Lidar com o comportamento canino na quarentena pode ser uma tarefa mais difícil do que se pensa. Os cachorros são animais que naturalmente demandam mais atenção do tutor, diferente dos gatos, que são mais independentes. Mas a presença constante dos humanos em casa em junção com os passeios reduzidos acabam mudando totalmente a rotina dos bichinhos, e isso pode se desdobrar em várias mudanças de comportamento no animal. Como os tutores passam praticamente o tempo todo dentro de casa com o cachorro, alguns puderam observar quais foram as mudanças mais significativas durante a quarentena. Enquanto uns se mostraram mais carentes e interativos, outros ficaram mais estressados e ansiosos. Confira a seguir algumas histórias reais de cachorro nesse período!
1) Cachorro ansioso e estressado: Rico acabou parando no veterinário

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Como o gato reconhece seu dono? Descubra esse e outros comportamentos da relação de um felino com o tutor
A companhia dos felinos é uma delícia, mas tem lá seus desafios, principalmente na hora de tentar entender a linguagem dos gatos. Por serem mais reservados, muitos tutores ficam na dúvida se esses animais realmente apreciam a presença dos humanos, se perguntando como os gatos nos veem. Será que eles são capazes de nos entender? Como o gato reconhece seu dono? Como saber se eles gostam da gente? Para tentar desvendar de uma vez por todas alguns dos comportamentos do gato em relação ao seu tutor, preparamos uma matéria bem especial. Vem com a gente e saiba mais sobre o assunto!

Comportamento felino: por que os gatos pedem comida mesmo com o pote cheio de ração?
Não é segredo para ninguém que os gatos são muito exigentes com alimentação e higiene. E um hábito muito comum observado por todo gateiro é o gato pedindo comida mesmo quando o pote de ração está cheio: eles manifestam a insatisfação com a comida “velha” com muitos miados para chamar a atenção do tutor. Esse é mais um curioso comportamento felino com muitas explicações coerentes por trás.

Mordida de gato: 6 coisas que motivam esse comportamento nos felinos (e como evitar!)
Os felinos não são muito associados com o ato de morder. Diferente dos cachorros, o comportamento é bem menos frequente nos felinos. É justamente por isso que muita gente acaba ignorando as mordidas por subestimar a força do animal e achar que não vai machucar. A mordida de gato não só pode ocorrer por muitos motivos, como também podem causar acidentes. Geralmente, os gatos dão alguns sinais que antecipam a mordida e é importante que você aprenda a reconhecê-los, assim como também entender as razões que levam o felino a ter essa atitude. Preparamos uma matéria completa sobre o assunto, então chega mais e vem entender porque os gatos mordem!

As 7 raças de cachorro que mais precisam gastar energia
Manter a frequência de passeios no dia a dia do seu amigo de quatro patas é algo necessário para todas as raças de cachorro. Além dos benefícios que a socialização desses momentos traz, para muitos animais, essa caminhada é atividade física suficiente para o gasto de energia diário. Raças mais preguiçosas, que só devem se movimentar para manter a saúde, não precisam de muito tempo dedicado a essa área, mas nem todas são assim: para equilibrar, existem algumas raças de cachorro têm energia de sobra. Pensando no bem da saúde do seu animal e buscando evitar que ele desconte essa disposição acumulada em outras partes da casa, nós separamos algumas raças que precisam de agitação para ficar bem no dia a dia. Dá uma olhada!
Ver um cachorro estressado não é muito comum, já que esses animais normalmente são muito bem humorados e brincalhões. Mas a quarentena com cachorro deixa tudo muito imprevisível e o comportamento canino pode ser facilmente alterado. O Rico, que é um dos cachorrinhos do João Bastos, foi o que mais sofreu com essa mudança de rotina: “Antes passeávamos todo dia, de manhã e à noite. Ficamos sem passear por 3 semanas e achamos que era melhor voltar com o passeio ao menos uma vez por dia. O Rico só fazia as necessidades na rua e teve que aprender a fazer em casa. Ele era bem mais calmo e agora tá mais ansioso e agitado”.
Uma das principais observações feitas pelo tutor foi que o cãozinho, que não tinha o hábito de latir, passou a latir bastante. Além disso, na última semana, João percebeu que seu amigo de quatro patas passou a apresentar um tremor involuntário na boca. “Levamos ele ao neurologista para fazer os testes. Ele disse que o Rico não tem nenhum problema neurológico, mas pode ter desenvolvido o tremor por causa da ansiedade e do estresse, e passou um remédio para melhorar o nível de serotonina”, esclarece.
2) Cachorro carente: alguns animais tendem a ficar mais próximos da família



