O uso de cão-guia para a condução de cegos surgiu em 1920 nos Estados Unidos, mas foi apenas cerca de 30 anos depois que eles começaram a ser vistos no Brasil. Apesar do treinamento especializado ter um surgimento recente, há registros históricos de que cachorros ajudavam cegos desde a Idade Média. Ainda assim, muita gente não entende como é possível um cachorro assumir uma tarefa tão importante e até desafiadora, já que é necessário criar um vínculo muito forte entre o humano e o animal. Na verdade, é super normal o uso de cães para trabalho: o faro impecável da espécie é muito útil para situações policiais ou de salvamento.

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Mas você sabe como é feito o adestramento do cachorro que trabalhará como guia de cegos? O Patas da Casa foi atrás de respostas para entender melhor esse tipo de treinamento!

Como é o processo de treinamento do cão-guia para cegos?

Os cães-guia são animais que são selecionados a partir de alguns traços de personalidade. O adestramento de cães para a função começa quando ainda são filhotes e é feito de forma criteriosa. Quando ainda está com poucos meses de vida, o futuro cão-guia vai para um lar temporário onde aprenderá os comandos básicos de adestramento e socialização. Quando o cãozinho completa 1 ano de idade, ele é levado para um lugar especializado, algo como uma academia canina. Lá, ele passa por um rigoroso adestramento específico para cão-guia.

A terceira fase do treinamento baseia-se na adaptação do doguinho com o futuro dono. Antes da adoção final, é preciso que os dois formem uma parceria de muita confiança. Nessa fase é avaliada a habilidade para controlar o cachorro e como o humano e o pet lidam um com o outro. Tanto o animal como o possível dono podem ter personalidades diferentes e tudo deve ser levado em conta antes da escolha definitiva.


Algumas raças são mais recomendadas para o trabalho de cão-guia, Labrador é uma delas
Algumas raças são mais recomendadas para o trabalho de cão-guia, Labrador é uma delas

Cão-guia: raça pode influenciar na escolha do cachorro para o trabalho?

A personalidade é um fator importante para que um pet seja cão-guia. Por isso, a raça pode sim influenciar na escolha do animal. As raças de cachorro mais recomendadas e utilizadas para essa função são: Labrador, Golden Retriever, Pastor Alemão, Boxer e Collie. Entretanto, esse não é o único fator determinante para que o pet faça o trabalho de cachorro guia, já que cada um tem sua personalidade. Apesar dessas raças terem um comportamento dócil e tamanho adequado para a função, a individualidade de cada animal é o mais importante, como o nível de inteligência do cachorro, foco e obediência. Conforme a legislação, os cães-guia possuem acesso irrestrito a todos os lugares frequentados por seus donos, agindo literalmente como os olhos das pessoas cegas.

Quais os principais comandos que um cão-guia de cego precisa entender?

O cão-guia para cegos precisa de um adestramento específico e o entendimento de alguns comandos são essenciais. O cachorro precisa ser submetido a testes para saber reagir a sons, ambientes e mudanças climáticas. Mas você sabe quais são eles? Preparamos uma lista das 4 principais percepções de um cão-guia, explicando um pouco mais sobre cada uma. Confira abaixo:

  • Como andar: o cão-guia de cego precisa saber como se manter parado e a andar em linha reta. O pet precisa entender que deve caminhar do lado esquerdo do dono e um pouco à frente dele.

  • A duração relativa de uma ação: para que o cão guie o tutor é preciso que eles estejam em total sintonia. Ao chegar em uma escada, por exemplo, o cachorro guia precisa descer (ou subir) lentamente os degraus, em total harmonia com seu dono. O animal também deve aprender a não pular os degraus.

  • Noção de espaço: os cães-guia aprendem a andar sempre no meio da calçada. Ele também precisa aprender a desviar de obstáculos, como postes e buracos, sempre pela parte de dentro. Ou seja, o animal precisa buscar sempre espaços que caibam ele e o dono juntos.

  • Atravessar ruas: o cachorro guia precisa aprender a atravessar a rua pela faixa de pedestres. Mas além disso, quando não há faixas, o doguinho precisa ouvir os carros e abortar a travessia caso haja algum perigo.

Redação: Hyago Bandeira