Ter um cachorro em casa é uma das experiências mais gratificantes que uma pessoa pode viver. Além de encher o ambiente de alegria, o pet se torna parte da rotina e da família, oferecendo amor, companhia e lealdade. Porém, antes de trazer um cãozinho para o lar, muitos tutores podem ficar na dúvida se é melhor ter cachorro fêmea ou macho.
A resposta depende de vários fatores, já que ambos têm comportamentos e necessidades específicas que podem influenciar na convivência e nos cuidados diários. Por isso, é muito importante conhecer as particularidades de cada gênero canino para descobrir qual deles pode se adaptar mais ao seu estilo de vida. E é isso que vamos explorar a seguir!
Diferenças de comportamento entre cachorro macho e fêmea
O comportamento canino pode variar bastante conforme o gênero, mas também depende da raça, do ambiente e da forma como o pet é criado. De modo geral, o cachorro macho costuma ser mais ativo, brincalhão e territorialista, tanto que é comum que ele tente marcar território levantando a pata para urinar, especialmente se não for castrado. Machos também podem disputar espaço e atenção, o que os torna mais competitivos com outros cães.
Já as fêmeas tendem a ser mais tranquilas e apegadas, demonstrando maior sensibilidade e um instinto protetor natural, principalmente se tiverem filhotes. Além disso, durante o cio, elas podem apresentar mudanças de humor, ficando mais carentes ou irritadas. Fêmeas também costumam criar laços afetivos mais fortes com os tutores e, por isso, podem ser mais receptivas a treinos de obediência e rotinas domésticas.
Outro ponto importante é a conduta social dos cães. Machos geralmente se adaptam melhor a famílias mais dinâmicas, que gostam de passeios e brincadeiras ao ar livre. As fêmeas, por serem mais observadoras e calmas, se ajustam facilmente a ambientes menores, como apartamentos. No entanto, isso não é uma regra, pois também existem machos extremamente tranquilos e fêmeas cheias de energia.
Em relação à convivência com outros cães, os machos não castrados podem demonstrar mais dominância, especialmente na presença de outros machos. As fêmeas, por sua vez, podem entrar em conflito com outras fêmeas apenas durante o cio, mas costumam ser mais sociáveis fora desse período.

Cuidados e particularidades de cada gênero
Além das diferenças de comportamento, os machos e as fêmeas também apresentam particularidades físicas e necessidades específicas de cuidado. Nas fêmeas, o principal ponto de atenção é o ciclo reprodutivo. O cio da cadela ocorre, em média, duas vezes por ano e pode durar de 10 a 15 dias.
Nesse período, é comum observar pequenas perdas de sangue e mudanças de comportamento – sem contar que elas acabam atraindo os machos pelo cheiro, o que exige mais cuidado nos passeios e na convivência com outros cães.
Geralmente, a castração de cadela é recomendada justamente para evitar gestações indesejadas e reduzir significativamente o risco de doenças como piometra (infecção uterina grave) e tumores de mama. Uma vez castradas, as fêmeas também tendem a manter um comportamento ainda mais estável e uma rotina mais previsível.
Da mesma forma que acontece com as fêmeas, a castração de cachorro macho também pode ser muito positiva. Isso porque o procedimento ajuda a controlar comportamentos agressivos, disputas com outros cães e tentativas de fuga em busca de fêmeas. A cirurgia ainda reduz o risco de problemas na próstata e de tumores nos testículos.
Machos e fêmeas podem ter necessidades diferentes com a alimentação e a higiene
Outro ponto a se considerar é a manutenção do peso e da energia. Machos, em geral, têm metabolismo mais acelerado e podem precisar de uma dieta ligeiramente mais calórica, especialmente se forem muito ativos. Já as fêmeas, após a castração, podem apresentar tendência ao ganho de peso, precisando de atenção com a alimentação e com a prática regular de exercícios.
Em relação à higiene e manejo, as fêmeas demandam mais cuidado principalmente durante o cio, enquanto os machos podem dar mais trabalho na fase jovem, quando estão descobrindo limites e aprendendo a controlar os impulsos de marcação. Em ambos os casos, acompanhamento veterinário periódico, vacinação em dia e alimentação balanceada são essenciais para manter o equilíbrio e o bem-estar do animal.
Então, qual é melhor: macho ou fêmea?
Na verdade, não existe uma resposta única para essa pergunta. Tanto cachorros machos quanto fêmeas podem ser ótimos companheiros, desde que o tutor conheça suas particularidades e esteja disposto a oferecer os cuidados necessários. O importante é entender que cada pet tem sua própria personalidade e que a escolha deve ser feita com responsabilidade e amor.