O mastocitoma em cães é um dos tipos de tumores mais comuns nos nossos amigos de quatro patas. Ainda assim, muitos pais de pets não têm muita noção sobre o que ele realmente é, como reconhecer que o seu cachorro desenvolveu um deles e o que fazer com o seu amigo depois do diagnóstico. Para te ajudar numa situação como essa, nós conversamos com a médica veterinária Caroline Gripp, que é especializada em oncologia veterinária. Dá uma olhada no que ela explicou sobre o mastocitoma canino!

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O que é o mastocitoma em cães?

O mastocitoma canino é uma neoplasia pertencente ao grupo de tumores de células redondas. “Mastocitoma é um tipo de tumor cutâneo de cães bem frequente - e que também pode acometer os gatos. É um tumor maligno, não existe mastocitoma benigno. O que existem são mastocitomas com comportamentos diferentes”, explica Caroline. O mastocitoma em cachorro acontece quando há uma proliferação anormal de mastócitos. Ultimamente, é considerado um dos tumores mais comuns que podem acometer os cães.

Quais são os diferentes tipos de mastocitoma canino?

Existem diferentes tipos de mastocitoma: de pele (ou subcutâneo) e visceral. “Os mastocitomas viscerais são mais raros. A apresentação mais comum é a de pele”, esclarece a especialista. Quando está na forma cutânea, os nódulos se apresentam em formatos de pequenas bolinhas, normalmente de 1 a 30 cm de diâmetro. Além disso, podem aparecer sozinhos ou em um conjunto. Na maioria das vezes se manifestam na derme ou no tecido subcutâneo, mas existem casos de mastocitoma na laringe, traqueia, glândula salivar, trato gastrointestinal e cavidade oral. Além disso, no mastocitoma em cães, não existem sintomas além dos próprios nódulos, o que dificulta o diagnóstico.

 

Atenção! Imagens fortes a seguirMastocitoma em cães: num estágio avançado, é assim que o tumor se parece

 

O mastocitoma em cães costuma ser benigno ou maligno? 

 

A veterinária explica que o mastocitoma em cães é um tumor maligno. Porém, existem diferentes graduações, que podem ser medidas de 1 a 3. Quanto mais alto for esse grau, mais perigoso é o tumor. “O mastocitoma de grau 3, por exemplo, é muito mais agressivo que o mastocitoma de grau 2. O mastocitoma de grau 1 tem um comportamento um pouco melhor, dependendo da situação que a gente diagnostica esse tumor”, explica. O mastocitoma em cães de grau 1 costuma ter um tratamento melhor e mais rápido. Porém, muitas vezes passa despercebido e só é diagnosticado quando já atingiu o grau 2 ou até mesmo o grau 3. 

Como o mastocitoma em cães é diagnosticado e tratado? 

Para realizar o diagnóstico do mastocitoma em cães, são necessários exames físicos no paciente. Normalmente, são realizados exames citológicos e histopatológicos. Quando o mastocitoma é confirmado, é preciso fazer a remoção cirúrgica do nódulo. Ao ser retirado, o material deve ser enviado para análise, onde será definido se realmente é um mastocitoma e se há necessidade de intervenção de quimioterapia.

A veterinária explica que o diagnóstico do mastocitoma em cães é relativamente simples. O problema é que sua aparência engana e, por isso, acaba sendo ignorado. “ É um tumor que aparentemente tem uma cara boazinha e lembra um lipoma. Mas é uma cilada que, às vezes, alguns veterinários deixam passar. Falam que é só um lipoma (um tumor de gordura) e decidem esperar. Porém, acaba que, nesse momento, o mastocitoma tinha uma graduação histológica menor e, quando cresce, vai ganhando força, aumentando essa graduação e ficando mais agressivo”. Além disso, ela explica que muitos veterinários realizam a remoção do tumor mas não mandam para o histopatológico. Com isso, não é obtido um diagnóstico correto e, como consequência, pode ocorrer metástase. “É o tipo de tumor que a gente vê cara e não vê coração. Ele tem uma carinha boazinha mas é super agressivo”, conclui.

Existe alguma forma de prevenir o mastocitoma canino? 

Infelizmente, a veterinária explica que não existe uma fórmula para prevenir o mastocitoma em cães. Ela diz que certas raças têm mais predisposição a desenvolver o mastocitoma e que, por isso, merecem receber uma atenção redobrada. “É sempre importante ficar de olho em lesões de cães das raças Golden Retriever, Boxer, Shar Pei… Nesses cães, sempre é bom investigar qualquer bolinha diferente e qualquer sinal de lesão de pele”, esclarece. Além disso, o mastocitoma em cães também tem se mostrado mais comum naqueles cachorros com maior histórico de alergia constante. Como não há uma forma de prevenção, é essencial ficar sempre de olho no corpo do seu animal, independente da raça. “O ideal realmente é o diagnóstico precoce. Uma vez que viu uma bolinha, mesmo que tenha cara de ser boazinha, procure o veterinário para fazer sua retirada”, conclui.

Redação: Ariel Cristina Borges e Maria Luísa Pimenta