Gato

Se seu gato vomita mais de 2 vezes ao mês, pode ser um sinal de alerta – veterinária explica quando se preocupar

Publicado - 03 Junho 2025 - 10h30

Atualizado - 03 Junho 2025 - 10h36

Foto da Tatiana De Vita - Médica veterinária

Tatiana De Vita / Médica veterinária

CRMV - 44465

Médica Veterinária formada pela FMVZ - USP

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

Você já se acostumou a ver seu gato vomitando de vez em quando e acha que isso é “normal”? Pois saiba que, apesar de muitos tutores pensarem que o vômito faz parte da rotina felina, isso nem sempre é verdade. De acordo com especialistas, se o gato vomita mais de duas vezes por mês, é hora de ligar o sinal de alerta.

É claro que nem todo episódio de vômito é motivo de desespero. Às vezes, o animal só está eliminando bolas de pelo. Mas quando o gato vomita ração com frequência ou você percebe seu gato vomitando amarelo, o corpo dele pode estar tentando dizer alguma coisa — e você precisa ouvir!

Com a ajuda da médica veterinária Tatiana Vita, você vai entender o que alguns tipos de vômito em gatos podem indicar e quando realmente é hora de se preocupar e levar seu pet ao veterinário. Continue a leitura e entenda os sinais que não devem ser ignorados ao ver seu gato vomitando.

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Quando o vômito do gato é normal e quando se preocupar?

Antes de mais nada, é preciso ter em mente que alguns episódios de gato vomitando podem ser considerados normais, especialmente se forem isolados. Isso pode acontecer, por exemplo, quando o animal come rápido demais ou está se livrando de bolas de pelo.

“Porém, quando os vômitos começam a ser frequentes e vêm acompanhados de outros sintomas (como perda de apetite, perda de peso e diarreia) ou surgiram a partir de um novo manejo (troca da alimentação, petisco novo ou brinquedo novo), eles se tornam sinais de alerta para o tutor”, explica a veterinária Tatiana Vita.

Além disso, segundo a médica, é preciso ficar de olho no aspecto do vômito — que pode revelar muitas coisas sobre a saúde do animal. “De acordo com seu conteúdo, volume e frequência, ele pode indicar diferentes condições de saúde”, acrescenta.

Possíveis causas por trás do gato vomitando com frequência

A médica veterinária explica que são diversas as causas que podem levar um gato a vomitar mais de duas vezes ao mês. Entre elas, estão bolas de pelos, intolerância alimentar, ingestão de objetos, pancreatite e infecções.

  • O vômito de bolas de pelos é o mais comum e pode ser considerado natural após a ingestão da pelagem — como consequência da lambedura dos gatos, que utilizam a língua como ferramenta para sua higiene.
  • Já os casos de gato vomitando amarelo podem indicar presença de bile em excesso no estômago, sugerindo estômago vazio, problemas hepáticos ou renais, ingestão de corpos estranhos, entre outras causas.
  • Gato vomitando espuma branca pode ser sinal de gastrite, estômago vazio por muito tempo ou até mesmo estresse, enquanto que o vômito marrom ou com a presença de sangue pode sugerir lesão no estômago, como úlceras ou lesões por corpos estranhos, segundo a veterinária.
  • Há ainda as situações do gato vomitando ração logo após comer. Esses episódios costumam indicar que o animal está comendo rápido demais, mas também podem sinalizar intolerância alimentar, alergias ou doenças digestivas.

A relação entre os vômitos a alimentação do seu gato

A alimentação pode ser diretamente responsável pelo vômito dos gatos ou até pela resolução deles, de acordo com Tatiana Vita. “Alguns animais apresentam sensibilidade e intolerância a ingredientes específicos. Nesses casos, o veterinário conseguirá identificar e indicar uma alimentação específica. Mudanças bruscas de alimentação também podem deixar o gato vomitando, por isso, é sempre recomendado fazer a transição gradual”, afirma.

A especialista esclarece ainda que algumas dietas são fabricadas para evitar o acúmulo de bolas de pelo no estômago dos gatos. “Esses alimentos são aqueles que possuem ingredientes específicos para apoiar essa condição, por exemplo níveis adequados de fibras e ômegas 6 e 3 para fortalecer pele e pelagem”, diz Tatiana.

Gato branco e laranja olhando para uma poça de vômito com ração no chão
Comer muito rápido, alergias ou doenças digestivas podem estar por trás do gato vomitando ração

O que fazer quando o gato vomita com frequência?

Em qualquer uma dessas ocorrências, ao notar que o gato vomitando mais de duas vezes ao mês, é importante levar o gato ao veterinário, pois apenas um profissional conseguirá avaliar e diagnosticar a causa dos vômitos e sua gravidade — e entrar com o tratamento correto, segundo a médica Tatiana Vita.

Uma dica é observar os padrões do seu pet. Anote a frequência, cor, textura e se há algum comportamento incomum associado ao vômito. Isso vai ajudar muito na consulta com o veterinário. A partir de uma primeira avaliação, o médico consegue avaliar qual exame é necessário fazer de acordo com a individualidade dos sintomas e características clínicas de cada caso.

“Um exame de sangue pode ajudar a identificar infecções ou inflamações; o perfil bioquímico sérico pode ajudar quando há suspeita de problemas no fígado ou rins; ultrassom e endoscopia podem ser indicados para suspeita de corpos estranhos, inflamações ou tumores”, descreve Tatiana.

Como reduzir ou evitar o vômito frequente em gatos?

Embora seja importante consultar um veterinário quando o gato vomita com frequência, existem medidas que ajudam a reduzir ou evitar o vômito frequente nos animais. Segundo Tatiana, oferecer uma alimentação adequada, de melhor qualidade e consequentemente mais fácil de ser digerida pelo organismo do gato, é uma das primeiras atitudes a serem tomadas pelos tutores.

“Evitar alimentos que podem desencadear uma resposta alérgica no gato que foi diagnosticado como intolerante àquele ingrediente é outra possibilidade”, aponta a veterinária.

Para os casos de gato vomitando ração, fracionar a refeição em pequenas porções ao longo do dia pode evitar que o animal se alimente de uma vez só e rápido, evitando a sobrecarga do estômago. Agora, quando o gato vomita amarelo ou espuma branca, evite esperar demais. Esses sintomas podem parecer inofensivos, mas podem esconder problemas sérios.

Fique atento aos sinais, cuide da alimentação do pet e não hesite em buscar orientação veterinária.

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