O comportamento canino é moldado por diferentes fatores como raça, histórico do animal e tipo de criação que ele teve. O problema é que às vezes alguns hábitos que parecem inofensivos podem ser um grande sinal de alerta para transtornos psicológicos, indicando um cachorro com ansiedade, estressado ou até depressivo. A seguir, confira uma atitude que muitas vezes passa despercebida pelos tutores, mas que é um ‘pedido de ajuda’ do pet!
Observar o comportamento do cachorro é sempre muito importante
Todo tutor precisa conhecer a fundo a personalidade e o temperamento do seu animal de estimação para saber quando há algo de errado com ele. Um cachorro medroso, por exemplo, costuma evitar contato físico com as pessoas e precisa de um lento processo de socialização para melhorar esse aspecto.
Por outro lado, existe um comportamento típico dos cães que deveria servir de alerta, mas que é ignorado por muita gente: o estado de alerta constante. Quando o animal está sempre observando tudo que acontece ao redor, como se fosse algo compulsivo, pode significar que seu pet precisa de ajuda. Nesses casos, esse estado de alerta costuma se manifestar, principalmente, por meio de latidos excessivos.
O cachorro que late muito e está sempre em estado de alerta precisa de atenção
Os latidos de cachorro fazem parte da comunicação canina. Então não tem jeito: seu cãozinho sempre vai latir, seja para expressar uma necessidade ou para apontar um incômodo. O grande problema é quando esses latidos se tornam excessivos na rotina e vêm acompanhados de um constante estado de alerta, como se tudo fosse um gatilho para o pet.
Quando isso acontece, é bem provável que o motivo por trás do comportamento seja um cachorro com ansiedade. Esse transtorno não é exclusividade dos humanos, e é mais comum do que imaginamos nos cães.

O tipo de ansiedade em cachorro mais conhecido é a ansiedade de separação, mas vários outros fatores podem levar um cãozinho a ficar ansioso no dia a dia. Falta de exercícios físicos, poucos estímulos mentais e até barulhos muito altos — como o som de fogos de artifício — podem causar esse transtorno no seu amigo de quatro patas.
O cachorro com ansiedade também pode manifestar outros sintomas
Não é comum ver uma ‘crise de ansiedade em cachorro’ igual vemos nos humanos, mas quando falamos de um cachorro ansioso, sintomas não passam despercebidos. Os próprios latidos em excesso já são um sinal do problema. Mas não se engane! Também existem vários outros sintomas de ansiedade em cachorro que precisam de atenção, como:
- Lambedura excessiva
- Queda de pelos
- Hiperatividade
- Comportamento destrutivo
- Automutilação
- Tremores
- Medo exagerado
- Agressividade
- Uivos
Se notar a persistência de um ou mais sinais indicados acima, é bem provável que você tenha um cachorro com ansiedade dentro de casa. Como esse é um transtorno psicológico delicado, recomenda-se buscar a orientação de um médico veterinário de confiança nessas horas, preferencialmente especializado em comportamento animal.
Como lidar com um cachorro ansioso?
Existem muitas maneiras de lidar com um cachorro com ansiedade. O primeiro passo é identificar quais são os gatilhos que deixam aquele animal ansioso para, então, agir. Se for um cachorro com medo de fogos ou de chuva, por exemplo, existem várias alternativas que ajudam a acalmar o pet diante dessas situações, como a técnica do tellington touch e a dessensibilização auditiva.
Por outro lado, se for um cachorro com ansiedade de separação, é importante incentivar a independência do pet na sua ausência. Você pode fazer isso passeando com o animal antes de sair de casa — o que vai deixá-lo cansado e com menos chances de ficar ansioso — ou até apostar em brinquedos para cachorro ansioso. Os brinquedos interativos, como a bolinha recheada e o quebra-cabeças, são ótimos para isso, entretendo e estimulando o cãozinho mentalmente e fisicamente.
Em todo caso, recomenda-se conversar com um profissional da área para saber como conduzir a situação da melhor maneira possível. Há casos em que o animal pode precisar de medicamentos específicos para melhorar, como um calmante para cachorro, dependendo do nível de ansiedade do pet. No entanto, tudo isso deve ser acompanhado de perto por um especialista — até mesmo porque a automedicação pode ser muito perigosa e até colocar em risco a saúde canina.