Querer atenção é algo típico do comportamento canino, mas muitos tutores têm observado que seus companheiros estão ainda mais carentes nesta quarentena. É o caso da Kiara, cachorrinha da Orlanda Almeida, que não sai de perto da sua tutora nem por um segundo, e até mesmo desenvolveu um lado mais ciumento. “Aonde eu vou, ela sempre está do meu lado. Sala, cozinha... e até no banheiro ela vai junto. Ela também está super ciumenta”, conta Orlanda.
A Lua, cadelinha da Amanda Villela, por outro lado, teve que lidar com diferentes mudanças: antes da quarentena, elas mudaram de casa. Mas desde que o isolamento começou, a adaptação tem melhorado, já que a família sempre está por perto. “Por estarmos em casa com mais frequência, ela não tem sentido medo. Ela é bastante carinhosa e gosta muito de colo, então tem ficado mais agarrada conosco também”, diz Amanda. Outro cachorrinho que também ficou mais carente (e obediente) com a quarentena foi Guerrero, cão da Dandara Franco. “Ele quer ficar o tempo inteiro do nosso lado. Além disso, ele não costumava obedecer ordens e sempre estava muito agitado, mas na quarentena eu percebi que ele está muito mais tranquilo”, reflete Dandara.
3) Cachorro mordendo a pata: Bartô também passa por um momento de estresse

Um cachorro estressado ou ansioso pode piorar em situações como a quarentena ou qualquer mudança na rotina. Com a diminuição dos passeios (que agora ocorrem poucas vezes na semana e em menos tempo), o Bartô tem ficado mais ansioso ainda. Segundo a tutora Luana Lopes, o cãozinho passou a ter alguns comportamentos mais compulsivos. "Ele já gostava de ficar na janela, mas agora passa mais tempo ainda, como se estivesse esperando algum cachorro passar na rua pra latir desesperadamente. Tem hora que preciso fechar tudo e direcionar a atenção dele pra outra coisa, como um brinquedo ou petisco", contou. A dona também observou que ele está desenvolvendo um hábito de mordiscar e lamber as próprias patas, sinal claro de estresse canino: "geralmente observo isso pela manhã, que é justamente a hora em que costumávamos passear todo santo dia. Ainda não criou nenhuma ferida, mas tenho monitorado para colocar um colar elisabetano ou consultar um veterinário se for necessário.”
4) Cachorro apático: Chico ficou com problemas para socializar

O Chico, cachorrinho da Patrícia Barros, já é figura conhecida: ele viralizou na internet depois de destruir totalmente o colchão da sua tutora. Brincalhão e travesso: foi assim que todo mundo conheceu o cãozinho. No entanto, Patrícia conta que o Chico tinha uma rotina de treinamentos e passeios que não foi possível continuar na quarentena, e acabou atrapalhando o lado sociável do animal: “Chico é um cachorro adotado e ele sempre foi muito assustado. Mas tínhamos uma rotina de passeios e treinamentos toda semana com um adestrador. Ele estava super bem. De repente, com o isolamento, sentimos que ele piorou e agora fica muito grudado comigo. Estamos tentando fazer interações com ele em casa que tem ajudado, como correr e brinquedos interativos, mas a questão da socialização deu uma regredida”.
5) Cachorro entediado e dormindo muito: Drake e Luke tem dormido bastante

O Lucas Monteiro, tutor do Drake, observou que o cãozinho começou o isolamento bem animado: “Nos primeiros dias de quarentena ele era felicidade pura por estar sempre perto de todos nós”. Mas com o passar do tempo, o cachorro acabou se acostumando com a presença da família por perto e, hoje em dia, tem preferido dormir. “Tenho percebido que ele tem dormido bem mais. Antes ele ficava ansioso por sempre estar esperando alguém, agora isso não acontece”. Outro bichinho que também tem passado os dias dormindo é o Luke, que é o outro cão da Patrícia. Segundo ela, o cachorro é idoso e o único momento do dia em que ele se anima é quando a tutora indica que eles vão para um passeio: “Se eu falar a palavra “passear”, ele fica todo feliz”.
Redação: Juliana Melo
