A Dory da Lata é quase uma “influencer digital” e sempre aparece nas redes sociais tirando uma soneca deliciosa na sua poltrona favorita ou aprontando todas em casa. Quem não conhece a história e vê essa cachorrinha levando uma vida normal, nem imagina a barra que ela e seus tutores enfrentaram. A Dory é uma sobrevivente da cinomose! A doença foi descoberta quatro dias depois de ter sido adotada pelo Pedro Drable e pela Laís Bittencourt, quando ainda era filhote, em um hemograma de rotina. Mesmo com o tratamento imediato, a Dory passou por todas as fases da doença - sintomas gástricos, pulmonares e neurológicos - e ficou com algumas sequelas. Da ninhada dela, dois outros filhotinhos não sobreviveram.

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A cinomose tem cura! Se o seu cachorro foi vítima da cinomose e sobreviveu ao tratamento, agora é a hora de aprender a lidar com as sequelas da doença e proporcionar mais qualidade de vida ao seu amigo. O animal pode viver normalmente após ser acometido pela cinomose canina. Conheça mais sobre a história da Dory, essa cadelinha especial que teve a doença e deu a volta por cima com todo amor e cuidado de seus donos.

 

O que é cinomose? Veterinária explica a doença!

 

A cinomose é altamente contagiosa e pode causar muitos problemas à saúde ao cachorro. Nós conversamos com a veterinária Nathalia Breder, do Rio de Janeiro, que nos explicou como ocorre a doença: “A cinomose se dá por meio de um vírus, que é transmissível, e que pode levar o cão a óbito. Aqueles que são acometidos pela doença, podem ficar com sequelas pro resto da vida. Esse vírus afeta o sistema nervoso, atacando a bainha de mielina dos neurônios.”

A sequela mais comum da cinomose é a mioclonia, que são espasmos ou tremores involuntários dos músculos. As contrações permanecem até o final da vida do pet, mas podem ser amenizadas com terapias como acupuntura, ozonioterapia, reiki, entre outras. Outra sequela comum são as convulsões, que podem ser pontuais ou contínuas.

 

 

A patinha da sorte é a marca registrada da Dory. Ela tem uma vida normal e feliz!

A patinha da sorte é a marca registrada da Dory. Ela tem uma vida normal e feliz!

 

 

Cinomose canina: Dory tem uma “patinha da sorte” como lembrança da doença

 

Mesmo com todo o tratamento, que durou cerca de sete meses, a Dory ainda teve sequelas: seus dentes são mais frágeis que o normal, ela ficou epiléptica e tem mioclonia na patinha dianteira direita. Algumas alergias de pele também apareceram, que podem ter relação com a fragilidade de seu sistema imunológico. A rotina dos pais da Dory é dedicada a cuidados específicos, mas nada disso importa. Eles apelidaram a mioclonia de “patinha da sorte”, como lembrança da vitória contra a doença.

No caso da Dory, a maioria das pessoas nem repara que ela tem algum tipo de sequela se não prestar atenção, em especial se ela estiver solta e correndo. A única coisa que ela realmente não consegue fazer é pular de lugares mais altos, porque pode cair de mau jeito. Tirando isso, Dory tem uma vida normal e confortável. 

 

 

Cinomose: sequelas precisam ser observadas para garantir o bem-estar do cão

 

Nem todos os cães que se livram dessa doença conseguem ter a mesma vida que a Dory. Nathalia explica que a mioclonia tem vários níveis e, em alguns casos, as contrações musculares ocorrem com mais força e frequência - o que pode impedir que o animal volte a andar. Alguns cães também podem ter suas necessidades comprometidas, como se alimentar e evacuar. 

Muitas pessoas ainda acham que a única opção para a cinomose é a eutanásia. Mas a verdade é que existem muitos tratamentos que podem ajudar na melhora do cachorro. “A eutanásia só pode ser uma opção quando não temos mais nenhuma forma de melhorar a vida do pet e ele perde totalmente a sua qualidade de vida e bem-estar. Se ele não consegue comer, beber, urinar ou defecar, ele tem toda a vida prejudicada”, explica Nathalia Breder.

Vida depois da cinomose: Dory precisa de acompanhamento constante

O tratamento após a doença é específico de acordo com as necessidades causadas pelas sequelas, explica a veterinária. No caso da Dory, ela toma três remédios diários - dois para epilepsia e um para os problemas de pele -, possui rotina de banhos para evitar alergias. Além disso, faz acompanhamento com veterinários específicos, como neurologista, zootecnista, nutricionista e dermatologista. A Dory tem uma alimentação natural específica para lidar com as crises convulsivas e uma boa suplementação pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico.

 

Antes e depois da Dory: até as orelhas cresceram!

Antes e depois da Dory: até as orelhas cresceram!

 

 

Cinomose: tratamento é essencial para o animal

 

Já existem diversos tipos de tratamento para a cinomose. Podemos encontrar terapias alternativas e até tratamentos com células-tronco. Nathalia, por exemplo, trabalha com ozonioterapia, que é uma técnica que faz uso do gás ozônio como anti-inflamatório e analgésico, aliviando também dores como artrites e artroses. Ela também recomenda a acupuntura, técnica milenar que pode ajudar o animal a voltar a andar.  

Seja qual for o tratamento escolhido para ajudar o seu cãozinho, a prioridade é sempre mantê-lo vacinado e com a alimentação e a saúde em dia. Um sistema imunológico reforçado é essencial para segurar o animal em caso de uma gripe ou qualquer outra doença que possa enfraquecê-lo. Lembre-se sempre de consultar um médico veterinário de sua confiança!  

Cinomose: vacina e outros cuidados depois da doença

Depois de curado, o animal já pode receber a vacina de cinomose. Antes de introduzir outro animal no mesmo ambiente, é necessário esperar pelo menos 6 meses para erradicar o vírus do local. O lugar onde vivia o cachorro com cinomose precisa de uma limpeza com desinfetante a base de amônio quaternário. Além disso, o novo animalzinho precisa já estar com todo o ciclo de vacina completo, incluindo a vacina da cinomose. É importante sempre investir na vacina: cinomose em cachorro tem tratamento e a imunização é a principal forma de prevenção, principalmente em cães filhotes. 

Redação: Júlia Cruz