Cachorro

Psoríase canina: veterinária explica como identificar e cuidar da doença de pele em cães

Publicado - 15 Setembro 2025 - 15h33

Atualizado - 15 Setembro 2025 - 15h43

Foto da Andresa Esteves - Médica Veterinária

Andresa Esteves / Médica Veterinária

CRMV-SP: 29.424

Médica Veterinária, Mestra em produção animal pela Universidade Camilo Castelo Branco, com foco na Nutrição de Cães e Gatos, Atualmente, atua na indústria de pet food como Representante de Informação Veterinária na Nestlé Purina.

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

Você sabia que a pele do cachorro, apesar de ficar escondida sob a pelagem, pode dar muitas pistas sobre a condição de saúde do animal? Coceira fora do normal, vermelhidão, feridinhas e descamação nem sempre são problemas passageiros e podem ter relação com várias doenças de pele que afetam os cães. Entre elas, está a psoríase canina, uma condição rara que pode causar bastante desconforto.

O Patas da Casa conversou com a médica veterinária Andresa Esteves para entender melhor esse assunto pouco conhecido no universo pet. Vamos explicar o que causa a psoríase, quais são os sintomas mais comuns e quais tratamentos podem ajudar a controlar a condição e melhorar a qualidade de vida do cachorro. Continue a leitura!

O que é psoríase em cães?

A psoríase canina é considerada uma doença autoimune em cachorro. Ela acontece quando o sistema imunológico, que deveria proteger o organismo, acaba atacando as próprias células da pele. É um processo inflamatório que resulta em lesões e descamações, deixando o pet bastante desconfortável.

De acordo com Andresa Esteves, por ser extremamente rara em cães, a maioria dos casos que se parecem com psoríase acabam sendo dermatite atópica, alergias, sarna, infecções fúngicas ou seborreia – o que reforça a importância do diagnóstico veterinário.

Na prática, ainda não se sabe qual é a causa exata da psoríase em cães, mas acredita-se que ela tenha relação com predisposição genética, alterações no sistema imunológico e até mesmo fatores ambientais. E vale destacar que ela não é uma doença contagiosa, ou seja, não passa para outros cães ou para os humanos.

Sintomas da psoríase canina

Em geral, os sintomas mais comuns da psoríase canina incluem placas ou manchas avermelhadas na pele (geralmente bem delimitadas), descamação intensa (pele ressecada, casquinhas brancas ou prateadas), espessamento da pele em áreas afetadas, feridas (principalmente no abdômen, patas, orelhas e dorso) e coceira (que pode ser discreta em alguns casos).

Médica veterinária examinando um cachorro Pastor Alemão
Ao notar qualquer alteração na pele do seu cachorro, é essencial procurar um médico veterinário

“Mas vale reforçar que esses sinais também aparecem em outras doenças muito mais comuns nos cães, por isso, somente o veterinário dermatologista pode confirmar o diagnóstico, o que é feito, geralmente, por meio de exame clínico e biópsia de pele”, aponta a médica Andresa Esteves. Portanto, ao notar esses sintomas no seu pet, leve-o a um especialista o quanto antes para uma avaliação adequada.

Como tratar a psoríase em cachorro?

Embora não exista uma cura definitiva para a psoríase (nem em humanos, nem em cães), alguns tratamentos ajudam a controlar os sintomas e melhorar o bem-estar do pet. Segundo Andresa, entre os cuidados mais indicados para esses casos estão:

  • Consulta veterinária: essencial para o diagnóstico correto
  • Banhos terapêuticos: uso de shampoos com ação hidratante, calmante ou antifúngica (sempre indicados por um profissional)
  • Hidratação da pele: feita com óleos e loções dermatológicas específicas para cães
  • Controle da coceira e inflamação: com uso de medicamentos prescritos pelo veterinário (jamais medique o cachorro por conta própria, pois qualquer tratamento deve ser individualizado e seguro)
  • Alimentação balanceada: rações de alta qualidade e suplementação com ômega-3 e ômega-6 ajudam a manter a pele saudável
  • Controle de estresse: em alguns cães, situações de estresse podem piorar crises
  • Acompanhamento frequente: por ser uma doença crônica, precisa de monitoramento contínuo

Vale destacar que a psoríase canina e outros problemas de pele em cachorro nem sempre podem ser evitados. No entanto, segundo Andresa, é totalmente possível manter a pele do pet saudável com alimentação de qualidade, higiene adequada, boa hidratação, controle de parasitas, ambiente equilibrado e consultas frequentes ao veterinário. Lembre-se: toda doença de pele em cachorro merece atenção, e quanto mais cedo for identificada, melhores são as chances de controlar os sintomas.

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