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Cachorro com dor de ouvido frequente: o que fazer quando o tratamento comum não funciona?

Publicado - 30 Setembro 2025 - 23h59

Atualizado - 01 Outubro 2025 - 00h14

Foto da Aglaia Trindade - Médica Veterinária

Aglaia Trindade / Médica Veterinária

CRMV-SP: 17.141

Médica Veterinária formada pela UMESP( Universidade Metodista de SP) há 22 anos. Pós graduada em clinica médica de pequenos animais pela UNIP (Universidade paulista). Trabalhei por 10 anos em clínica de pequenos animais e há 12 anos estou na área comercial e técnica da área vet. Já passei por indústrias de medicamentos e de nutrição animal,e atualmente trabalho na Nestle Purina como RIV (representante de informação veterinária).

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

A dor de ouvido em cães é um problema relativamente comum, que pode afetar desde filhotes até animais adultos, muitas vezes provocado pela otite canina. Embora seja tratável, esse quadro pode se tornar frequente se não for devidamente controlado ou então quando a causa por trás da inflamação não é bem diagnosticada.

Por isso, é muito importante saber reconhecer um cachorro com dor de ouvido e buscar ajuda especializada o quanto antes. Para esclarecer melhor esse assunto e ajudar os tutores a cuidarem de seus pets, conversamos com a médica veterinária Aglaia Trindade que explica exatamente como cuidar de um cão com dor de ouvido frequente. Confira!

Por que alguns cachorros têm dor de ouvido com frequência?

A otite canina é a principal causa da dor de ouvido em cães e ela pode ter diferentes origens. Em alguns animais, o problema se torna frequente devido a fatores específicos. Raças de cachorro com orelhas grandes e caídas, como Cocker Spaniel, Basset e Beagle, por exemplo, acumulam mais umidade e sujeira nessa região, favorecendo inflamações repetidas. A predisposição genética também exerce influência, já que certos cães produzem mais cerúmen ou têm pele mais sensível.

Além disso, alergias alimentares e dermatite atópica canina estão entre as condições que provocam inflamações constantes. Mas não para por aí! Parasitas como ácaros e pulgas também podem desencadear irritação nas orelhas do cachorro, enquanto banhos frequentes, clima úmido e contato com a água aumentam o risco de proliferação de fungos e bactérias nos ouvidos, favorecendo a otite.

Portanto, quando o cachorro apresenta episódios recorrentes de dor de ouvido, é fundamental investigar a causa primária para conseguir controlar o quadro.  “A maioria dos casos de recidivas de otites em cães se dá justamente pelo fato de um diagnóstico não conclusivo ou até mesmo errado, onde as causas não são solucionadas e, com isso, o animal sempre desenvolve o mesmo problema”, explica a veterinária Aglaia Trindade.

Como saber se o cachorro está com dor de ouvido?

Os sinais de dor de ouvido em cães podem variar de leves a mais intensos, mas costumam incluir: mau cheiro vindo do ouvido; secreção amarelada, marrom ou escura; vermelhidão e inchaço no canal auditivo; sensibilidade ao toque; e mudança de comportamento, como apatia ou irritabilidade. Nesses casos, o cachorro também costuma coçar a orelha repetidamente e balançar a cabeça com frequência.

Tutor limpando a orelha de cachorro vira-lata
Manter a higiene adequada das orelhas do cachorro é essencial para prevenir a otite canina

Como cuidar de um cachorro com dor de ouvido frequente?

De acordo com Aglaia Trindade, um cachorro com dor de ouvido frequente exige atenção, paciência e, principalmente, acompanhamento veterinário, pois a dor pode estar associada a diversos problemas. “Então, a primeira coisa a se fazer é buscar um diagnóstico correto, para que se descubra a real causa da otite e, assim, aplicar o tratamento adequado”, acrescenta a especialista.

Muitas vezes, o tratamento da dor de ouvido em cães exige exames complementares, uso prolongado de antibióticos, antifúngicos ou até mudanças na dieta. Junto com essas estratégias, uma rotina de higiene adequada dos ouvidos também pode ajudar bastante a controlar o problema e reduzir a frequência das inflamações.

Como limpar ouvido de cachorro com otite

A limpeza do ouvido do cachorro deve ser feita de forma delicada e sempre com produtos indicados pelo veterinário. Esse cuidado deve ser feito apenas com orientação profissional, já que a higiene inadequada pode agravar a inflamação. Em geral, o passo a passo mais seguro inclui:

  1. Aplicar a solução de limpeza específica para cães diretamente no canal auditivo
  2. Massagear suavemente a base da orelha para ajudar a soltar a sujeira
  3. Deixar que o cachorro balance a cabeça para expelir o excesso de líquido
  4. Remover o que sair com algodão ou gaze, nunca usando hastes flexíveis

Como prevenir a dor de ouvido em cães?

Para evitar que a otite canina se torne um problema recorrente, a prevenção é o melhor caminho. Segundo Aglaia Trindade, manter a higiene das orelhas do pet em dia é essencial, sempre utilizando produtos próprios e recomendados por veterinários. Além disso, após banhos ou momentos de contato com água, é importante secar bem a região para impedir o acúmulo de umidade que favorece a proliferação de microrganismos nocivos.

A alimentação equilibrada também desempenha um papel importante nesse processo, já que fortalece o sistema imunológico e ajuda o organismo canino a reagir melhor contra inflamações. E lembre-se: consultas regulares com o veterinário permitem identificar precocemente qualquer alteração no canal auditivo e agir antes que o quadro se agrave. Com esses cuidados simples, é possível reduzir significativamente os episódios de dor de ouvido em cães e garantir mais bem-estar e qualidade de vida ao pet.

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