualidade de vida que ele merece. Confira!
Como saber se meu cachorro está obeso?
Antes de tomar qualquer atitude para ajudar um cachorro a emagrecer, é preciso reconhecer os sinais do sobrepeso canino. Um cachorro obeso geralmente apresenta:
- Dificuldade para sentir as costelas ao toque
- Acúmulo de gordura no pescoço, nas costas e na base da cauda
- Falta de cintura aparente (vista de cima)
- Cansaço fácil, até mesmo em passeios curtos
- Maior apetite e comportamento sedentário
A partir desses indícios, se você desconfia que seu cão está acima do peso, é essencial marcar uma consulta com o veterinário. Para definir um diagnóstico de obesidade canina, o especialista avalia as medidas corporais, faz uma avaliação visual e palpação, e ainda analisa o comportamento, o nível de atividade e o histórico de saúde do animal.
Além disso, o veterinário também leva em consideração o Índice de Condição Corporal (ICC). “Este é um sistema de avaliação que classifica os cães em uma escala de 1 a 9, onde 1 é extremamente magro e 9 é extremamente obeso. Um cão com um ICC de 7 ou mais é geralmente considerado obeso”, explica Andresa Esteves.
A partir dessa avaliação inicial, o médico pode solicitar exames adicionais e indicar o plano ideal para emagrecimento — que costuma incluir o uso de ração para cachorro obeso e outras alterações na rotina do animal.
Aqui, vale reforçar que todo esse cuidado com o diagnóstico da obesidade canina se deve ao fato de que ela pode ser causada por uma combinação de fatores, que incluem: alimentação excessiva ou inadequada, falta de exercício, idade, raça (algumas raças de cachorro são mais propensas à obesidade canina), problemas hormonais, condições médicas subjacentes, estresse, ansiedade e até mesmo comportamentos do tutor.
E por que cachorros obesos precisam de cuidados especiais?
A obesidade em cães pode causar ou agravar várias doenças, que afetam significativamente a qualidade de vida do animal. De acordo com a veterinária Andresa Esteves, os principais riscos à saúde associados ao sobrepeso canino incluem:
- Doenças cardiovasculares
- Diabetes mellitus
- Problemas articulares (como displasia e artrose)
- Doenças respiratórias
- Doenças hepáticas
- Problemas reprodutivos
- Problemas de pele
- Diminuição da expectativa de vida
Por isso, os cachorros obesos precisam de acompanhamento profissional para monitoração do peso e mudanças imediatas na alimentação e no estilo de vida. Isso envolve principalmente a oferta de uma dieta balanceada (adequada às necessidades calóricas do pet) e o aumento da atividade física.

Alimentação é peça-chave no tratamento do cachorro obeso
Como já deu para perceber, uma das medidas mais eficazes (e necessárias!) no combate à obesidade canina é o controle da alimentação. E o primeiro passo, segundo a veterinária Andresa Esteves, é fazer a introdução de uma ração para cachorro obeso — que seja específica para perda de peso, com menor teor calórico e maior conteúdo de fibras. Devido à sua formulação com ingredientes de alta qualidade, esses alimentos ajudam a promover a saciedade e sustentam a saúde geral do cão.
Além disso, a especialista aponta os outros cuidados necessários com a alimentação dos cachorros obesos:
Divisão das refeições: em vez de oferecer uma única refeição diária, divida a quantidade total de ração em várias refeições menores ao longo do dia. Isso pode ajudar a controlar a fome e evitar a ingestão excessiva de uma só vez.
Controle de petiscos: limite a quantidade de petiscos oferecidos, estabelecendo um limite diário que não exceda 10% da ingestão calórica total do cão. É importante também optar por petiscos que sejam especificamente rotulados como "baixos em calorias" ou "para controle de peso".
Evitar alimentos humanos: não ofereça alimentos humanos, especialmente aqueles que são ricos em gordura, açúcar ou temperos, pois podem contribuir para o ganho de peso e não são saudáveis para os cães.
Monitoramento da ingestão calórica: mantenha um registro da quantidade de ração e petiscos oferecidos diariamente. Isso pode ajudar a garantir que o cachorro não esteja consumindo mais calorias do que o recomendado.
Hidratação adequada: certifique-se de que o cão tenha acesso a água fresca e limpa em todos os momentos do dia. A hidratação é essencial para a saúde geral.
Cachorros obesos precisam de exercícios físicos
Junto com essas ações, para emagrecer, o cachorro também precisa se movimentar. Caminhadas diárias, brincadeiras no quintal ou em parques e até sessões de natação (em casos indicados) ajudam a queimar calorias e manter a mente canina ativa. Mas comece devagar! O excesso de peso pode dificultar a prática de exercícios para cachorro. Por isso, os primeiros passeios devem ser curtos e em ritmo leve, aumentando conforme a resistência do pet melhora.
Por fim, vale reforçar: nada de fazer dietas radicais ou inserir mudanças na alimentação e rotina do pet por conta própria. Um plano de emagrecimento saudável exige:
- Controle de peso com acompanhamento veterinário
- Avaliação física completa
- Acompanhamento com pesagens regulares
- Adaptações na dieta e nos exercícios conforme os resultados
- Monitoramento de possíveis problemas de saúde relacionados à obesidade
Se o seu cachorro obeso precisa emagrecer, lembre-se: amor também é cuidado. Com paciência e persistência, seu pet pode voltar a ter energia, saúde e disposição para viver bem ao seu lado por muitos anos.