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Rottweiler "cabeça de touro": o que significa e quais as principais características desse tipo de cachorro?

Publicado - 06 Junho 2025 - 14h50

Atualizado - 06 Junho 2025 - 15h45

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

O Rottweiler é uma das raças de cachorro grande mais populares no mundo, famoso por sua habilidade de ser um cachorro de serviço e de guarda. Mas você já ouviu falar no Rottweiler “cabeça de touro”? À primeira vista, essa variação da raça pode parecer mais forte e até mais imponente que outros Rottweilers, especialmente por conta de seu corpo opulento e cabeça mais avantajada.

No entanto, o Rottweiler “cabeça de touro” está longe de seguir o padrão da raça. Afinal, esse tipo de Rottweiler existe mesmo? De onde surgiu essa variação? E como ela se diferencia do Rottweiler tradicional? A seguir, explicaremos a origem desse cachorro e por que ele não é reconhecido pelas federações caninas oficiais.

O que é um Rottweiler “cabeça de touro”?

Na prática, o cachorro Rottweiler “cabeça de touro” é um exemplar que foge das características esperadas de um Rottweiler tradicional. A principal diferença está no formato da cabeça mais larga, com maxilares fortes e um focinho curto — que dá origem ao apelido “cabeça de touro”.

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Além disso, muitos desses cães apresentam um corpo mais robusto e exagerado, o que também alimenta a ideia de um Rottweiler “cabeça de touro” gigante e reforça ainda mais seu visual imponente.

Apesar de popular entre os fãs da raça e anúncios na internet, o Rottweiler “cabeça de touro” é, na visão de muitos especialistas, uma deturpação do Rottweiler legítimo — resultado de cruzamentos voltados mais para aparência do que para saúde e temperamento.

De onde surgiu o cachorro Rottweiler “cabeça de touro”?

Essa versão do Rottweiler é mais comum em criações informais, que priorizam o aspecto físico exagerado (principalmente o tamanho e a musculatura) em vez de preservar as qualidades originais da raça — como temperamento equilibrado, estrutura funcional e saúde genética.

Em muitos casos, o Rottweiler “cabeça de touro” filhote já apresenta sinais dessa seleção não oficial: cabeça desproporcional, estrutura pesada e tendência à braquicefalia (focinho encurtado). E embora sejam visualmente impactantes, essas alterações podem comprometer a saúde e o bem-estar do animal a longo prazo.

É importante ressaltar que o termo "Rottweiler cabeça de touro" não aparece em nenhum registro oficial das principais federações caninas, como a FCI (Federação Cinológica Internacional), a AKC (American Kennel Club) ou a CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia). Ou seja: essa variação não é reconhecida como legítima dentro dos padrões da raça — justamente por fugir das proporções físicas e comportamentais estabelecidas para o Rottweiler considerado original.

Cachorro da raça Rottweiler em pé em ambiente externo
Cabeça larga, focinho mais curto e corpo musculoso são características do Rottweiler “cabeça de touro”

Características do Rottweiler “cabeça de touro”

Atualmente, existem apenas dois tipos de Rottweiler reconhecidos pelas entidades oficiais: o Rottweiler Alemão (mais robusto, com estrutura física forte) e o Rottweiler Americano (geralmente mais esguio, com feições um pouco mais alongadas). O Rottweiler “cabeça de touro” acaba se aproximando mais do tipo alemão, tanto na aparência quanto no comportamento protetor.

No geral, as principais características do Rottweiler “cabeça de touro” são:

  • Cabeça larga e arredondada
  • Corpo mais musculoso e pesado
  • Focinho mais curto e levemente achatado

Para se ter uma noção, um Rottweiler “cabeça de touro” filhote demonstra essa estrutura corporal mais forte desde pequeno. A diferença visual em relação aos outros tipos de Rottweiler pode ser sutil no início, mas fica cada vez mais evidente com o crescimento.

Comportamento do Rottweiler “cabeça de touro” exige atenção

Diferente dos tipos de Rottweiler oficiais, o temperamento do Rottweiler “cabeça de touro” pode ser imprevisível — e é aí que mora uma das maiores preocupações dos especialistas. Como essa variação não segue os padrões da raça, o comportamento do cachorro Rottweiler “cabeça de touro” pode fugir das características clássicas e equilibradas do Rottweiler tradicional.

Um Rottweiler legítimo é um cão seguro, estável, protetor, inteligente e leal, com instintos de guarda controlados e boa capacidade de socialização. Já o Rottweiler “cabeça de touro”, que nem sempre passa por um controle rigoroso de criação, pode ser mais agressivo ou reativo, com pouca tolerância a estímulos e com dificuldade de socialização com outros cães ou pessoas.

Aqui, vale ressaltar que o que define o temperamento de um cão, além da criação e da socialização, é a genética. E como muitos criadores informais priorizam apenas a aparência, o equilíbrio emocional do cachorro, muitas vezes, não é considerado no cruzamento.

Claro que é possível encontrar um cachorro Rottweiler “cabeça de touro” com bom temperamento, mas não é garantia. Tudo vai depender de como foi feita a seleção genética, sua socialização desde filhote, o ambiente em que foi criado e a forma com que foi criado.

Por isso, quem busca um cão da raça Rottweiler deve sempre optar por criadores responsáveis, que respeitam os tipos de Rottweiler reconhecidos e seguem os critérios estabelecidos pelas federações caninas. E lembre-se: todo cachorro precisa de cuidados adequados, estímulos mentais e, principalmente, de um tutor responsável que saiba impor limites com amor e carinho!

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