O antibiótico para gatos é um medicamento que deve ser utilizado apenas com prescrição médica. Assim como acontece com a versão para humanos e cachorros, o efeito dele só é garantido depois que o tratamento é completamente finalizado. Mesmo que essa informação seja de senso comum, muita gente ainda tem dúvidas sobre o funcionamento dos antibióticos para gatos e em quais casos eles são realmente necessários. Para esclarecer algumas dúvidas, sobre esse tipo de remédio, nós conversamos com a Fernanda Pereira Risoli, médica veterinária do Grupo Vet Popular. Dá uma olhada!
O antibiótico para gatos é receitado em casos específicos
Por ser um medicamento tão restrito e controlado — você não consegue comprar se não apresentar a receita do veterinário —, o antibiótico não costuma ser prescrito com frequência. Outra razão para isso acontecer é que o seu efeito é restrito a situações específicas. Olha só o que a Fernanda explicou: “Os antibióticos são prescritos quase em sua totalidade em processos infecciosos, com objetivo de tratamento para infecções internas e externas de origem bacteriana. Porém, eles também podem ser usados para evitar contaminações secundárias em inflamações/infecções de outra origem (o antibiótico para gato com ferida entra nesse caso, por exemplo). Ele também pode ser receitado após a realização de procedimentos cirúrgicos de tecidos moles e ortopédicos”.
Como o antibiótico para gatos age no corpo do animal?
Para saber por que é tão importante seguir o tratamento com antibiótico para gatos no seu animal tão à risca — mesmo quando os sinais de melhora começam a aparecer —, você precisa entender como o medicamento age no corpo do animal. “Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por micro-organismos (fungos, bactérias, actinomicetos)”, conta Fernanda. Ela continua: “Essas substâncias são capazes de destruir ou impedir o crescimento dos micro-organismos causadores das doenças. Eles são divididos em duas classes:
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Bactericidas, que são capazes de provocar a morte do agente infeccioso, independentemente do estado imunológico do organismo e, por isso, são indicadas com mais frequência;
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Bacteriostáticos, que não eliminam o agente que causa a doença, apenas o inibem, não permitindo a evolução do estado infeccioso. A eliminação do microrganismo depende da competência da defesa do organismo doente”.

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Prevenir o uso de antibióticos para gatos é possível
Mesmo que não aconteça em todos os casos, é importante ressaltar que a manutenção da saúde do seu animal por meio de uma carteira de vacinação sempre em dia é uma das formas de evitar o uso de antibióticos com frequência no seu amigo. Uma delas é a cinomose: o tratamento com antibiótico, nesse caso, age nas infecções secundárias causadas pela doença. "Por mais que apresentem alguma forma de manifestação das doenças incluídas na imunização, em pacientes vacinados elas tendem a acontecer de maneira branda, sem necessidade de tratamento prolongado ou invasivo na maioria dos casos*, conta Fernanda.
Conheça algumas doenças que costumam ser tratadas com o uso de antibiótico para gato
Como as infecções causadas por bactérias podem acontecer em qualquer parte do corpo do animal, o mercado farmacêutico conta com uma grande variedade de antibióticos disponíveis. A prescrição, geralmente, leva em consideração os medicamentos que o animal já usou e seu estado de saúde no momento, já que não é comum que o mesmo antibiótico seja usado mais de uma vez. Ainda assim, Fernanda nos contou que existem áreas com uma predisposição maior ao tratamento com antibiótico: “doenças do trato urinário, gastrointestinal, respiratório, cutâneo e anexos tendem a ser tratadas com este tipo de medicamentos”. Além da cinomose, já citada acima, existem outras doenças comuns que costumam necessitar dos antibióticos:
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Antibiótico para otite felina: assim como acontece com os cachorros, a otite felina é pode ser causada por uma série de razões incluindo a ação de bactérias. Por isso, o tratamento com antibiótico só deve ser iniciado com a indicação do veterinário, depois da confirmação das causas da doença;
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Gripe felina: antibiótico serve para combater a bordetella bronchiseptica, a clamydofila felis e a mycoplasma, as três bactérias que podem causar a doença. Assim como a otite, ela pode ter outras causas e o uso de antibióticos deve ser iniciado só depois da confirmação do diagnóstico;
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Antibiótico para doença do carrapato: a erliquiose felina é causada por uma bactéria e, assim como acontece com os cachorros, ataca e enfraquece o sistema imunológico do animal. Consequentemente, isso faz com que o gato contraia outras doenças: o antibiótico desacelera a ação da bactéria principal e facilita o processo de controle da doença.
Redação: Ariel Cristina Borges
