Você sabe o que é esporotricose? De fácil contaminação, a esporotricose felina é uma doença causada por fungos do gênero Sporothrix, que estão presentes no solo e na vegetação. A principal característica da doença são as feridas por todo corpo. Ela pode afetar diversas espécies de animais e a infecção nos gatos costuma ser muito comum. A esporotricose em gatos é grave, porém cercada de mitos sobre a transmissão e tratamento. Para tirar todas as dúvidas sobre a esporotricose felina, o Patas da Casa reuniu 10 mitos e verdades sobre o problema de saúde. Dá só uma olhada!
1) Existe esporotricose humana?
Verdade! A esporotricose é uma zoonose e pode ser transmitida dos gatos para os humanos. “A transmissão geralmente acontece do animal para o homem através de arranhadura ou mordedura de um gato contaminado em um ser humano saudável”, explica o médico veterinário Roberto dos Santos. Além disso, os seres humanos podem contrair a doença ao realizar atividades de jardinagem sem luvas, sem necessariamente ter contato com um gato.
2) Esporotricose: gato contaminado precisa ficar isolado?
Verdade! A esporotricose felina é uma doença altamente contagiosa. Por isso, assim que o felino recebe o diagnóstico, ele deve ser mantido em uma caixa de transporte, gaiolinha ou um cômodo para receber o tratamento adequado. Esse cuidado é necessário não só para a saúde do animal doente, como também para que a doença não seja disseminada para outros gatos, ou até mesmo para os tutores.
3) Gato com esporotricose felina precisa ser sacrificado?
Mito! A esporotricose em gatos não é uma doença que precisa utilizar a eutanásia para resolver o problema. O sacrifício do animal só é recorrido em casos muito específicos, onde não é encontrado outro tipo de solução. Na grande maioria das vezes o gatinho não precisa ser sacrificado após o diagnóstico de esporotricose.
4) Esporotricose em gatos pode ser transmitida pela serragem na caixa de areia?
Mito! Por se tratar de uma doença fúngica que se manifesta a partir do contato com árvores, vegetação e madeiras infectadas, muitos tutores acreditam que o uso de pó de serra (serragem) na caixa de areia pode ser perigoso. Quando esse tipo de areia para gatos é industrializado e tratado não existem riscos de contaminação da doença.


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5) Doença do gato: esporotricose não tem cura?
Mito! Apesar de ser uma doença grave, a esporotricose tem tratamento e o felino diagnosticado pode se recuperar quando as recomendações e cuidados são seguidos rigorosamente. Além do isolamento, existem outras responsabilidades que o tutor deve seguir. “Os antifúngicos da esporotricose não podem ser genéricos e não podem ser manipulados porque esses medicamentos são muito sensíveis à manipulação e ao controle de temperatura. O tratamento é longo, entre 1 e 3 meses”, explica o especialista Roberto. Por isso, nada de procurar por pomada para esporotricose em gatos sem consultar um profissional, viu?!
6) Esporotricose: tratamento da doença precisa continuar após lesões desaparecem?
Verdade! Mesmo depois que o gato esteja curado clinicamente, o tratamento deve se estender por mais 1 mês. Apesar de ser agoniante ver nosso gatinho restrito a um ambiente, esse cuidado é necessário para que não ocorra uma reinfecção, o que pode alongar ainda mais o tempo em que o animal ficará isolado.
7) Criação indoor é uma maneira de evitar a esporotricose?
Verdade! Os gatos criados sem acesso à rua estarão sendo prevenidos da esporotricose. Isso porque, esses animais terão menos chances de contrair essa doença pelo solo e vegetação contaminada, assim como pela briga e contato com outros gatos. Por isso, a criação indoor é sempre a melhor opção.
8) A esporotricose felina é uma doença difícil de ser detectada?
Mito! Os sintomas da esporotricose em gatos são facilmente percebidos pelos tutores. A doença se manifesta por meio de úlceras e feridas hemorrágicas presentes por todo corpo. Basta pesquisar “doença de gato esporotricose fotos” para perceber como o problema de saúde é perceptível. Apesar disso, existe a incidência de casos de gatos que carregam o fungo nas unhas e não apresentam os sinais cutâneos por um certo tempo. Porém, esses casos não costumam ser comuns.
9) Gato com esporotricose só vai transmitir a doença caso morda ou arranhe o humano saudável?
Mito! O felino diagnosticado com esporotricose, além de ficar isolado, só poderá ser manipulado por uma pessoa e sempre com luvas. A doença pode ser transmitida mesmo que o gato não arranhe ou morda o humano saudável. Os cuidados são extremamente necessários para evitar a contaminação.
10) Gata com esporotricose transmite a doença para seus filhotes via transplacentária?
Mito! Não existem incidências de transmissão via transplacentária. Entretanto, o filhote de gato pode se contaminar por ter contato com a mãe doente. Isso pode, inclusive, prejudicar a amamentação dos filhotes. Por isso, o ideal é que um médico veterinário acompanhe o caso para dar as recomendações mais adequadas.
Redação: Hyago Bandeira
