Resolver adotar um gato filhote é sempre uma grande aventura. Os filhotes preenchem qualquer ambiente com muita alegria e amor. Mas, além de aprender como cuidar de gatos filhotes, quem já tem um gato adulto ou idoso em casa precisa pensar muito bem em como introduzir o novo membro na família. O processo de adaptação nem sempre é fácil, e é fundamental saber como conduzir essa apresentação da melhor forma possível, respeitando o espaço de cada um e torcendo para que eles se deem bem. Para te guiar nessa missão, o Patas da Casa entrevistou quatro tutores que passaram por essa situação. Veja as dicas valiosas que eles deram!
Paciência é fundamental na hora de apresentar gatos filhotes a adultos
Um é pouco, dois é bom e três é melhor ainda! A tutora Vitória Studart levou a gata Chica para casa com apenas dois meses de idade, enquanto já tinha outras duas gatas com mais de 10 anos, Cléo e Lola. “Quando a Chica chegou, deixamos ela dentro de um quarto por um dia e aos poucos fomos abrindo espaço pros outros bichinhos da casa. O processo de adaptação foi tranquilo, e aos poucos a Cléo e a Lola foram se acostumando com a nova integrante”, conta. No entanto, isso não quer dizer que as três gatinhas são muito amigas - na realidade, elas raramente ficam juntas, e cada uma dorme em um canto, segundo a tutora. Sobre o processo de adaptação, Vitória reflete: “Acho que ter paciência é fundamental, e é importante ter tempo pra ficar perto deles durante essa adaptação e dar muito carinho pro gato adulto, que às vezes se sente rejeitado”.
É importante criar um ambiente seguro para ambos os gatos
No caso de Dyogo Botelho, o desafio foi introduzir a nova gatinha, Kaelian, no dia a dia de um gato idoso, que era o Merlyn. Como o gato mais velho nunca tinha convivido com nenhum outro animal da mesma espécie, o principal cuidado que Dyogo teve nessa apresentação foi proporcionar um ambiente em que os felinos se sentissem seguros e confortáveis, com a presença de toda a família. Ainda assim, a adaptação não foi exatamente fácil: “O Merlyn rejeitou muito a presença do novo membro e se isolou em cima da geladeira por um bom tempo. Tivemos até que colocar comida pra ele lá, já que não descia para se alimentar”.
Mas depois desse tempinho de isolamento vivendo nas alturas, a convivência entre o gato idoso e a nova gatinha melhorou bastante. “Como todo filhote, a Kaelian tinha muita energia para brincar e perturbava um pouco o Merlyn, mas ele impôs o limite dele e aos poucos eles foram se entendendo e respeitando os espaços dentro da casa”, relembra Dyogo, que completa: “Com bastante afeto e sem forçar nada, tudo vai dar certo”.



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Conheça a personalidade do seu gato adulto
Na hora de apresentar o gato filhote Cafuné para a gata adulta Bleach, a Julia Afonso foi muito cautelosa: “Ele ficou uma semana em um quarto sem poder andar pela casa nem nada para que a Bleach pudesse se acostumar com o cheiro e entender que tinha a presença de outro gato na casa”. Após algumas pesquisas na internet, a tutora decidiu colocar o pote de comida dos gatos bem próximos, mas com uma porta separando. Assim, eles podiam comer juntos e sentindo o cheiro um do outro. “Depois de uma semana, soltei o Cafuné pela casa”, conta.
Contudo, o processo de adaptação dos gatos da Julia também não foi tão tranquilo: “A Bleach nunca foi muito chegada a outros animais. Das vezes que eu a levava no veterinário, se tivesse outro gato por perto ela começava a reclamar. Então quando o Cafuné chegou, ela bufava e ameaçava atacar, mas nunca atacou de verdade. Foi meio estressante para os dois”. Hoje, a relação entre os gatinhos está bem melhor. Embora não sejam melhores amigos, eles definitivamente se entendem e respeitam o espaço do outro. “Acho que ela meio que dita as regras da casa, e ele só obedece”. Para ajudar nessa jornada, a tutora revela que a melhor dica é conhecer a personalidade do seu gato adulto (já que o filhote ainda não tem essa parte totalmente formada ainda): “É importante saber se ele é tranquilo com outros gatos ou não para fazer com que seja menos estressante possível para os dois”.
A castração é importante para evitar o territorialismo
A Maria Clara Beta foi muito corajosa ao adotar um filhote de gato no Rio de Janeiro, a quem deu o nome de Jorginho. Ela levou o novo "filho" para conhecer o gatinho Lorde, que já era da família. O filhote ficou apavorado e vivia se escondendo debaixo da cama e dentro de gavetas. Já o Lorde, que era o gato adulto da casa, foi bastante educado e elegante, e estava curioso para conhecer o novo membro. “Com o tempo, o Jorginho foi saindo do esconderijo e ganhando espaço na casa. Eles foram se cheirando, se conhecendo e em pouco tempo formaram uma linda amizade”.
Sobre a adaptação, Maria Clara não teve nenhuma dor de cabeça: “Mesmo sendo gatos machos, foi bem tranquilo. O Lorde era castrado, e o Jorginho eu castrei bem cedo, antes mesmo de fazer um ano de idade para não ter nenhum problema de adaptação, de ficar querendo marcar território”. No geral, a tutora acredita que essa decisão foi boa para todo mundo porque, segundo ela, o Lorde ficou feliz de ter companhia e o Jorginho ficou feliz de ter uma casa. “A relação deles é super engraçada. O Jorginho já tá aqui há dois anos com a gente, e eles são amigos. O Lorde é mais quieto, e o outro é mais brincalhão e atrapalhado. Eles se lambem, dormem juntos e se fazem companhia quando a gente está fora”.
Além da castração, que foi algo bem importante para facilitar a adaptação do gato filhote com o gato adulto, Maria Clara ressalta que é importante se preparar financeiramente para ter mais um gatinho. “Mas também você deve se preparar pra ter o dobro de amor, felicidade, diversão e carinho na sua vida”, completa.
Redação: Juliana Melo
