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Insuficiência renal em gatos: veterinária lista 8 coisas que tutores precisam entender sobre a doença renal crônica (DRC)

Publicado - 13 Agosto 2024 - 17h59

Atualizado - 13 Agosto 2024 - 17h59

A doença renal crônica (DRC) é uma condição que afeta vários felinos, independentemente de sexo ou faixa etária. Ela costuma evoluir gradativamente para um quadro de insuficiência renal em gatos, que é quando os rins param de funcionar por completo. Por isso, é uma doença que precisa de atenção especial.

Mas o que realmente você precisa saber sobre esse problema? Quais são os principais sintomas de doença renal crônica, como tratar e como prevenir? A médica veterinária Izadora Souza indicou 8 coisas que todo tutor de gato precisa saber sobre a patologia abaixo. Confira!

1) Doença renal crônica é mais comum em gatos idosos

A doença renal crônica pode acometer tanto animais jovens quanto mais velhos. No entanto, o quadro tende a ser mais frequente em gatos idosos por causa do envelhecimento das células renais. “Gatos mais velhos tendem a sofrer mais com a doença porque o rim vai diminuindo a função com o passar do tempo”, alerta Izadora.

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2) Genética pode influenciar no surgimento da doença renal crônica

De acordo com a médica veterinária, existem animais predispostos geneticamente a ter doença renal crônica. É por isso que alguns bichanos acabam desenvolvendo esse problema desde cedo, e não necessariamente só na terceira idade.

Algumas das raças que têm maior predisposição genética para sofrer com a doença renal crônica (ou insuficiência renal em gatos) são o gato Persa, Siamês, Ragdoll e Maine Coon.

3) Hidratação felina é uma das principais medidas preventivas contra a doença

“Aumentar a ingestão de água dos gatos (como, por exemplo, por meio da alimentação úmida) é uma das formas de retardar o aparecimento da doença,  principalmente doença renal crônica secundária”, explica a profissional.

Ou seja, esse é um dos principais meios de tentar prevenir a doença (ainda que isso não garanta totalmente que o bichano não vá desenvolver problemas renais em algum momento). Por isso, é sempre indicado disponibilizar fontes de águas para gatos e investir bastante nos sachês, que são ricos em água e incentivam a hidratação felina.

4) Check-ups regulares ajudam a detectar um gato renal

Consultar frequentemente um veterinário de confiança para checar como anda a saúde do gato é um dos principais cuidados que você deve ter com o seu amigo. “Quando o paciente apresenta alterações clínicas e laboratoriais, mais  de 75% do rim já foi afetado, então é importante fazer um check-up geral e também específico”, adverte Izadora.

Conforme a médica veterinária orienta, a recomendação é fazer um check-up anual com exame de sangue (inclusive específicos, como SDMA) e de imagem para animais abaixo de 7 anos, e um check-up semestral para gatos acima de 7 anos.

gato cinza comendo pote de sachê
Para evitar um gato renal, é indicado estimular a hidratação do pet com sachês 

5) Os sintomas de doença renal crônica precisam de atenção

A doença renal crônica costuma chamar a atenção somente quando já está em um estado mais avançado. No entanto, de acordo com a dra. Izadora, existem alguns sinais que devem servir de alerta para o tutor, como prostração, perda de peso, perda de apetite, vômitos, diarreia e forte odor na boca.

Ainda assim, os check-ups cumprem um papel importante nisso tudo. Esperar o surgimento dos primeiros sintomas de fase terminal de insuficiência renal em gatos pode ser ainda pior

6) A doença renal crônica é progressiva

O que mais assusta a maioria dos tutores é que a doença renal crônica pode evoluir rapidamente se não houver um diagnóstico precoce e tratamento adequado. Existe uma explicação para isso: “A doença é progressiva e incurável. O rim é um órgão que não se regenera.”

Ainda assim, é importante ter em mente que é melhor descobrir e tentar tratar o animal, proporcionando uma melhor qualidade de vida durante esse tempo, do que esperar os sintomas de fase terminal de insuficiência renal em gatos surgirem.

7) O gato renal pode precisar de fluidoterapia

A fluidoterapia é uma das técnicas mais utilizadas no tratamento do gato renal crônico. “Técnicas de manejo como fluidoterapia e até diálise são consideradas como tentativa de diminuir as taxas renais”, explica a médica veterinária.

Vale lembrar que esse é apenas um tratamento de suporte, já que a doença renal crônica não tem cura. A fluidoterapia tem como objetivo regular a quantidade de água e eletrólitos no corpo, melhorando a hidratação do organismo do pet.

8) A ração para gato renal é uma aliada do pet

Existem diferentes tipos de ração para gatos, e algumas delas são específicas para certas condições de saúde. É o que acontece com a ração renal para gatos que, segundo Izadora, auxilia em uma nutrição terapêutica e por isso é uma das técnicas de manejo de pacientes renais.

A ração para gato renal utiliza proteínas de alta qualidade e digestibilidade, além de ter o teor de fósforo reduzido (um dos maiores vilões da doença renal crônica). Para completar, o alimento costuma ser enriquecido com ômega 3 e vitaminas do complexo B.

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